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EIXO 3 Atenção Primária à Saúde
TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE
ATRIBUTOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NA SAÚDE DA CRIANÇA, SOB A ÓTICA DOS
CUIDADORES
Autores: TATIANA MICHELLE CATÃO DE OLIVEIRA | Jeanne Lúcia Gadelha Freitas, Adria da Silva Santos, Lorena
Rios Castro, Daniela Ferreira Borba Cavalcante, Jéssica Cunha Alves. Instituição: Universidade Federal de
Rondônia (UNIR)
PALAVRAS-CHAVE: Saúde da Criança; Atenção Primária à Saúde; Avaliação em Saúde.
Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS) é a estratégia de reorganização do Sistema Único de Saúde (SUS) e sua expansão
é um importante avanço social ao direito à saúde da população, sobretudo às crianças. Objetivo geral: Avaliar sob a ótica dos
cuidadores, a atenção à saúde da criança em Porto Velho-RO, considerando os atributos da APS. Método: Estudo avaliativo, de
abordagem quantitativa, realizado em uma Unidade de Saúde da Família na capital Porto Velho-RO, em 2021. Entrevistou-se 190
cuidadores de crianças de zero a cinco anos de idade, acompanhadas pela equipe de saúde, de março a dezembro de 2021. Foram
aplicados questionário sobre perfil sociodemográfico das crianças/cuidadores e o Primary Care Assessment Tool (PCATool-Brasil
2020) para identificar os atributos da APS. A análise e apresentação dos dados foi por meio de estatística descritiva no programa
SPSS, categorizados em alta (? 6,6) ou baixa (< 6,6) orientação para APS. Resultados: O perfil dos cuidadores é na maioria formado
pela mãe da criança (96,3%), entre 21 a 34 anos (65,3%), ensino médio completo (42,6%), com companheiro (a) (75,3%) e baixa
renda familiar (70,5%). As crianças tinham até um ano de idade (61,6%), sexo masculino (53,2%) e raça parda (69,5%). Na avaliação
dos cuidadores, houve uma alta orientação do serviço para a APS, com escore geral (6,80) e escore essencial (7,27). Os atributos
melhor avaliados por ordem de maior pontuação foram: Grau de Afiliação (9,10), Coordenação - Integração dos cuidados (8,83),
Coordenação - Sistema de Informações (8,50) e Acesso de primeiro contato - Utilização (7,93). Os atributos, pior avaliados por
ordem de menor pontuação foram: Orientação Comunitária (4,20), acesso de primeiro contato – Acessibilidade (4,96), Orientação
familiar (5,60), Integralidade - Serviços disponíveis (6,23), Integralidade - Serviços Prestados (6,23), e Longitudinalidade (6,43).
Conclusão: Na visão dos cuidadores, de modo geral, os atributos da APS voltados à atenção à saúde infantil, foram satisfatórios
com forte orientação para a APS. Porém, atributos como acessibilidade, integralidade, orientação familiar e comunitária, tiverem
fraca orientação para APS, evidenciando fragilidades que podem comprometer a qualidade dos serviços de atenção à saúde
infantil, o que requer urgentes mudanças no processo de trabalho das equipes de saúde.
CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE INSTRUMENTO DE ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE
BUCAL NO ESTADO DO PARANÁ
Autores: MARIANE RODRIGUES DE MELO | Carolina de Oliveira Azim Schiller, Gabriela Pereira Afonso, Gerson
Luis Schwab, Maria Goretti David Lopes, Solena Ziemer Kusma. Instituição: Secretaria de Estado da Saúde do
Paraná
PALAVRAS-CHAVE: saúde pública; saúde bucal; estudos de validação; atenção primária à saúde; odontologia comunitária
A organização da atenção em Saúde Bucal deve se basear no Modelo de Atenção às Condições Crônicas proposto por Mendes
(2011), no qual é fundamental a Estratificação de Risco com o intuito de priorizar os grupos que demandam mais atenção seguindo
os preceitos de equidade. O objetivo deste estudo é construir e validar um instrumento de Estratificação de Risco em Saúde
Bucal (ERSB) para o estado do Paraná. O processo de construção e validação do instrumento compreende diferentes etapas: 1)
Diagnóstico Situacional, 2) Validação de Conteúdo e Validação de Face, 3) Teste Piloto, 4) Validação Pscicométrica, 5) Aplicação do
Instrumento validado. Até o presente momento cumpriu-se com as etapas 1 e 2. A primeira etapa consistiu na realização de um
diagnóstico situacional sobre a percepção dos cirurgiões-dentistas da atenção primária a respeito da Estratificação de Risco em
Saúde Bucal vigente por meio de um formulário eletrônico, o qual foi disponibilizado para os 399 municípios do estado. A segunda
etapa foi realizada em 3 rodadas e consistiu na validação de conteúdo/face com consulta a um Painel de Especialistas por meio
da técnica do Grupo Nominal para obter consenso sobre a pertinência, reformulação ou inclusão de indicadores no instrumento.
Como resultados dessas 2 etapas definiram-se dois instrumentos: um para a População em geral (ERSB_1) e outro para crianças
entre 0 e 6 anos (ERSB_2). O ERSB_1 foi composto por 23 indicadores divididos em 5 critérios: Socioeconômicos (4), Biológicos
(5), Autocuidado (4) e Odontológicos (8). O ERSB_2 foi composto por 21 indicadores divididos em 6 critérios: Socioeconômicos
(4), Biológicos (3), Autocuidado (4), Hábito e Comportamento (2) e Odontológicos (8). Além disso definiu-se que os instrumentos
irão gerar uma escala objetiva (numérica), em que cada indicador terá uma pontuação de 0 até 2 pontos, com exceção de dois
indicadores que terão a pontuação de 0 a 3 pontos. Até o momento não há na literatura um instrumento de estratificação de risco
em saúde bucal validado. A proposta é que o novo instrumento de ERSB seja uma ferramenta para ser utilizada pelas equipes
de saúde bucal da atenção primária para estratificar o risco em saúde bucal da população de sua área de atuação, que auxilie o
profissional na organização da demanda e na condução dos tratamentos. Além disso, os resultados gerados pelo instrumento
poderão apoiar gestores no processo de tomada de decisão e na implementação de políticas em saúde bucal mais efetivas.
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