Page 145 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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                     demanda emergencial, sem descuidar das demandas eletivas de risco à vida. Um Consórcio
                     Público de Saúde, constituído enquanto serviço de apoio à gestão municipal, em conjunto
                     com  seus  gestores  e  de  acordo  com  a  identidade  territorial  dos  municípios  organizou
                     comissões  internas  para  demandas  no  âmbito  da  atenção  ambulatorial  especializada  e
                     ofertas educativas virtuais por meio de sua Escola de Saúde, a fim de organizar espaços para
                     compartilhamento  de  experiências  entre  profissionais  da  saúde,  gestores  municipais  e
                     trabalhadores do SUS em seus diferentes níveis de atenção. O canal Conversas do Cotidiano
                     no SUS foi um destes espaços criados para compartilhar e potencializar ações já existentes
                     como:  encontros  técnicos  à  distância  de  atualização  em  diversas  especialidades;
                     matriciamento via grupos de whatsapp; busca por instituições de ensino com plataformas de
                     educação  a  distancia  que  ofertassem  conteúdos  para  contribuir  com  a  formação  dos
                     trabalhadores  em  seus  diferentes  âmbitos.  Iniciou  parcerias  com  instituições  de  ensino
                     superior para disponibilização, sem ônus ao consorcio e municípios, de estrutura física e/ou
                     de pessoal para a realização de atividades educativas. Por fim, em maio de 2021, foi alocada
                     na sede do consorcio uma Sala de Educação a Distância, que potencializa a capacidade de
                     inovação, produção de conteúdos, articulação e maior aproximação da Escola de Saúde aos
                     municípios. Muito além do “ensinar” o caminho, a proposta da Escola de Saúde é construir
                     Junto, respeitando a singularidade de cada usuário/trabalhador/município, seus potenciais e
                     a  reflexão  coletiva  das  fragilidades.  Diante  do  cenário  inicial  da  pandemia  e  o  caminho
                     percorrido  até  aqui,  foi  possível  perceber  o  quão  necessário  e  possível  é  a  construção
                     coletiva, articulada e integrada do cuidado em saúde, para a efetivação do SUS. Recomenda-
                     se a incorporação de tecnologias de informação e novas formas de comunicação à distância,
                     pois  elas  podem  contribuir  significativamente  para  o  processo  de  regionalização  e  o
                     fortalecimento do SUS.



                     CONSTRUÇÃO  DE  FERRAMENTA  PARA  AVALIAR  PERCEPÇÕES  DOS  AGENTES
                     ENVOLVIDOS NO CUIDADO A SAÚDE, A PARTIR DO MÉTODO AHP

                     Autores:  MARIANA  RODRIGUES  ZANETTI  |  TAYNA  CAROLINE  HARTMAN;  JOSÉ
                     EDUARDO PECORA JUNIOR; ROGÉRIO DE FRAGA. Instituição: Universidade Federal do
                     Paraná (UFPR)

                     Palavras-chave: Relações Médico-Paciente; Tomada de Decisão Compartilhada; Gestão de
                     Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde
                     A relação médico paciente é composta pelo equilíbrio entre recomendações médicas, anseios
                     do paciente e comunicação eficaz, de forma que chegar a um correto diagnóstico é apenas
                     parte da tarefa do clínico. Entretanto, muitas questões permanecem sobre como equilibrar
                     melhor as preferências do paciente com a tomada de decisão médica, tanto na assistência à
                     saúde  como  em  políticas  públicas.  O  desafio  consiste  em  abordar  quantitativamente  um
                     assunto  tratado  majoritariamente  de  forma  subjetiva,  permitindo  análises  técnicas  que
                     aprofundem essa discussão. O objetivo foi construir e avaliar a utilidade de uma ferramenta
                     capaz de mensurar, quantitativamente, a relevância dada por agentes envolvidos no cuidado
                     a cada um dos domínios do modelo biopsicosocial-espiritual de saúde. A pergunta norteadora
                     do estudo foi: “o que você acha mais relevante abordar durante uma consulta médica?”. A
                     metodologia consistiu em: revisão da literatura para definir o escopo de respostas; escolha
                     do  método  a  ser  empregado,  neste  caso,  o  Analytic  Hierarchy  Process  (AHP),  método
                     matemático  de  análise  multicritério  que  desagrega  uma  complexa tomada  de  decisão  em
                     diferentes  níveis  hierárquicos;  análise/seleção  dos  melhores  termos;  construção  da
                     ferramenta; pré-teste; protocolo de aplicação e teste piloto em 35 acadêmicos de medicina
                     para avaliar seu potencial. Como resultado, o questionário contou com domínios da saúde e
                     seus  componentes:  Biológico  (dor,  sono/disposição,  medicação,  autonomia),  Psicológico
                     (sentimentos, autoestima/imagem corporal, memória/concentração), Social (suporte social,
                     sexualidade,  relacionamentos  afetivos),  Ambiental  (liberdade/segurança,  condições  de
                     moradia,  acesso  a  recursos)  e  Espiritual  (sentido  da  vida,  autocuidado,  comunidade).  O
                     processamento dos dados revelou maior peso atribuído ao domínio Biológico (31%), seguido
                     dos domínios Psicológico (18%), Ambiental (16%), Social (12%) e Espiritual (11%). Também
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