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EIXO 3   Atenção Primária à Saúde
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                          RELATO DE EXPERIÊNCIA DA REALIZAÇÃO DE GRUPO DE REABILITAÇÃO
                       MULTIPROFISSIONAL PARA PACIENTES PÓS-COVID 19 NA UNIDADE DE SAÚDE

                   Autores: SIMONE  LUDWIG  TESSEROLLI  BRISKI  |  Arthemys  de  Attayde  Silva,  Cleverson  Fragoso, Mario Luis
                   Nogarolli, Karyne Sant’ana Gonzales Gomes, Vanessa Cini. Instituição: Secretária Municipal de Saúde de Curitiba

                PALAVRAS-CHAVE: reabilitação; pós covid; atenção primária
                O SARS-cov-2 é o vírus responsável pela covid 19, doença altamente transmissível, que pode causar comprometimento de vários
                sistemas como respiratório, cardiovascular, renal, muscular, entre outros, levando a limitações funcionais e comprometimento
                das atividades rotineiras. Alguns pacientes necessitam de internamento hospitalar e, em alguns casos, uso de equipamentos de
                alta tecnologia. Na atenção primária, os profissionais devem estar envolvidos em atividades de acolhimento, monitoramento,
                acompanhamento,  encaminhamento  e  tratamento  dos  pacientes  pós-covid.  Devido  à  grande  quantidade  de  pessoas  com
                sequelas da doença, foi idealizado um programa de exercícios e orientações com o propósito de viabilizar o acesso dos pacientes
                pós-covid à reabilitação multiprofissional próximo ao domicílio com o objetivo principal de melhorar a qualidade de vida. Os
                pacientes passaram por uma avaliação detalhada antes e após o término do programa, onde os exercícios foram planejados
                de forma progressiva de acordo com os resultados da avaliação inicial. Foi criado um protocolo de exercícios com intuito de
                aumentar  a  capacidade  cardiorrespiratória,  ganhar  mobilidade  articular,  flexibilidade  e  fortalecimento  muscular,  melhorar  o
                equilíbrio e a coordenação motora. Além disso, foram realizadas atividades de educação em saúde sobre a covid-19 e incentivo à
                realização de exercícios domiciliares e também orientações com a nutricionista. No total ocorreram dez atendimentos em grupo
                com frequência de duas vezes por semana sob orientação da fisioterapeuta e do profissional de educação física. No início e no
                final de cada dia eram mensurados a oximetria de pulso e a pressão arterial. Para a prática dos exercícios utilizou-se colchonetes,
                halteres, elásticos, bastões, bolas e cadeiras. Na reavaliação, observou-se melhora em todos os parâmetros e, principalmente,
                melhora das condições cardiorrespiratórias. Os pacientes foram incluídos no grupo de atividade física da Unidade de Saúde,
                aonde continuaram com o acompanhamento. Com a prática, observou-se aumento da capacidade para o desempenho das
                atividades diárias e da realização dos exercícios e melhora do relato de fadiga e cansaço. Recomenda-se incentivar os gestores
                e profissionais de saúde para realização de atividade de educação em saúde e práticas corporais na área de abrangência da
                Unidade de Saúde para melhor adesão dos pacientes e para realização de um trabalho multiprofissional e com melhor vínculo
                paciente-profissional.



                   ENFRENTAMENTO DA OBESIDADE NA GESTAÇÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE DE
                                                        CURITIBA
                   Autores: LOURDES TEREZINHA PCHEBILSKI | Angela Cristina Lucas de Oliveira, Everson Ribeiro de Lima, Angela
                   Leite Mendes, Patricia Audrey Reis Goncalves Pinheiro, Lucas Vinícius Panisson. Instituição: Secretaria Municipal
                   da Saúde - Prefeitura Municipal de Curitiba

                PALAVRAS-CHAVE: Gravidez; Obesidade; Estratégias de Saúde
                A  obesidade  é  considerada  uma  epidemia  mundial.  Na  gestação está  associada a  abortamento, diabetes,  hipertensão,
                malformações fetais, prematuridade, macrossomia fetal, entre outras. A obesidade grave (Índice de Massa Corporal (IMC) maior
                ou igual a 40 kg/m²) está entre as 3 maiores causas de encaminhamento ao pré-natal de alto risco, juntamente com diabetes e
                hipertensão. O objetivo do trabalho é relatar a atenção às gestantes obesas, à nível da Atenção Primária à Saúde (APS), mediante
                o envolvimento das equipes multidisciplinares das Unidades de Saúde (US), Distritos Sanitários e nível central. No momento da
                vinculação ao pré-natal é realizada a estratificação de risco, levando-se em consideração o diagnóstico nutricional da gestante,
                dentre outros aspectos. Naquelas com IMC de 30 a 39,9, sem comorbidades associadas, os cuidados de pré-natal são efetuados
                nas US. Aquelas com IMC maior ou igual a 40 são encaminhadas para o alto risco e monitoradas pelas US. As gestantes diabéticas
                e as que na consulta de vinculação ao pré-natal apresentam IMC acima de 30, além de receberem atendimento pelas equipes das
                US, também são atendidas pelas nutricionistas da APS. Os profissionais de educação física apoiam as ações de estímulo à prática
                de atividade física. Quando necessário, existe o suporte da equipe de saúde mental. Somando esforços na identificação dos
                casos de obesidade, são elaborados pelo Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), relatórios através do
                Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), das gestantes e das mulheres em idade fértil (15 a 49 anos) com IMC maior
                que 30, os quais são compartilhados com as equipes de saúde. Na Carteira de Pré-natal estão disponibilizados, dentre várias
                outras informações, as recomendações de ganho de peso, o gráfico de acompanhamento nutricional e orientações nutricionais,
                nas versões em português, inglês, francês, espanhol e crioulo haitiano. A SMS tem intensificado esforços no enfrentamento da
                obesidade na gestação conforme relatado, entretanto, também é importante ressaltar a importância da consulta pré-concepcional
                na identificação de riscos e elaboração de ações. A obesidade é um grande desafio a ser enfrentado e nesse sentido a atenção
                multiprofissional à saúde e o trabalho intersetorial (com destaque para as Secretarias Municipais de Segurança Alimentar e
                Nutricional – SMSAN, do Esporte, Lazer e Juventude – SMELJ, Fundação de Ação Social – FAS, entre outras) são primordiais.



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