Page 151 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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diagnosticados com osteoartrite submetidos ou não a ATQ e que estavam sendo
acompanhados pela fisioterapia. Descrição da experiência: Antes da pandemia, logo após
a consulta/retorno ortopédico, estes pacientes eram encaminhados para a orientação
especializada e individualizada da fisioterapia. Com a necessidade de isolamento social,
iniciou-se a teleconsulta fisioterapêutica. Foram acompanhados por teleconsulta 34
pacientes, 55% mulheres, verificou-se que 68% tinham algias no quadril, 94% cumpriam o
isolamento social, 85% tinham comorbidades, 7% necessitavam de ajuda para despesas
alimentícias e com medicamentos e 7% dos pacientes não atenderam as ligações. A partir
disto, estes pacientes que necessitavam de ajuda, foram encaminhados para um projeto de
extensão, desenvolvido por profissionais da área da saúde, com objetivo principal de
orientação, amparo e assistência à população na pandemia. Reflexão sobre a experiência:
Por ser situação de tamanha gravidade, houve a necessidade de repensar a forma de
atendimento fisioterapêutico e até mesmo a preocupação com os pacientes, devido a dor
limitante da osteoartrite. Isso despertou em nós, a necessidade de detectar e auxiliar as
pessoas que precisavam de ajuda. Conclui-se que estas adaptações do atendimento
fisioterapêutico, mostrou-se benéfica para a educação em saúde. Recomendações: Espera-
se que os pacientes do ambulatório de quadril, não fiquem sem o acompanhamento
fisioterapêutico durante a pandemia.
BARREIRAS E MOTIVAÇÕES NO PROCESSO DE ADESÃO A EXERCÍCIOS
TELEMONITORADOS EM PACIENTES COM ESPONDILITE ANQUILOSANTE.
Autores: BEATRIZ MIKI SADOYAMA | MARIANA PARISOTTO TEIXEIRA; VINICIUS
MORETO GUISSO RODRIGUES; DANIELA WOSIACK DA SILVA; LIGIA MARIA FACCI.
Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Espondilite Anquilosante; Reabilitação; Pandemia
Introdução: A suspensão de atendimentos ambulatoriais presenciais da fisioterapia foi uma
medida preventiva após a declaração da Organização Mundial da Saúde de emergência
internacional em saúde pública pelo COVID-19. Frente à necessidade de continuidade nos
atendimentos em pacientes com doenças crônicas, o Conselho Federal de Fisioterapia e
Terapia ocupacional autorizou as modalidades não presenciais, permitindo a realização de
exercícios nos domicílios dos pacientes. Objetivo: Verificar a adesão, as barreiras e
motivações de pacientes com Espondilite Anquilosante (EA) a um programa de exercícios
domiciliares telemonitorados. Metodologia: Pacientes com EA, previamente avaliados e
atendidos de forma presencial, foram convidados a participar do estudo. Por meio de
entrevista telefônica, os que aceitaram participar foram reavaliados, respondendo sobre o
quadro clínico atual da doença, tempo dedicado aos exercícios diariamente, frequência de
execução semanal dos exercícios, barreiras e motivações para a realização. Os pacientes
receberam protocolos de exercícios orientados por vídeos por 7 meses, sendo
acompanhados de forma individual e semanalmente via rede social. Diante de quadros
dolorosos, dificuldades ou facilidades na execução, seus protocolos de exercícios foram
adaptados. Ao final de cada um dos sete meses de telemonitoramento, totalizando 30
semanas, foram realizadas reavaliações, assim como 3 meses após o acompanhamento.
Resultados: Participaram do estudo 3 homens e 3 mulheres, com média de 48 anos de idade
e de 7 anos de diagnóstico da EA. No acompanhamento, verificou-se que os pacientes
executaram exercícios de 1 a 2 vezes por dia e a frequência de execuções semanais foi de
4,0 a 5,5 vezes. Apesar da maior frequência semanal ter ocorrido na primeira avaliação, ou
seja, após o 1º. mês de intervenção, o tempo total de exercícios em minutos por semana
aumentou no seguimento (192,5) quando comparado com a 1ª. avaliação (165), tendo um
pico no 5º. mês (217,5). Como motivações para adesão, foram relatadas analgesia, promoção
e manutenção da saúde, além da fácil adaptação aos exercícios. A dificuldade na realização
de exercícios sem supervisão direta, a piora da dor, a rigidez matinal e a falta de tempo foram
as principais barreiras mencionadas. Conclusão: Houve adesão de pacientes com EA ao
protocolo de exercícios telemonitorados. Sugerem-se novos estudos visando elucidar melhor
as dificuldades relatadas pelos pacientes para a sua realização.