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EIXO 3   Atenção Primária à Saúde
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                  AVALIAÇÃO DA RESOLUTIVIDADE NUMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE COM ESTRATÉGIA
                                  SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE PARANAGUÁ/PR

                    Autores: GISCAR LUCIANO LOPES | ESTER FOGEL PACIORNIK, FLÁVIA COLOMBO. Instituição:  Escola de
                    Saúde Pública do Paraná

                 PALAVRAS-CHAVE: Estratégia Saúde da Família, Indicadores, Resolutividade
                 Introdução:  Em Paranaguá a Estratégia Saúde da Família foi implantada em 2005  e hoje conta com 19 equipes  saúde
                 da família, com cobertura de 55% do município, atuantes em nove bairros com ações de prevenção às doenças crônicas
                 e  imunopreviníveis,  atendimento  médico  e  de  enfermagem, entrega  de  medicamentos, visitas  domiciliares  e  ações de
                 promoção e educação em saúde. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi realizar, a partir de uma Unidade Básica de Saúde
                 com Estratégia Saúde da Família, uma avaliação da resolutividade na equipe saúde da família do município de Paranaguá/
                 Paraná. Método: Os métodos utilizados foram de uma pesquisa com caráter exploratório documental com materiais que
                 ainda não receberam um tratamento analítico ou que ainda podem ser tratados novamente, com os relatórios mensais
                 das equipes saúde da família para o Departamento de Atenção Básica, no período de março de 2014 a outubro de 2014,
                 utilizando os princípios de Donabedian para avaliação da qualidade dos serviços de saúde em três eixos de ação: a estrutura,
                 o processo e o resultado. Os dados coletados foram avaliados e tabulados utilizando os parâmetros de análise da portaria
                 do Ministério da Saúde nº1101/GM de 12 de junho de 2002. Resultados: Nos resultados foram identificadas mudanças
                 ocorridas na saúde da população graças à aplicação de instrumentos leves, mesmo com todas as dificuldades encontradas
                 pelas equipes  da Estratégia  Saúde da Família em realizarem  seus trabalhos, como descrito na avaliação da estrutura
                 organizacional, do processo e dos resultados. Conclusões: A conclusão foi que a resolutividade está mais associada ao
                 esforço dos profissionais em realizarem seu trabalho do que os gestores contribuírem com os meios necessários para tal;
                 os indicadores devem ser repensados levando em conta as características da população estudada e contribuem para o
                 fortalecimento da Atenção Básica, percebeu-se que há pouca diferença na resolutividade deste estudo comparado com
                 outras pesquisas realizadas e que a gestão de resultados significa um avanço no modelo de gerir as Unidades Básicas de
                 Saúde e um compromisso com os resultados e a busca por desenvolvimentos que possibilitem uma correspondência na
                 relação entre resultados alcançados e financiamento.




                      PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E EPIDEMIOLÓGICO DA POPULAÇÃO PRIVADA DE
                           LIBERDADE DE UMA CADEIA PÚBLICA NO OESTE DO PARANÁ, BRASIL
                    Autores: CARLA ROBERTA MARIANO DA SILVA | Francielle Brustolin de Lima Simch, Mayara Angélica Bolson
                    Salamanca. Instituição:  Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Campus Toledo
                 PALAVRAS-CHAVE: Prisioneiros; Perfil de Saúde; Características da População
                 Introdução: O Brasil é o terceiro país do mundo com o maior número absoluto de presos, apresentando 833 mil pessoas em
                 privação de liberdade. O nível de ocupação do sistema prisional do país é de 146,8%, sendo esta população composta por
                 jovens (25 a 45 anos de idade), homens (94,87%), negros (68,03%) e com ensino fundamental incompleto. Ainda que existam
                 políticas públicas direcionadas à população encarcerada e que orientem sobre a importância de ações de diagnóstico de
                 doenças, de promoção de saúde e de prevenção, sabe-se que a população prisional brasileira vive abaixo do mínimo de
                 dignidade  e  seus  direitos  fundamentais  são,  frequentemente,  negligenciados.  O  perfil  sociodemográfico  da  população
                 carcerária,  aliado às condições  hostis do  ambiente prisional, aumenta a susceptibilidade  desse grupo  populacional  a
                 situações de risco, potencializando  a exclusão social.  Objetivos:  Traçar  o  perfil  sociodemográfico  e  epidemiológico  das
                 pessoas privadas de liberdade numa Cadeia Pública da região Oeste do Paraná. Método: A pesquisa é resultado de Trabalho
                 de Curso e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (CEP/SD) do Setor de Ciências da Saúde
                 da Universidade Federal do Paraná (UFPR) (CAAE nº 52928821.9.0000.0102). Trata-se de estudo quantitativo, descritivo e
                 transversal. Elaborou-se um questionário autoaplicável contendo 76 questões, que abordavam sobre dados socioeconômicos
                 e demográficos, dados sobre saúde, hábitos de vida e informações sobre o percurso no sistema prisional. O instrumento foi
                 aplicado entre março e maio de 2022, obtendo-se uma amostra de 77 detentos (n=77). Resultados/discussão: Os resultados
                 apontaram o predomínio de indivíduos jovens (20 a 40 anos de idade – 49,35%), pobres (61,03% sem renda ou com renda
                 de até 1 salário mínimo), solteiros (35,06%), de cor branca (55,84%) e com ensino fundamental incompleto (54,55%). Além
                 disso, a maioria era procedente do estado do Paraná (83,12%) e, previamente à prisão, não possuíam vínculo empregatício
                 com carteira assinada. Nessa população, houve maior frequência de doenças do sistema cardiovascular (31,04%), patologias
                 do  aparelho  digestivo  (10,33%),  transtornos mentais (7,77%),  doenças  infecciosas (7,76%)  e problemas osteomusculares
                 (7,74%). Conclusões: Os resultados obtidos poderão ser utilizados no planejamento e na implementação de estratégias de
                 promoção, prevenção e recuperação em saúde, bem como de melhorias da rede de cuidados ofertada a essa população.



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