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EIXO 3 Atenção Primária à Saúde
RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
DESAFIOS E SUPERAÇÕES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS) FRENTE À
PANDEMIA DE COVID-19: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: FRANCIELE CIESLINSKI FERNANDES | Samoel Lourenço dos Santos, Danielle Caroline da Silva Opazo,
Tatiane Caroline Boumer. Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde - FEAS
PALAVRAS-CHAVE: Gestão; APS; COVID-19
Contextualização do problema: A COVID-19 trouxe muitos desafios na área da saúde, principalmente nas Unidades
Básicas de Saúde (UBS) que tiveram que adaptar seus processos de trabalhos frente à pandemia. Justificativa: nesse
cenário, a atenção primária foi fundamental para atender as demandas de atendimentos dos casos leves de COVID-19 e
redirecionamento dos cuidados. Objetivo: Relatar os desafios e superações de uma UBS frente à pandemia. Descrição da
experiência: Inicialmente, alguns desafios foram encontrados, entre eles destacam-se a organização do espaço, que precisou
ser organizado para receber pacientes suspeitos e confirmados da doença, e com relação ao tempo para os resultados
dos testes RT-PCR. Com a chegada dos testes rápidos para detectar a presença da COVID-19, houve facilidade distinguir
o sintomático e assintomático, assim como isolar os demais contatos para que houvesse redução do número de casos. A
equipe da UBS mostrou-se dedicada frente às adversidades do dia-a-dia, fazendo com que o processo de trabalho fluísse de
forma mais rápida, gerando um clima de acolhimento e resiliência entre os profissionais. Atualmente, a unidade encontra-se
realizando atendimentos tanto para os sintomáticos respiratórios quanto a continuidade da Atenção Primária a Saúde, que
visa a promoção, prevenção e recuperação da saúde de sua população. O apoio institucional da fundação foi um diferencial,
pois existe a possibilidade de alinhar as necessidades com os processos da instituição e também de seguir os protocolos do
município de Curitiba. Reflexões da experiência e recomendações: Acredita-se que a dedicação e coragem de toda equipe
foi a peça chave para a superação dos desafios de prestar uma assistência de forma holística frente à pandemia.
CLÍNICA UNIVERSITÁRIA DE ENFERMAGEM: UMA ESTRATÉGIA PARA IMPLEMENTAÇÃO
DE PRÁTICAS AVANÇADAS NO CUIDADO A PESSOA COM FERIDAS
Autores: CAMILA APARECIDA DA SILVA PEREIRA | Ricardo Castanho Moreira, Leticia Augusta Lins Machado,
Fernanda Prado Marinho, Emmanuel Aparecido da Matta. Instituição: Universidade Estadual do Norte do
Paraná
PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem de práticas avançadas; clínicas de enfermagem; feridas crônicas.
Diante das crescentes necessidades de atenção à saúde da população, a Organização Mundial da Saúde, vem incentivando
o enfermeiro a otimizar seu desempenho em saúde por meio da prática avançada, pois considera-a como um recurso
eficaz para promover a acessibilidade, qualidade e segurança do paciente nos diversos países e níveis de atenção. As
universidades desempenham papel importante para sua implementação. Uma área de atuação do enfermeiro de prática
avançada, é o cuidado a pessoas com feridas crônicas, pois demandam assistência contínua dos profissionais de saúde,
pacientes e seus familiares e afetam sua qualidade de vida. Sua ocorrência é estimada em 0,6% da população (Firmino et
al., 2013). Este trabalho tem o objetivo de apresentar um relato de experiência da atuação do ambulatório de feridas da
Clínica Universitária de Enfermagem e Multiprofissional da UENP, sediada em Bandeirantes-PR. As clínicas são estruturas de
saúde que possibilitam a prática do ensino, pesquisa e extensão universitária, com foco no atendimento às necessidades
da comunidade local. A Resolução do COFEN n° 568/2018, aprova o regulamento dos consultórios e clínicas de Enfermagem
para o atendimento individual, coletivo e domiciliar, o que regulamentou a oferta de serviços de enfermagem neste
ambiente. A universidade implantou o ambulatório de feridas, em março de 2019, se tornando uma conquista para a
universidade e a comunidade, abrangendo 43 cidades da região norte pioneira. O ambulatório representa um ponto da
rede de atenção que realiza anualmente aproximadamente 1000 atendimentos. Destaca-se como práticas avançadas do
ambulatório, o desenvolvimento de competências e habilidades relativas à coleta de dados (acolhimento e escuta ativa,
exame clínico geral, uso de ferramenta validada para avaliação da ferida TIME ABCDE, avaliação específica de membros
inferiores, como índice tornozelo braquial, doppler vascular portátil, estesiometria, solicitação de exames laboratoriais e
clínicos), uso de terminologia para diagnóstico de enfermagem (NANDA-I) e elaboração de plano de cuidados (procedimentos
de desbridamento conservador, colocação de bota de Unna, laserterapia, terapia tópica com oxigênio, escolha de coberturas
e técnicas adequadas, encaminhamento para especialidades) e comunicação com as Unidades de Saúde da Família, para
continuidade do cuidado. A vivência do acadêmico de enfermagem com os conceitos e competências de práticas avançadas
pode fomentar sua atuação com este perfil.
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