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EIXO 3   Atenção Primária à Saúde
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                      A PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA REDE DE PROTEÇÃO DE UM
                     DISTRITO SANITÁRIO DE CURITIBA NO ENFRENTAMENTO ÀS VIOLÊNCIAS CONTRA
                                               CRIANÇAS E ADOLESCENTES
                    Autores: FRANCIELE CIESLINSKI FERNANDES | Ana Paula Machado Marques, Ana Paula Rodrigues dos Santos
                    Bessa. Instituição:  Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba
                 PALAVRAS-CHAVE: Violência; Crianças e Adolescentes; Saúde Pública
                 Introdução:  A violência contra crianças e adolescentes é um fenômeno multifacetado que  engloba  questões culturais,
                 estruturais e sociais e torna-se um grave problema de Saúde Pública pois é crescente e em números alarmantes, além
                 de poder acarretar danos biopsicossociais ao longo da vida. Método: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo com
                 abordagem qualitativa, baseada na epidemiologia crítica, explorando as percepções dos profissionais de Unidades de Saúde
                 que atuam como articuladores locais da Rede de Proteção de um Distrito Sanitário do município de Curitiba. Este método
                 possibilita uma visão geral do fato sob uma investigação mais ampla seguida da descrição/estudo das características de
                 determinado grupo e/ou fenômeno para posteriormente focar na problematização e na atuação prática. O estudo foi aprovado
                 pelo Comitê de Ética em Pesquisa da SMS de Curitiba sob o parecer nº 3.158.531. Resultado e Discussões: Emergiram as
                 categorias opinião/percepção e dificuldade de atuação na Rede de Proteção, na dimensão singular; na dimensão particular
                 foram abordadas as categorias sobre dificuldades de atuar na Rede de Proteção, a importância da educação permanente, a
                 articulação intersetorial, processo de trabalho e sugestões para melhorias; e na dimensão geral, as categorias foram sobre
                 o Sistema de Informação e as Políticas Públicas para enfrentar as violências contra crianças e adolescentes. Conclusão: A
                 educação permanente é importante para qualificar os profissionais de saúde que atuam no enfrentamento das violências.
                 A relevância da Notificação Obrigatória como fonte de dados para subsídio para consolidar Políticas Públicas e um sistema
                 de informação integrado entre articuladores da Rede de Proteção facilitaria a troca de informações, otimizaria o tempo
                 e padronizaria a notificação numa linguagem onde todos teriam acesso. Salienta-se a necessidade de Políticas Públicas
                 efetivas para atender o agressor, pois somente penalizá-lo judicialmente ou civilmente não minimiza a problemática e ações
                 de educação e conscientização são essenciais para a quebra de ciclos viciosos e da banalização da violência. Isto favorece o
                 processo de desenvolver habilidades e solucionar conflitos, para que promova-se a cultura de paz. Nesse contexto ressalta-
                 se que é necessário a continuidade de estudos sobre este fenômeno, para execução de políticas públicas que protejam
                 efetivamente as crianças e os adolescentes.




                   AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DO ESTADO NUTRICIONAL DE GESTANTES ASSISTIDAS
                                       PELA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE LONDRINA/PR.

                    Autores: PATRÍCIA DE JESUS SOUZA | Jacqueline Danesio de Souza, Anne Cristine Rumiato, Flavia Trocon
                    Rosa. Instituição:  Universidade Estadual de Londrina
                 PALAVRAS-CHAVE: ganho de peso na gestação; gravidez; saúde da mulher
                 Introdução: O ganho de peso adequado durante a gestação é essencial para promoção da saúde materna e desenvolvimento
                 do bebê. Atualmente, taxas de sobrepeso e obesidade têm apresentando um aumento expressivo durante a gestação. Tal
                 fato, contribui para ocorrência de desfechos maternos e fetais desfavoráveis como diabetes mellitus, hipertensão e pré-
                 eclâmpsia, aumento do risco de macrossomia fetal, defeitos congênitos, baixo crescimento intrauterino, prematuridade,
                 baixo peso ao nascer e mortalidade perinatal. O Ministério da Saúde recomenda a realização do acompanhamento do
                 estado nutricional durante o pré-natal. Objetivo: Realizar diagnóstico nutricional de gestantes assistidas por uma unidade
                 básica de  saúde,  da cidade  de  Londrina-PR.  Método:  Estudo  exploratório  e  transversal,  utilizando  dados  de  peso  pré-
                 gestacional e atual, altura e Índice de Massa Corporal (IMC). O estado nutricional pré-gestacional e por semana gestacional
                 foi determinado para classificação do diagnóstico nutricional. Resultados: Um total de 30 gestantes, com idade média de
                 25,3 anos, foram avaliadas. No período pré-gestacional foi observado que 59,8% apresentaram excesso de peso (sobrepeso
                 e obesidade), 33,3% eram eutróficas e 6,6% com baixo peso. A proporção dos diagnósticos nutricionais encontrados durante
                 a gestação foram: baixo peso 10%, eutrofia 33,3% e excesso de peso 56,6%. O sobrepeso e obesidade mantiveram-se como
                 os diagnósticos mais prevalentes durante a gestação. A inadequação do estado nutricional, pré-gestacional ou gestacional,
                 observada está associada a ocorrência de possíveis resultados obstétricos desfavoráveis. Conclusão: A alta prevalência
                 de excesso de peso estabelecida pelo estudo, confirma a importância da implantação de estratégias multidisciplinares de
                 atenção para o enfrentamento dos fatores determinantes da sua ocorrência. O adequado acompanhamento gestacional,
                 por  profissionais  de  nutrição  e  equipes  multidisciplinares,  no  contexto  da  atenção  primária,  é  essencial  para  prevenir
                 intercorrências relacionadas ao ganho de peso materno excessivo.




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