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EIXO 3   Atenção Primária à Saúde
                                                                                   TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE

                       BARREIRAS PERCEBIDAS A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA EM IDOSOS DE UMA
                                            COMUNIDADE NO SUL DO BRASIL

                    Autores: BRUNO CAVICHIOLI | Paula Cecília Lottermann Carmo, Débora Ewelyn Scheidt, Carlos Roberto de
                    Oliveira Nunes, Ernani Tiaraju de Santa Helena, Clóvis Arlindo de Sousa. Instituição:  Universidade Regional
                    de Blumenau - FURB
                 PALAVRAS-CHAVE: Idoso; Atividade Física; Falta de Atividade Física.
                 Introdução: diante do envelhecimento populacional sem precedentes verificado no Brasil, emerge uma preocupação acerca
                 da atenção e promoção à saúde da pessoa idosa. Mesmo que os benefícios biopsicossociais da atividade física (AF) já estejam
                 bem difundidos, a prevalência de idosos insuficientemente ativos é alta. Assim, é necessário investigar quais as barreiras
                 que os idosos identificam ao não adotar uma vida fisicamente ativa. Objetivos: verificar a prevalência e as associações por
                 sexo das principais barreiras percebidas (BP) à prática de AF em idosos. Método: estudo transversal de base populacional,
                 com 733 idosos entre 60 e 79 anos de idade, de ambos os sexos, que participaram do Study of Health in Pomerode – SHIP
                 Brazil (Pomerode/SC). As BP foram identificadas mediante a seguinte pergunta: “Quando não faz atividade física/exercício
                 físico, quais os principais motivos para que o(a) Sr.(a) não realize?”. O teste Qui-quadrado de Pearson indicou associações
                 significantes (p?0,05) entre a variável sexo e as BP. Resultados/discussão: as BP mais prevalentes foram: “dores, lesão ou
                 incapacidades” (48,6%); “cansaço/falta de motivação” (48,2%); e “clima” (45,4%). Já a barreira menos referida foi “vergonha
                 do corpo” (18,2%). Contudo, as BP associadas à variável sexo (predominantemente em mulheres) foram: “dores, lesões ou
                 incapacidades” (p=0,004); “cansaço/falta de motivação” (p=0,004); “medo de se machucar” (p=0,013); e “vergonha do corpo”
                 (p=0,032). Conforme estudos prévios, as duas BP com maior significância podem ser explicadas pela prevalência de dores
                 e doenças crônicas atreladas à senescência, com maior frequência no sexo feminino. Enquanto isso, o/a cansaço/falta de
                 motivação pode derivar da rotina dos afazeres domésticos, que culturalmente são mais exercidos pelas mulheres. Conclusões:
                 as  BP  “dores,  lesões  ou  incapacidades”  e  “cansaço/falta  de  motivação”  foram  as  mais  significantemente  associadas  ao
                 sexo feminino. Essas duas barreiras e “clima” foram as mais prevalentes entre todos os idosos. É pertinente considerar os
                 aspectos culturais e sociais envolvidos nas BP quando estes não são explicitados pelos indivíduos, principalmente em idosas.
                 Profissionais de saúde podem usar metodologias estratégicas para atenuar os efeitos das BP e assim aumentar os níveis de
                 adesão e permanência da população idosa em programas de AF.






                               GEORREFERENCIAMENTO NA GESTÃO DE SAÚDE DA DENGUE

                    Autores: DANIELA RODRIGUES PARIGOT DE SOUZA | Heloizi Caroline De Oliveira, Thabata Cristy Zermiani,
                    Juliana Schaia Orsi, Ernesto Josué Schmitt. Instituição:  Pontifícia Universidade Católica Do Paraná
                 PALAVRAS-CHAVE: Dengue; Georreferenciamento; Atenção Primaria em Saúde
                 Introdução: Classificada como doença febril aguda sistêmica de origem viral, a Dengue, atinge aproximadamente no Paraná
                 7,5 pessoas a cada 100.000 habitantes segundo dados da Secretária de Estado da Saúde do Paraná. Os ovos do mosquito
                 são extremamente resistentes às mudanças climáticas críticas e estiagens de água, favorece a formação de reservatórios
                 e futuros criadouros a escassez de água, estocagem de água limpa em grandes recipientes, e a falta da coleta de lixo.
                 O  georreferenciamento  é  um  método  gráfico  realizado  a  partir  de  imagens  cartográficas  destinado  ao  levantamento
                 de  dados  que  pode  ser efetuado  de 3  formas básicas: associação a um ponto,  a uma  linha  ou  a uma  área. E pode
                 contribuir para o mapeamento e reconhecimento de regiões endêmicas. Objetivos: Avaliar o uso de uma ferramenta de
                 georreferenciamento no controle epidemiológico de incidência e desfechos decorrente da Dengue na população moradora
                 do município localizado no litoral do Estado do Paraná, e seu impacto na gestão e planejamento em saúde. Método: O
                 estudo foi conduzido em parceria com a Secretária Municipal de Saúde (SMS), realizado com aplicação de três ciclos de
                 questionários online, após curso preparatório e oficina sobre o tema, para a determinação da visão do agente de endemias
                 durante a implantação da ferramenta, no total foram obtidas 37 respostas. Resultados: Foi observado durante o estudo
                 uma mudança nos colaboradores da SMS, em virtude do final do contrato de muitos, o que mostrou a diminuição do tempo
                 médio de trabalho de 5,5 anos para 4,2 anos, a grande maioria dos respondentes de 80% (ciclo 1) a 100% (ciclo 2 e 3) foram
                 de agentes comunitários de saúde ou de agentes de endemias. Consideraram que a ferramenta iria auxiliar o trabalho
                 86,7% dos respondentes, ao final tivemos 75% e 66,7% de reconhecimento de que o georreferenciamento auxilia no controle
                 da Dengue. Conclusões: O uso de uma ferramenta de georreferenciamento é essencial para a implantação de políticas
                 públicas, porém, é necessário que ocorra a consolidação das relações entre os gestores públicos e seus colaboradores, além
                 da disponibilização de condições para o uso de estratégias inovadoras.




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