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EIXO 3   Atenção Primária à Saúde
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                              ACOMPANHAMENTO DOMICILIAR A GESTANTE COM COVID-19
                    Autores: ESTHER VIEIRA MARTINS | Ana Karoline da Costa da Silva, Giseli de Barros  dos Santos, Luciana
                    Kusman, Angela Bragagnolo. Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba
                 PALAVRAS-CHAVE: Covid-19; Gestantes; Assistência Domiciliar
                 A Covid-19 é uma síndrome respiratória aguda (SARS-CoV-2) causada pelo coronavírus, que é transmitida por gotículas, sendo
                 necessário o isolamento domiciliar durante 7 dias a partir do primeiro dia de sintomas. A justificativa tem como base as
                 gestantes, que são consideradas um grupo de risco para Covid-19, visto por meio das taxas elevadas de morbimortalidade,
                 prematuridade e cesariana. O objetivo é relatar o acompanhamento domiciliar da gestante com covid-19. Durante a pandemia,
                 a Unidade Municipal de Saúde (UMS) localizada em Curitiba seguiu o protocolo instituído pela Secretaria Municipal de Saúde
                 para o atendimento respiratório a gestantes. Sendo assim, quando procura atendimento com queixa de sintomas respiratórios,
                 é acolhida pela Enfermeira, que realiza anamnese para conhecer o quadro clínico e o tempo de sintomas e afere os sinais
                 vitais. A partir do terceiro dia de sintomas, é solicitado o teste rápido imunocromatográfico para detecção e diferenciação
                 quantitativa dos antígenos do coronavírus e Influenza tipos A e B em nasofaringe. Após a coleta, a gestante é encaminhada
                 para consulta médica para avaliar o quadro sintomático e se possui o perfil de sintoma leve para monitoramento em domicílio.
                 Caso o exame seja detectável para antígenos do coronavírus, ela recebe o termo de isolamento e medicações para controle
                 de sintomas. A equipe de enfermagem realiza no dia seguinte a visita domiciliar para mensurar os sinais vitais e entregar o
                 oxímetro portátil para monitorar a oximetria capilar e a frequência cardíaca, com a orientação de buscar o atendimento de
                 urgência caso apresente quadro de dispneia ou dessaturação de oxigênio. Nos dias subsequentes, a autoridade sanitária
                 realiza acompanhamento via telefone para monitorar sinais vitais e orientações de acordo com as necessidades identificadas.
                 Ao final dos sintomas, a gestante é orientada a devolver o oxímetro na Unidade de Saúde e retornar o acompanhamento no
                 pré-natal. Sendo assim, o monitoramento remoto possibilita acompanhar a gestante sem a necessidade de deslocar a equipe
                 de saúde, contribuindo para diminuição da exposição do profissional de saúde e evitando o deslocamento da gestante até
                 a unidade de saúde. Portanto, recomenda-se uma atenção integral à gestante com covid-19 pela equipe de saúde, já que,
                 possuem maior risco de desenvolver complicações graves que afetam a gestação, como o risco de prematuridade.





                   IMPLANTAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DA ATENÇÃO PRIMÁRA À SAÚDE EM
                                                  PRUDENTÓPOLIS/PR

                    Autores: VANDERLÉIA  SCHINEMANN |  Mauren  Izilda  Costa Lubczyk, Camila Szymanski  T. Siqueira,  Monica
                    Barby Muñoz, Sabrina Maltauro Flaresso Hykavy. Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Prudentópolis/
                    PR
                 PALAVRAS-CHAVE: Atenção Primária à Saúde; Equipe Multiprofissional; Integralidade do cuidado.
                 Caracterização do problema: Até 2018, no município de Prudentópolis/PR profissionais de nível superior não médicos na
                 Secretaria de Saúde trabalhavam de forma setorizada e sem articulação nas redes intra e intersetorial, desenvolvendo trabalho
                 centralizado, restringindo o acesso dos usuários, com filas de espera para atendimento individualizado, a partir de demanda
                 espontânea desarticulada do território, com pouca efetividade e abrangência populacional. Justificativa: Diante disso e por
                 reivindicação dos profissionais, a gestão municipal propõe a implantação do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF),
                 remanejando profissionais do quadro efetivo. Contudo, no início de 2020, o Ministério da Saúde emite a Nota Técnica nº3/2020
                 e deixa de financiar o NASF, ficando a critério dos municípios a organização dos processos de trabalho, com financiamento
                 a partir da produção. Assim, buscou-se a reorganização dos profissionais em Equipe Multiprofissional de Apoio e Suporte
                 a Atenção Primária em Saúde (APS). Objetivo: Efetivar a integralidade do cuidado dos usuários no território, por meio da
                 promoção, prevenção e tratamento de saúde na perspectiva da clínica ampliada. Descrição da experiência: Prudentópolis
                 é composto por quinze equipes de Estratégias Saúde da Família, totalizando 100% de cobertura. A Equipe Multiprofissional é
                 composta por uma Assistente Social, duas Fonoaudiólogas, uma Nutricionista e uma Psicóloga, que atuam por acionamento
                 das equipes colaborando na territorialização e mapeamento das áreas, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a
                 riscos e vulnerabilidades, articulando ações intra e intersetoriais. Realizam atendimentos, visitas domiciliares, grupos e manejo
                 de casos complexos em conjunto com as equipes, através de matriciamentos, discussão de casos e construção de plano de
                 cuidado. Complementarmente executam atividades ambulatoriais como avaliações individuais, exames e terapias específicas
                 de  cada área do  conhecimento.  Reflexão  sobre  a  experiência:  O  trabalho  multiprofissional  proporcionou  mudança  de
                 paradigma, do fazer individual para o fazer coletivo, do olhar segmentado ao sujeito para a integralidade do cuidado. Além
                 de favorecer a aproximação entre a equipe multiprofissional com a APS e território. Recomendações: Há necessidade de
                 ampliação  do  número  de  equipes  multiprofissionais,  inclusão  de  novas  categorias  profissionais  e  a  superação  do  modo
                 ambulatorial de atendimento, baseado na lógica do encaminhamento.



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