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EIXO 3 Atenção Primária à Saúde
TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS CASOS DE TUBERCULOSE NO PARANÁ DE ACORDO COM AS
MACRORREGIONAIS DE SAÚDE DO ESTADO
Autores: VERÔNYCA YUKO SHIBUKAWA | Edivaldo Cremer, Camila da Cruz Rodrigues, Paola Obreli Bersi, Rafaela
de Souza Milanesi, Alessandro Rolim Scholze. Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná
PALAVRAS-CHAVE: Tuberculose; Distribuição Espacial; Saúde pública.
Introdução: A tuberculose (TB) é uma das principais causas de morte por um único agente infeccioso (WHO,2021). Em 2021, o
Brasil notificou 68.271 casos novos de TB (sendo 1.855 pertencentes ao Paraná), o que demonstra que a TB ainda permanece
sendo um importante problema de saúde pública (BRASIL, 2021). Objetivo: Descrever a distribuição espacial dos casos de
tuberculose no Paraná de acordo com as macrorregionais de saúde. Método: Estudo ecológico, desenvolvido no Paraná o
qual possui 399 municípios distribuídos em quatro macrorregionais de saúde: Leste Norte, Noroeste e Oeste. A população foi
composta por todos os casos notificados da TB entre 2008 a 2018 do Sistema de Notificação de Doenças de Agravos (Sinan).
Adotou-se como critérios notificação do agravo no Sinan e idade superior a 12 anos. Para o georreferenciamento utilizou-se o
município de notificação do caso e os mapas foram elaborados no Arcgis 10.6. Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética em
pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto n. 3.836.401. Resultados/discussão: Foram notificados 29.113 casos de
TB. No período do estudo observa-se que 2018 houve um maior número de notificações (casos=2.827;9,74%) seguido por 2008
(casos=2.811;9.69%) e 2009 (casos=2.742;9,45%) e nos 10 anos ocorreu uma média de 2.638 casos/ano. Ao comparar o Paraná
com os demais Estados, em 2018, o Estado esteve em 10º posição com maior número de casos confirmados por TB no Brasil
(BRASIL, 2021). Ao analisar as macrorregionais de saúde, a Macrorregional Leste foi a que apresentou um maior quantitativo
de casos (casos=15.911;53,63%) seguido por Norte (casos=5.245;17,68%), Oeste (casos=14,88%) e Noroeste (casos=13,81%).
Referente a distribuição espacial por munícipio nota-se predominância na macrorregional Leste: Curitiba (casos=5.524),
Paranaguá (casos=1.524) e Pinhais (casos=1.054); macrorregional Norte Londrina (casos=1.880) e Oeste Santa Terezinha de
Itaipu (casos=1.586) e, no Noroeste o município com maior número de casos foi Maringá (casos=93). Com isso, observa-se que a
TB apresenta uma característica epidemiológica direcionada para os territórios com maior contingente de pessoas (BRASIL, 2022)
Conclusão: A TB permanece sendo um problema de saúde pública no Brasil e no Estado, apresentando números significativos
principalmente nas grandes metrópoles. Assim, os resultados contribuem para o desenvolvimento e intensificação das ações de
combate a TB principalmente nas grandes cidades do estado.
PERFIL DE IDOSOS PRATICANTES DE EXERCÍCIOS FISICOS VIA PLATAFORMA DIGITAL
DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
Autores: ISABELA DA SILVA LEBRÃO | Daniela Wosiack da Silva, Anne Cristine Becchi, Ligia Maria Facci. Instituição:
Universidade Estadual de Londrina
PALAVRAS-CHAVE: Exercício físico; Plataformas digitais; Idoso
Introdução: Durante o período de distanciamento social pela pandemia da COVID-19, iniciada em março de 2020, foi necessário
introduzir estratégias remotas para dar continuidade a prescrição e monitoramento de exercícios e assistência aos pacientes
idosos atendidos pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Londrina/Paraná. Objetivo: Verificar o perfil, o fluxo, a aderência, as
barreiras e as facilitações de idosos para a realização de exercícios via plataformas digitais durante o período de distanciamento
social. Metodologia: Foi realizado um estudo retrospectivo do tipo série de casos com participantes de grupos de exercícios
físicos com idade igual ou superior a 60 anos. Aqueles que apresentavam boas condições físicas, que portavam dispositivo digital
e conexão de internet que possibilitasse a participação no grupo Exercícios Online foram convidados a participar do mesmo.
Todos foram avaliados ao início do acompanhamento, assim como a cada três meses, quanto às características gerais, condições
clínicas, aderência, barreiras e facilitações para a realização dos exercícios via plataforma digital. A prescrição de exercícios físicos
aconteceu durante seis meses via Google Meet, com frequência semanal de duas vezes e duração de 45 minutos. Resultados: Em
um período de seis meses da realização das atividades houve um grande fluxo de entrada e saída de participantes, totalizando
102 pessoas que participaram em algum momento do grupo Exercícios Online. O perfil dos que faziam parte do grupo foi 16,66%
do sexo masculino e 84,31% do sexo feminino e a grande maioria (77,7%) apresentava doenças crônicas, como osteoartrite,
diabetes, hipertensão arterial sistêmica e osteoporose. As principais barreiras relatadas pelos participantes foram conexão de
internet ruim, medo de se machucar, dificuldade em realizar exercícios sozinho em casa, falta de espaço adequado, e falta
de incentivo. Em relação à percepção dos participantes quanto as facilitações, encontram-se possibilidade de continuidade
nos exercícios, flexibilidade de horário, melhora do bem-estar e condicionamento físico, diminuição da ansiedade, além de
prevenção de doenças. Conclusão: A estratégia de prescrição e monitoramento de exercícios pelos profissionais da Atenção
Básica via plataformas digitais possibilitou o alcance à população como uma alternativa segura da prática durante o período de
isolamento social pela pandemia do COVID-19.
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