Page 83 - ANAIS_3º Congresso
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EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúde TRABALHO 318
Perfil epidemiológico da Leishmaniose Tegumentar
Americana em uma região sul do Brasil
AUTOR PRINCIPAL: Carolina Fordellone Rosa Cruz | AUTORES: Mariza Fordellone Rosa Cruz, Ana Paula Galdino Vale,
Ana Carolina de Souza de Lima, Gabriela Luiza Posseti Adriano | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual do Norte do Paraná
| Bandeirantes-PR | E-mail: fordellone@uenp.edu.br
Introdução: As leishmanioses são doenças não contagiosas e de evolução crônica, com etiologia atribuída a várias espécies do protozoário
do gênero Leishmania, transmitidas pela picada de fêmeas de flebotomíneo. Manifesta-se clinicamente nas formas visceral, tegumentar
e muco-cutânea. Objetivos: descrever a ocorrência da leishmaniose tegumentar americana (LTA) no município Bandeirantes entre 2000
e 2015, descrevendo as características pessoais da população afetada e os aspectos clínicos e terapêuticos da LTA. Método: estudo
epidemiológico retrospectivo e descritivo com base em um banco de dados secundário que foram obtidos a partir das fichas de investigação
epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Bandeirantes – Paraná. O Projeto foi aprovado pela SMS e pelo Comitê de Ética
em Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (COEP-216/2012). Resultados: houve um pico de epidemia em
2007, quando o coeficiente de incidência atingiu 1,06 casos / 1.000 habitantes por ano. A distribuição espacial dos casos apresentou sua
maior concentração na zona urbana (72,50%). Das 200 notificações de LTA, 126 (63 %) ocorreram no sexo feminino. Houve predominância
da faixa etária > 60 anos (35,50%), atividade doméstica (44 %), ensino fundamental incompleto (53,5%) seguido por analfabetismo (26%). A
forma cutânea foi predominante em 97,50% dos casos, o medicamento mais utilizado foi o antimoniato pentavalente (99%). Dos pacientes
notificados no período do estudo 15 (7,5%) evoluíram para óbito. Conclusão: os dados socioeconômicos apresentados mostram que a LTA
afeta predominantemente mulheres o que sugere que a transmissão da Leishmania esteja ocorrendo no intra e peridomicílio. Referências:
CRUZ, C,F,R. Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) no município de Bandeirantes – Paraná, entre 2000 e 2009 (Dissertação de
Mestrado). São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 2010. CRUZ, C,F,R. Fatores de Risco para Leishmaniose
Tegumentar Americana (LTA) no município de Bandeirantes – Paraná (Tese de Doutorado). São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da
Universidade de São Paulo, 2015. BRASIL. Ministério da Saúde (BR). Manual de Controle da Leishmaniose Tegumentar Americana. Fundação
Nacional de Saúde. Brasília (BR); 2007. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Leishmaniasis disease information. 2014. Palavras-chave:
Leishmaniose Tegumentar Americana. Epidemiologia.
EIXO TEMÁTICO: Vigilância em Saúdet TRABALHO 320
Fatores de risco para Leishmaniose Tegumentar Americana
(lta) em uma área endêmica do norte do Paraná
AUTOR PRINCIPAL: Carolina Fordellone Rosa Cruz | AUTORES: Carolina Fordellone Rosa Cruz, Mariza Fordellone Rosa Cruz, Eunice
Aparecida Bianchi Galati | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual do Norte do Paraná | Bandeirantes-PR | E-mail: fordellone@uenp.edu.br
Introdução: no município de Bandeirantes, Paraná, Brasil, foram notificados 200 casos de LTA entre 2000 a 2015. Objetivos: Descrever
e analisar os casos de LTA ocorridos no município de Bandeirantes – Paraná, entre 2007 e 2013 e investigar os fatores de risco associados
à ocorrência da doença, considerando-se fatores socioeconômicos, condições habitacionais e do entorno das residências, atividades
ocupacionais e de lazer, conhecimento sobre a LTA na população de estudo e algumas práticas; investigar a presença de anticorpos anti
Leishmania sp. na população. Método: estudo caso-controle não pareado. A amostra constou de 104 casos autóctones de LTA notificados
na Secretaria Municipal de Saúde de Bandeirantes e 90 controles, residentes selecionados aleatoriamente que apresentassem reação de
imunofluorescência indireta (RIFI) negativa. A amostra da população canina foi composta por animais presentes nas residências dos casos
e dos controles. Resultados: o sexo feminino prevaleceu entre os casos (62,50%) e controles (68,89%), bem como a faixa etária maior
ou igual a 60 anos em ambos os grupos (46,15% e 33,33%, respectivamente).Mostraram-se como fatores de risco significantes (p < 0,05)
as seguintes variáveis: ser analfabeto (OR = 10,09), aposentados (OR = 2,35), praticar atividades de lazer relacionadas à zona rural (OR =
4,47), frestas na casa (OR = 2,15), presença de matos próximos ao domicílio (OR = 6,92), presença de plantas frutíferas no peridomicílio
(OR=2,02), anexos peridomicilares (OR = 4,30), galinheiro (OR=2,15) e canil (OR = 3,90), dormir fora do quarto (OR=4,97), combate a
animais sinantrópicos (OR = 2,69), uso de repelente corporal (5,43) e conhecer o mosquito transmissor (OR = 3,48), a relação com outros
animais (OR =2,51) e prevenção (OR = 2,24). Os cães dos casos possuem 28,47 vezes mais chance de contrair a LTA quando comparados
com os cães dos controles (p Referências: CRUZ, C,F,R. Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) no município de Bandeirantes – Paraná,
entre 2000 e 2009 (Dissertação de Mestrado). São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 2010. CRUZ, C,F,R.
Fatores de Risco para Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) no município de Bandeirantes – Paraná (Tese de Doutorado). São Paulo:
Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 2015. BRASIL. Ministério da Saúde (BR). Manual de Controle da Leishmaniose
Tegumentar Americana. Fundação Nacional de Saúde. Brasília (BR); 2007. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Leishmaniasis disease
information. 2014. Palavras-chave: Leishmaniose Tegumentar Americana. Epidemiologia. Fatores de risco.
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