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EIXO 3 Atenção Primária à Saúde
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
ELIMINAÇÃO DA TRANSMISSAO DA SIFILIS CONGENITA, CONQUISTA NA APS.
Autores: SILVANE DO CARMO GAVRONSKI | Ana Paula Klosovski, Elaine Aparecida Pontes. Instituição:
Secretaria Municipal de Saude
PALAVRAS-CHAVE: SÍFILIS, TRANSMISSAO VERTICAL,ELIMINAÇÃO
No município de Inácio Martins, a partir do ano de 2014, iniciamos a inserção dos testes rápidos para detecção de agravos
como HIV, hepatites B e C e Sífilis, fornecidos pelo MS, através da 4 regional de saúde. Com o aplicar dos testes percebemos
um aumento significante de infecção por sífilis na população principalmente nas gestantes. Nossa meta foi aplicar os testes
nas três rotinas do pré-natal e quando reagente, tratar adequadamente e em tempo oportuno a infecção por sífilis com
a finalidade de reduzir a transmissão congênita de mãe para o filho. Desde o início da implantação do processo, foram
sendo testadas todas as gestantes nos três trimestres da gestação, bem com seus parceiros, e quando positivavam elas
e os parceiros eram tratadas com o tratamento adequado e em tempo oportuno conforme o esquema apresentado no
protocolo do MS. A partir do início do uso dos testes, os números de casos de sífilis foram reduzindo, hoje estamos com a
transmissão vertical de sífilis congênita ELIMINADA, e os casos de sífilis não especificada, reduziram em mais de 80% num
contexto histórico de dados do SINAN, desde o ano de 2017 até o momento, no ano de 2021, notificamos apenas 1 casos de
infecção por sífilis em gestante, pois com o rastreio dos casos, e com tratamento adequado e oportuno quebramos a cadeia
de transmissão e consequentemente a redução de casos. No mês de outubro recebemos da SESA-PR a CERTIFICAÇÃO DE
RECONHECIMENTO na eliminação da transmissão vertical da sífilis congênita, conforme os critérios da OMS, OPAS E MS. É
possível eliminar a cadeia de transmissão da sífilis com um trabalho desenvolvido com responsabilidade e continuidade,
observamos isso em nossos números, tanto na redução de casos nas gestantes, como na testagem da população geral,
somos o município que mais executa testagem nos usuários, seja em consulta eletiva, busca ativa, ou em ações pontuais,
hoje nosso município tem o menor indicador de casos de sífilis da 4 regional, passando de um município altamente infectado
para com o menor índice de detecção de casos de sífilis. Estamos há mais de 02 anos com a eliminação de transmissão
congênita de mãe para o filho pois todas são testadas, e quando detectada a infecção são tratadas corretamente, eliminando
assim a transmissão e promovendo uma saúde qualidade para a mãe e em consequência ao seu filho recém-nascidos,
reduzindo os agravos e principalmente a mortalidade infantil. Aqui o nosso SUS da certo.
ANÁLISE DE ATIVIDADE COLETIVA PARA DOENTES CRÔNICOS, NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A
SAÚDE
Autores: CRISTIANE DE MELO AGGIO | Instituição: UNICENTRO
PALAVRAS-CHAVE: Doença crônica; Práticas Interdisciplinares; Vigilância sanitária de serviços de saúde.
Introdução: Mortes prematuras, alto custo em saúde e qualidade de vida deteriorada, decorrentes das doenças crônicas
não transmissíveis, assolam o mundo e o Brasil1-3, exigem cuidados inovadores, particularmente na Atenção Primária à
Saúde (APS)3, e a restituição dos interrompidos durante pandemia do coronavírus4. Portanto, analisou-se uma atividade
coletiva para doentes crônicos, segundo o Modelo de Atenção às Condições Crônicas5. Método: Relato de experiência6.
Em 2022, após relaxamento das medidas de controle do coronavírus, realizou-se atendimento em grupo para usuários, de
unidade básica de saúde (UBS), de município paranaense de grande porte. Durante quatro horas, em salão comunitário
de microárea, urbana e distante da UBS, 10 estudantes de curso técnico em Enfermagem e 12 estudantes médicos, do
ciclo básico, sob supervisão das professoras e gerente, realizaram vacinação, antropometria, aferição de sinais vitais e da
glicemia capilar, além de educação em saúde sobre autogestão da doença crônica, com materiais de uso próprio. Resultado:
Dos 30 participantes, 68% eram idosos e 32% deles foram vacinados contra influenza. Conforme IMC para idosos7, 10%
dos participantes estavam magros, 50% com sobrepeso, 92% tinham circunferência da cintura elevada, 37% ingeriam
bebida alcoólica. Maioria referiu alimentação saudável e negou inatividade física e tabagismo. Daqueles com morbidade
desconhecida, 63% apresentou pressão arterial elevada. Dos hipertensos (47%), 78% tinham história familiar de hipertensão
arterial/diabetes mellitos, 67% idade de risco, 67% pressão arterial elevada. Discussão: Usuários acompanhados foram o
dobro dos atendidos pelo médico, na UBS no mesmo horário, ampliando-se o alcance e escopo dos serviços de saúde8. A
situação vacinal incompleta ultrapassou a dos idosos mineiros9, indicou baixa adesão à Influenza Sazonal e foi solucionada
com disponibilização10 da imunização. Excesso de peso foi similar ao dos adultos brasileiros, anunciou risco cardiovascular
e sugestionou predisposição genética7. A frequência de hipertensão arterial superou a dos brasileiros >18 anos de idade11,
devido envelhecimento populacional, hereditariedade e predisposição genética, demandando controle e tratamento12.
Conclusão: Intensificou-se o acesso aos serviços de saúde, identificou-se pessoas com fatores de risco e estratificou-se
doentes crônicos segundo riscos clínicos, favorecendo a programação e coordenação dos cuidados, na Rede de Atenção à
Saúde.
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