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EIXO 3 Atenção Primária à Saúde
TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE
MAPEAMENTO DE FISIOTERAPEUTAS VINCULADOS A ESQUIPES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA
A SAÚDE EM MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE DO PARANÁ.
Autores: LETÍCIA TAYNARA TSUZUKI | Cristiane de Melo Aggio, Joamara de Oliveira Pimentel, Andrei Gabriel
Chiconato, Brenda Emanoeli de Freitas, Mathias Roberto Loch. Instituição: Universidade Estadual de
Londrina- UEL
PALAVRAS-CHAVE: Fisioterapia; Atenção Básica à Saúde; Equipe de Saúde
Dentre as atividades regulamentadas aos fisioterapeutas, está a atuação no campo da Saúde Coletiva, inclusive a assistência
aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), na Atenção Primária à Saúde (APS). Como a presença dos fisioterapeutas no
Brasil é pouco estudada, principalmente em municípios de pequeno porte, objetivou-se mapear os fisioterapeutas vinculados
às equipes dos serviços de APS, em municípios de pequeno porte, do Paraná-PR (até 20 mil habitantes, segundo o Censo
Demográfico de 2010). Para tal, consultamos nos relatórios públicos, da plataforma do e-Gestor AB, os estabelecimentos de
saúde que receberam incentivo financeiro federal, em dezembro de 2021. Em seguida, na plataforma do CNES, identificamos
os fisioterapeutas vinculados às equipes de APS, destes estabelecimentos, no mês de maio de 2022. Dos 399 municípios
paranaenses, 312 (78,2%) eram de pequeno porte e dois (0,6%) destes não tinham estabelecimentos de saúde informados
no CNES. Assim, foram considerados dados de 310 municípios. A análise estatística descritiva indicou que 133 (42,9%) destes
municípios possuíam registro de pelo menos um fisioterapeuta, dos quais 35 (11%) tinham dois ou mais fisioterapeutas
cadastrados (especificamente 23 com dois fisioterapeutas, oito com três e quatro com quatro). Ao todo, foram identificados
181 fisioterapeutas cadastrados, sendo que 179 (98,9%) foram cadastrados como fisioterapeutas gerais, um (0,6%) como
professor de fisioterapia e um (0,6%) como fisioterapeuta acupunturista. Quanto ao tipo de equipe, 120 (66,2%) estavam
vinculados à equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), 57 (3,1%) na Equipe Saúde da Família, 2 (1,1%) na
Equipe da Atenção Primária, 1 (0,5%) na Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar Tipo II e 1 (0,5%) na Equipe da Atenção
Primária Prisional. Observou-se que a maioria dos fisioterapeutas vinculados às equipes da APS é fisioterapeuta geral e
atuavam no NASF e, como este tipo de equipe deixou de ser contemplada pelo financiamento de custeio da APS, a presença
dos mesmos nas equipes multidisciplinares da APS depende da decisão dos gestores municipais (Nota Técnica Nº 3/2020-
DESF/SAPS/MS). Porém, a maioria dos municípios de pequeno porte do Paraná não possuía cadastro de fisioterapeuta na
APS e neste sentido os dados apresentam uma lacuna nas políticas do SUS, que tem como princípio a integralidade da
assistência.
CUIDADO TRANSICIONAL DE PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA AO IDOSO FRÁGIL
APÓS A ALTA HOSPITALAR
Autores: NATALIE MARIA RODRIGUES BATISTA | Mara Solange Gomes Dellaroza. Instituição: Universidade
Estadual de Londrina / Autarquia Municipal de Saúde
PALAVRAS-CHAVE: Idoso fragilizado. Atenção primária à saúde. Cuidado transicional. Alta do paciente. Assistência
domiciliar.
Objetivo: analisar a percepção de profissionais da atenção primária em saúde quanto a assistência prestada ao idoso frágil
e sua família, na transição hospital - domicílio. Método: Pesquisa qualitativa, realizada com 16 profissionais que compõem
as equipes da atenção primária em saúde (APS), distribuídos em duas unidades básicas localizadas em munícipio de grande
porte do Norte do Paraná. Os dados foram coletados de novembro de 2020 a maio de 2021, por meio de entrevistas
semiestruturadas, gravadas e transcritas na íntegra, cujos dados foram organizados em categorias temáticas à luz da Análise
de Conteúdo, embasadas na teoria transicional de Afaf Meleis. Após as análises dos dados, emergiram sete categorias: quem
é a pessoa idosa que demanda o acompanhamento domiciliar; ações que são realizadas para este idoso frágil após a alta
hospitalar; tecnologias utilizadas para o atendimento do idoso frágil; como a equipe avalia a assistência que é direcionada
para o idoso frágil na APS; ações desenvolvidas no domicílio; ações compartilhadas com a família; sentimentos e desafios
para a equipe. Resultados: demonstraram a percepção e a práxis dos profissionais, com todos os seus desafios, neste
contexto da transição do cuidado hospitalar para o domicílio. Verificou-se limitações da atuação da equipe pela falta de
recursos humanos e materiais, bem como as dificuldades das equipes da APS, em lidar com as especificidades dos familiares
e cuidadores, e mesmo com o próprio idoso, comprometendo a resolutividade da assistência. Conclusão: A reflexão
conjunta e o conhecimento dessa realidade devem levar gestores e profissionais a buscarem soluções para aprimoramento
do cuidado ao idosos no contexto pós alta.
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