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EIXO 3 Atenção Primária à Saúde
TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE
PREVENÇÃO E CONTROLE DO COVID-19: PERCEPÇÃO E PRÁTICAS NO COTIDIANO DAS
ORIENTAÇÕES MÉDICO-CIENTÍFICAS PELA POPULAÇÃO DOS TERRITÓRIOS DA ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE, PORTO VELHO-RO
Autores: JEANNE LUCIA GADELHA FREITAS FREITAS | Cleson Oliveira de Moura, Daiana Evangelista Rodrigues
Fernandes, Katia Fernanda Alves Moreira, Edson dos Santos Farias, Ivanice Fernandes Barcellos Gemelli.
Instituição: Universidade Federal de Rondônia -UNIR
PALAVRAS-CHAVE: Atenção Primária à Saúde; Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde; COVID-19
Introdução: A Pandemia da COVID-19 tem sido um desafio sanitário com impacto no desenvolvimento socioeconômico no
Brasil e no mundo. A despeito das medidas de controle adotadas, os cuidados preventivos da população frente à doença, são
pouco conhecidos, o que pode comprometer ações de educação em saúde na Atenção Primária em Saúde (APS). Objetivo:
identificar o perfil dos usuários da APS e as medidas de prevenção da COVID-19 adotadas pelo grupo. Método: Estudo transversal
em Unidades de saúde da Família em Porto Velho-Rondônia. A amostra foi por conveniência com usuários cadastrados nos
últimos 90 dias à entrevista, utilizando questionário online autoaplicável, seguido pela análise descritiva em tabelas. A pesquisa
é um subprojeto do Estudo Multicêntrico sobre a percepção e práticas no cotidiano das orientações médico-científicas pela
população dos territórios de abrangência da APS, aprovado seguindo critérios éticos. Resultados/discussões: Os 128 usuários
são adultos, maioria feminina (83%) entre 20-39 anos (60%) parda (62%), ensino médio (55%), renda de 2-3 salários mínimos
(54%). O grupo é formado por empregados do setor privado (25%) servidores públicos (22%), donas de casa (15%) e estudantes
(19%). As medidas de prevenção citadas foram o isolamento social total, lavagem das mãos, uso de álcool gel, máscara (71%).
As fontes de informações mais confiáveis foram jornais na TV/internet (27%) Agente Comunitário de Saúde (25%) e as menos
confiáveis, a internet (0,4%) Ministério da saúde (0,4%) e secretário de saúde (0,4%). Das ações de saúde na APS, 38% não
souberam identificar e dos que souberam identificar estas ações, 12% souberam pelo WhatsApp, vídeos, panfletos, drive-thru,
mutirão, testes e apenas 11% pelo atendimento pessoal. A percepção sobre a doença foi vista como muito grave (98%). Medidas
preventivas como isolamento social, máscara, higienização das mãos e evitar aglomerações (94%) foram considerados muito
importantes, mas houve pouca adesão ao uso de máscara (25%) álcool gel (24%) lavagem das mãos (23%) isolamento parcial
(19%) e isolamento social total (16%). Conclusões: A percepção/práticas de prevenção dos usuários frente à COVID-19 evidencia
a necessidade de intervenções educativas com saber teórico-científico e estratégias cognitivas/instrucionais, para auxiliar as
decisões adotadas e refutar mitos/concepções equivocadas. Essa compreensão é crucial para o trabalho de educação em saúde
entre os profissionais de saúde e usuários na APS.
CÂNCER INFANTIL: TENDÊNCIA DE MORTALIDADE EM MENORES DE 10 ANOS NO RIO
GRANDE DO SUL
Autores: LEO RODRIGO DE SOUSA SILVA SANTOS | Roger dos Santos Rosa. Instituição: Universidade Federal
do Rio Grande do Sul-UFRGS
PALAVRAS-CHAVE: Criança; Neoplasias; Mortalidade.
Introdução: O câncer infantil configura-se como um problema de saúde pública tanto nos países desenvolvidos quanto nos
em desenvolvimento. É considerado raro e distinto quando comparado ao câncer em adultos. Objetivos: Analisar a tendência
da mortalidade por neoplasias malignas em menores de 10 anos de idade residentes no estado do Rio Grande do Sul, no
período de 1996 a 2019, segundo sexo e faixa etária; raça/cor; região geográfica de residência; e principais subtipos. Métodos:
Estudo descritivo ecológico, longitudinal, com abordagem quantitativa. A coleta dos dados foi realizada a partir das informações
publicamente disponíveis na internet do Sistema de Informações sobre Mortalidade/DATASUS para os códigos CID-10 C00 a
D09. Foram utilizadas as variáveis sexo, faixa etária, raça/cor, região geográfica de residência e os principais subtipos de câncer.
Resultados/Discussão: Ocorreram 1.681 óbitos (média anual 70,0±16,8 desvios-padrão [DP]) por câncer dos quais 926 (55,1%)
do sexo masculino (média anual 38,6±10,5 DP) e 755 (44,9%) do sexo feminino (média anual 31,5±8,3DP). O coeficiente anual
médio de mortalidade por 100 mil habitantes foi de 4,3±0,7DP sendo 4,8±1,0DP para o masculino e 4,1±1,1DP para o feminino.
Predominou a raça/cor branca (83,6%). Por região de saúde, o coeficiente anual médio de mortalidade variou de 4,0/100 mil/
ano na de Santa Cruz até 8,7 na de Botucaraí. As neoplasias malignas do encéfalo representaram o maior grupo (27,01%). A
tendência de evolução anual do coeficiente de mortalidade por 100 mil habitantes para ambos os sexos pode ser expressa
pela equação de regressão linear: y = -0,0637x + 5,1433 onde x é o ano do período estudado, com R² = 0,3875. Conclusões:
Observou-se redução de casos, com picos em 1997 e em 2008, e predomínio de óbitos em regiões de saúde distantes do eixo
da capital do Estado e seus arredores. Foram verificadas diferenças entre as taxas de mortalidade das regiões de saúde do
Estado, tanto quanto aos seus componentes quanto em relação às tendências que apresentaram no período. A pesquisa pode
contribuir para melhor regionalização da assistência à saúde em casos de neoplasias em crianças.
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