Page 127 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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identificados, 43 foram descartados por falta de preenchimento de informações. Entre os 223
usuários, a maioria (67,7%) eram mulheres, e 32,3% homens, com média de idade de 49,74
anos. Dos pacientes estudados 9,8% (n=22) eram diabéticos, 70% (n=158) hipertensos e
20,2% (n=45) possuíam diabetes e hipertensão. Em relação à classificação nutricional: 9,9%
(n=22) estavam com peso adequado, 36,8% (n=82) sobrepeso, 44,8% (n=100) obesos,
0,90% (n=2) estavam abaixo do peso e 7,6% (n=17) não foram informados. A respeito do uso
de medicamentos, a maioria (55,2%) usavam até 3 medicamentos, 28,2% usavam 5 ou mais
medicamentos, e 16,6% não constava essa informação. Além da hipertensão e diabetes,
13,9% (n=31), apresentaram histórico de doenças cardiovasculares e 6,7% (n= 15),
apresentaram dislipidemia. Sobre utilização dos serviços de saúde, 86,1 % (n= 192), foram
encaminhados para exames gerais, 11,2 % (n=25) para algum especialista, e 4 % (n=9) para
cirurgia nos últimos 6 meses antes da coleta de dados. Algumas associações estatísticas
foram realizadas, mas sem significância. Houve associação significativa entre ter diabetes e
incidência de doença cardiovascular. Conclusão: Os resultados apontam que usuários com
hipertensão e diabetes precisam ser assistidos pela atenção primária a saúde, com ênfase
em ações de promoção da saúde e prevenção de agravos, a fim de minimizar as
complicações e promover uma melhoria na qualidade de vida dos mesmos.
UM OLHAR DIFERENCIADO PARA A SAÚDE DO TRABALHADOR EM TEMPOS DE
PANDEMIA
Autores: RITA DE CÁSSIA DOMANSKY | MARGARETE DE ARAÚJO ANDRADE, FÁBIO
MONTEIRO DE CARVALHO, VIVIAN BIAZON EL REDA FEIJÓ. Instituição: Hospital
Universitário da Universidade Estadual de Londrina - HU-UEL
Palavras-chave: Saúde do Trabalhador. Profissionais de Saúde. Infecção por Coronavirus
Considerando o seu colaborador o seu maior patrimônio, o hospital mantém uma divisão
ambulatorial para desenvolver ações de promoção e proteção à saúde, implementar ações
de saúde em busca de melhor qualidade de vida. Em janeiro de 2020 o hospital foi designado
pelo governo paranaense como referência para os casos suspeitos e positivos da COVID-19,
com população estimada em 2,5 milhões de pessoas. Junto com o desafio de estruturar o
serviço para atender esta demanda, veio o de manter a saúde física, mental e emocional dos
colaboradores. Não bastavam apenas suprir os recursos humanos, era preciso capacitá-los
para a assistência especializada, para o uso adequado dos equipamentos de proteção
individual, bem como, minimizar medos e anseios para enfrentamento do desconhecido.
Assim, em março/2020 foi criado o Ambulatório COVID, com o objetivo de assistir ao
colaborador e seus familiares nas necessidades relacionadas diagnóstico e seguimento dos
casos suspeitos e positivos da doença. O colaborador é submetido a triagem com
preenchimento das fichas epidemiológicas, consulta médica, coleta de swab para RT-PCR,
coleta de sangue para sorologia e a partir dos resultados, os seguintes encaminhamentos:
internação, afastamento do trabalho de acordo com o preconizado pelo Ministério da Saúde,
ou liberação para o trabalho dos casos negativos. Os familiares dos casos positivos são
convocados para os mesmos procedimentos e condutas. O resultado do RT-PCR é liberado
em até seis horas após a coleta o que ajuda a dinamizar as condutas e diminuir o tempo de
afastamento. O seguimento dos casos até a liberação para o retorno ao trabalho é realizado
neste ambulatório, incluindo a fisioterapia. De março/2020 a março/2021 foram realizados
10.135 atendimentos. Dos atendidos, 748 eram positivos, 730 estão curados e 90% já
retornaram ao trabalho, somente quatro foram internados, três foram a óbito e 11
permanecem isolados. A instituição mantém uma média de 80 servidores e familiares
afastados por semana em decorrência da doença. A divisão foi responsável também pela
imunização contra a COVID de 3.038 colaboradores, com as duas doses, e 507 com a
primeira dose, estes também já completaram o esquema vacinal. Este ambulatório
possibilitou o acompanhamento da saúde dos colaboradores, a implementação do tratamento
adequado na fase adequada, minimizou os anseios frente a necessidade do seu
acompanhamento e dos respectivos familiares e diminuiu o absenteísmo não previsto.