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EIXO 3 Atenção Primária à Saúde
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
RESPIRAR MELHOR: PROGRAMA DE ATENDIMENTO CARDIORRESPIRATÓRIO AO
PACIENTE COM SÍNDROME PÓS COVID-19
Autores: FRANCIELI GONÇALVES GLAAB | Carlos Igor Soares Pereira. Instituição: Prefeitura Municipal de
Porto Vitória
PALAVRAS-CHAVE: COVID-19; Exercício Físico; Reabilitação
Problema e justificativa: Atualmente está sendo descrita cientificamente a Síndrome Pós COVID-19, pois a doença em si
e os seus efeitos devido ao longo período de internamento acarretam em sequelas que podem acometer todos os órgãos
e sistemas como cardiorrespiratório, musculoesquelético, neurológico e psicológico. Esses sintomas não são restritos
apenas aos pacientes graves que tiveram tratamento hospitalar e longos períodos de internação, mas podem acometer
os que apresentaram a doença de forma branda ou moderada. Esse quadro resulta no aumento da demanda de pacientes
que necessitam de reabilitação e do cuidado continuado. Objetivo: Promover a recuperação completa do indivíduo com
Síndrome pós COVID-19 devolvendo sua autonomia e qualidade de vida. Experiência: Triagem inicial, em seguida Tele
Atendimento, posteriormente consulta fisioterapêutica utilizando Peak Flow, Teste de Levantar e Sentar de um minuto,
Escala de Borg Modificada e Escala de Dispneia Modificada MRC. Conduta: Treinamento respiratório como o Powerbreathe
Classic Medic e Respiron Volumétrico. Orientações e treinamento para a realização exercícios domiciliares, juntamente com
folder explicativo e vídeo demonstrativo. Avaliação com Profissional de Educação Física: Anamnese, aplicação do questionário
PAR-Q (Physical Activity Readiness), análise indireta do perfil de risco cardiovascular. Conduta: Atividades de aquecimento e
alongamento, treinamento aeróbio, treinamento de força ou exercícios resistidos. Foram entrevistados 127 usuários. Destes
14 aptos para o programa, 1 recusou-se, 11 iniciaram o tratamento: Destes 5 finalizaram, 3 estão em atendimento e 3
desistiram. Encaminhados 24 e 89 sem sintomas. Os sintomas mais frequentes: Cansaço respiratório, dispneia, fadiga, dores
musculares e articulares. Considerando que o programa está em vigência, podemos enunciar alguns aspectos. Média de
valor inicial e após 6 atendimentos: Peak Flow entre 80 a 320 Lpm; TLS de 1’ entre 15 a 27 repetições; Escala de Borg entre
9 a 0,5; Escala de Dispneia entre 2 a 0. Observa-se a necessidade da reabilitação do paciente pós COVID-19, já que muitos
deles não recuperaram sua função cardiorrespiratória completa após a resolução do quadro agudo da doença, necessitando
do cuidado continuado da APS para proporcionar a recuperação completa desse indivíduo e assegurar a integralidade da
assistência. Recomendações: Incentivo a continuidade de programas de reabilitação pós COVID-19.
O CENÁRIO DE DISSOLUÇÃO DAS RESTRIÇÕES PANDÊMICAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A
SAÚDE: A SAÚDE MENTAL EM EVIDÊNCIA.
Autores: ROBERTA PREVIDI ABDUL HAK | Mônica Karpinski, Victória Maria Pinto Cordeiro. Instituição:
Prefeitura Municipal de Curitiba
PALAVRAS-CHAVE: Atenção Primária à Saúde; Pandemia; Saúde Mental
A atuação dos/as profissionais da Atenção Primária à Saúde modificou-se diante do contexto da pandemia de COVID-19,
repercutiu no modo de funcionamento não só das Unidades Básicas de Saúde, mas do sistema de saúde como um todo.
O foco da atenção à saúde foi deslocado para as medidas sanitárias de combate ao vírus e diversos fluxos e tecnologias de
cuidado, anteriormente consolidadas por sua cotidianidade, deram espaço para as necessidades emergentes pandêmicas.
Este relato parte da experiência de três psicólogas de um programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família,
lotadas no Núcleo Ampliado de Saúde da Família em Curitiba/PR, nos anos de 2021 e 2022, período em que os serviços
de saúde passaram por uma reorganização sistemática. O momento atual tem possibilitado o retorno do funcionamento
regular dos atendimentos devido ao significativo controle do contágio, como demonstrado por dados epidemiológicos,
principalmente por conta do avanço da campanha de vacinação. Contudo esse retorno não se trata de algo simples pois,
após mais de dois anos de pandemia, vários fluxos e acordos de funcionamento da Rede de Saúde se perderam. Ou seja,
vive-se um período no qual é necessário rediscutir em conjunto as necessidades do novo contexto. Diante da problemática
exposta e das considerações realizadas ao seu respeito, a retomada do funcionamento dos serviços e equipamentos de
saúde notabiliza as demandas relacionadas aos transtornos mentais e ao sofrimento psíquico, perceptível pela procura da
população e pelo aumento substancial das filas de espera. A saúde mental está em evidência e se faz necessária elaborar
ações de cuidado específicas para o momento descrito, com o objetivo de suprir as necessidades emergentes dos indivíduos
e das comunidades. Fomentar debates com outras categorias profissionais e serviços da rede para troca de saberes técnicos,
sensibilização e corresponsabilização no cuidado e na oferta de tecnologias possibilitam o olhar integral. Pode-se escolher
vislumbrar o contexto como oportunidade para construção de novos saberes e mobilizações de novas ações de cuidado.
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