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EIXO 3   Atenção Primária à Saúde
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                   FATORES ASSOCIADOS A FREQUÊNCIA MÍNIMA DE REFEIÇÕES EM CRIANÇAS DE SEIS A
                  MENORES DE 24 MESES DE IDADE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE DE GUARAPUAVA-PR

                    Autores:  CAMILA  DALLAZEN  |  Fernanda  Carolina  Jascente de  Paula, Daniele  Gonçalves  Vieira, Catiuscie
                    Cabreira da Silva Tortorella, Vânia Schmitt, Paula Chuproski Saldan. Instituição:  Universidade Estadual do
                    Centro-Oeste (UNICENTRO)

                 PALAVRAS-CHAVE: Alimentação complementar; Nutrição do Lactente; Lactentes.
                 Objetivo: Este estudo teve por objetivo analisar os fatores associados à frequência mínima de refeições (FMR) em crianças
                 de seis a menores de 24 meses de idade da atenção primária à saúde de Guarapuava-PR. Métodos: Trata-se de um estudo
                 transversal, que ocorreu durante a Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite 2012, realizado com 1.355 crianças
                 de seis a menores de 24 meses que compareceram aos postos de vacinação com os seus responsáveis aos postos das
                 áreas urbana e rural do município. O consumo alimentar foi avaliado por meio de um questionário, incluindo 67 questões,
                 incluindo questões referentes às características dos participantes (mães e crianças), condições de nascimento e número
                 de refeições diárias analisado com base no recordatório de 24 horas. Para a identificação dos fatores foram construídos
                 modelos de regressão de Poisson, obtendo-se razões de prevalências (RP) em modelos bivariados e múltiplo, estimadas
                 por pontos e intervalos de confiança de 95%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos.
                 Resultados:  Do  total, 98,96%  (n=1.341)  das  crianças alcançaram o  indicador estabelecido  pela  Organização  Mundial  da
                 Saúde (OMS). Ao desagregar o indicador segundo o estado de amamentação das crianças na proposta da OMS, observou-se
                 que 97,27% (n=217) das crianças amamentadas realizavam o número mínimo de refeições, enquanto para as crianças não
                 amamentadas essa proporção foi de 99,81% (n=791). Na análise múltipla o fator de risco associado à inadequação da FMR foi
                 residir na área rural do município (RP 1,29; IC95%: 1,05–1,58; p=0,018). Os fatores de proteção associados ao desfecho foram
                 escolaridade materna maior que 11 anos (RP 0,61; IC95%: 0,40–0,93; p=0,022), ocupação materna remunerada (RP 0,72;
                 IC95%: 0,53–0,98; p=0,038), criança ser do sexo masculino (RP 0,79; IC95%: 0,64–0,98; p= 0,034) e idade da criança na faixa de
                 18 a menores de 24 meses de idade (RP 0,48; IC95%: 0,34-0,68; p<0,001). Conclusão: Os resultados deste estudo mostram
                 que a inadequação da FMR não constitui um problema de saúde pública em crianças de seis a menores de 24 meses de idade
                 da atenção primária à saúde de Guarapuava-PR. Sendo assim, é necessário realizar estratégias para orientar os responsáveis
                 a oferecer o número de refeições estipuladas pela OMS e pelo Ministério da Saúde.






                    REORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE NO CENÁRIO DA PANDEMIA DE
                                 COVID-19: PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS E GESTORES
                    Autores: GLAUCI REGINA MORIMOTO | Luciana Rocha de Oliveira Nardo, Maria José Sanches Marin, Juliana
                    Ribeiro da Silva Vernasque. Instituição:  Faculdade de Medicina de Marília - FAMEMA
                 PALAVRAS-CHAVE: Pandemia de COVID-19. Atenção Primária em Saúde. Gestão dos Serviços de Saúde.
                 Introdução: A Pandemia Covid-19 representou um dos maiores desafios sanitários em escala mundial desse século, levando
                 os municípios a reorganizarem a Atenção Primária à Saúde para atender às necessidades do momento. Objetivo: Analisar a
                 percepção dos profissionais e gestores Atenção Primária à saúde em relação à organização dos serviços de saúde realizado
                 no período da pandemia COVID-19. Metodologia: o estudo de campo com abordagem qualitativa, realizado a partir de
                 Entrevista  com  os  profissionais  e  gestores  que  atuam  na  Atenção  Primária  à  Saúde  e  Vigilância  a  Saúde  do  município.
                 Resultados: Foram entrevistados 27 profissionais. Na análise dos dados foram identificadas cinco categorias: o desafio
                 do acesso dos usuários aos serviços; fragilidade na estrutura e organização dos serviços; fortalecimento do processo de
                 trabalho e humanização do atendimento; crescimento profissional perpassando pelo autocuidado e sentimentos de medo,
                 e ansiedade. Conclusão: A reorganização dos serviços efetuada na vigência da pandemia Covid-19, embora com inúmeros
                 desafios relacionados à estrutura e gestão, foi um momento de grande crescimento profissional, o que perpassa pelas
                 relações entre os profissionais e as equipes, aprendizagem e melhora no autocuidado.














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