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EIXO 3   Atenção Primária à Saúde
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                  COBERTURA POPULACIONAL DAS EQUIPES QUE ATUAM NA ATENÇÃO BÁSICA EM ANOS
                                ANTERIORES E POSTERIORES A PUBLICAÇÃO DA PNAB 2017

                    Autores: FERNANDA  DE FREITAS MENDONÇA  |  Brenda  Caroline  Lucio Cardoso, Caroline  Pagani  Martins,
                    Sarah Beatriz Coceiro Meirelles Félix. Instituição: Universidade Estadual de Londrina

                 PALAVRAS-CHAVE: Atenção Primária à Saúde; Políticas de Saúde; Acesso aos serviços de saúde
                 As mudanças na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) influenciaram diretamente na composição e na organização das
                 equipes que atuam nesse nível de atenção. Entre as principais alterações trazida por essa política destaca-se o financiamento
                 de equipes de atenção básica, posteriores denominadas de equipes de atenção primária. Deste modo, o objetivo desse
                 estudo  consistiu  em analisar a cobertura populacional  das equipes  que atuam na  atenção básica em anos anteriores
                 e posteriores à publicação da PNAB 2017 nos munícipios da macrorregião  Norte do Paraná.  Trata-se  de um estudo de
                 abordagem quantitativa, analítica e transversal realizado na macrorregião Norte do Paraná. Os dados foram coletados por
                 meio do sistema de informação e gestão da atenção básica (e-Gestor AB), sendo o período de análise os anos anteriores
                 (2013, 2014, 2015, 2016 e 2017) e posteriores (2018, 2019 e 2020) a PNAB de 2017. Os resultados revelaram que houve
                 queda na cobertura das equipes de Saúde da Família (eSF), equipes de Atenção Primária (eAP) e Agentes Comunitários de
                 Saúde (ACS) em anos posteriores a PNAB 2017, sendo que a diferença das médias de cobertura de ACS em anos anteriores
                 e posteriores apresentou significância estatística (p=0,02). Verificou-se também que os municípios urbanos possuem maior
                 chance de apresentar baixa cobertura de eSF e ACS. Essa relação ocorre tanto em anos anteriores quanto em posteriores
                 a PNAB 2017. A diminuição da cobertura de eSF e ACS fragilizará aspectos relacionados a construção do vínculo com a
                 população, apropriação territorial e a promoção de ações de caráter multiprofissional com foco nas necessidades de saúde
                 da comunidade. Esses aspectos tendem a ser ainda maiores em municípios urbanos, os quais já enfrentavam, antes mesmo
                 das alterações da PNAB, problemas de cobertura populacional.






                   PERCEPÇÃO DE CONTADORES GESTORES EM SAÚDE ACERCA DOS DESAFIOS IMPOSTOS
                                                  PELO PREVINE BRASIL

                    Autores: FERNANDA DE FREITAS MENDONÇA | Luana Carla Tironi de Freitas Giacometti, Brigida Gimenez
                    Carvalho, Luciana Dias de Lima. Instituição: Universidade Estadual de Londrina.
                    Palavras-chave: Atenção primária à saúde; Financiamento da assistência à saúde; Gestão em saúde
                 O financiamento em saúde sempre foi um desafio para a gestão no SUS. Nos últimos anos ocorreram mudanças em relação
                 ao financiamento no SUS, como a aprovação da Emenda Constitucional 95 e a mudança do financiamento da APS, com
                 a aprovação e implantação do Programa Previne Brasil. Embora o programa tenha sido implementado apenas dois anos
                 após sua publicação, as mudanças propostas induziram os municípios a iniciarem algumas mudanças na sua forma de
                 organização. O objetivo da pesquisa foi analisar a percepção dos gestores e contadores acerca dos desafios impostos pelo
                 Previne Brasil em municípios da macrorregião norte do Paraná. A macrorregião norte do Paraná, conta com uma população
                 com cerca de dois milhões de habitantes, distribuídos em 97 municípios. A região é caracterizada, sobretudo, por municípios
                 de pequeno porte. Os dados foram coletados no segundo semestre de 2021 por meio de entrevistas semi-estruturadas,
                 tendo como sujeitos os contadores e gestores de saúde. Para análise das entrevistas utilizou-se o método de análise de
                 discurso. Os resultados revelaram que considerando que o previne brasil apresenta como uma das fontes de financiamento
                 o desempenho, isso demandará maior articulação da equipe de gestão com a equipe assistencial, além disso, equipes de
                 gestão fortalecidas e constituídas serão fundamentais nesse processo. Porém, tais características são pouco frequentes,
                 sobretudo, em municípios pequenos. Outra percepção apontada pelos gestores de grandes municípios foi a possível perda
                 de recursos para a APS. Diante da insegurança de recebimento de recursos pela União e a ausência dos Estados em incentivos
                 financeiros no âmbito da APS os municípios continuarão a ser o ente que mais investe proporcionalmente recursos neste
                 setor.













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