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EIXO 3   Atenção Primária à Saúde
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                  CONDIÇÕES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA QUE ACESSA A ATENÇÃO
                                                     BÁSICA EM BH

                    Autores: BÁRBARA INGRID DE SOUZA SILVA | Thaís Rodrigues de Souza, Karina Pereira de Araújo, Thiago
                    Gomes Gontijo, Aline Figueiredo Camargo, Giselle Lima de Freitas. Instituição:  Universidade Federal de
                    Minas Gerais
                 PALAVRAS-CHAVE: Pessoas em Situação de Rua; Vulnerabilidade em Saúde; Atenção Primária.
                 Introdução: A incorporação dos Consultórios na Rua à Política Nacional de Atenção Básica foi realizada com o intuito de
                 atender a população em situação de rua e garantir seu acesso aos serviços de saúde. A Atenção Básica é porta de entrada
                 do sistema de saúde, porém estudos apontam que a maior parte da população em situação de rua antepõe as unidades
                 de urgência para o cuidado primário. Objetivo: Descrever as condições de saúde da população em situação de rua que
                 utiliza a Atenção Básica na regional Centro-Sul de Belo Horizonte. Método: Estudo descritivo, de abordagem quantitativa,
                 realizado na regional Centro-Sul de Belo Horizonte. Os participantes foram pessoas maiores de 18 anos, que encontravam-
                 se em situação de rua por pelo menos um mês, que possuíam a regional Centro-Sul como local de convivência prioritário e
                 utilizavam a atenção básica como serviço de primeira escolha. A coleta ocorreu de setembro a dezembro de 2021 por meio
                 da aplicação de questionário sociodemográfico. Realizou-se análise descritiva dos dados. O estudo atendeu aos preceitos
                 éticos da Resolução 466/12. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Analisou-se 164 indivíduos que utilizavam a atenção básica como
                 primeira escolha para atendimento de suas necessidades de saúde. A maior parte era do gênero masculino (87,8%), possuía
                 entre 31 e 40 anos (31,09%) e raça negra (78%).43,9% nasceram em Belo Horizonte e 29,3% eram migrantes do interior de
                 Minas Gerais. Metade da amostra declarou ter renda mensal e mais da metade estava sem trabalho (76,8%). A maioria
                 (72,6%) referiu não ter o primeiro ou segundo grau completo. Com relação a dados de saúde, a maior parte referiu ter
                 Hipertensão Arterial (14,63%), seguido de dependência química/álcool (12,19%), associado a doenças psiquiátricas (9,75%).
                 A população estudada é assistida pelo Centro de Referência para População em Situação de Rua de Belo Horizonte, prioriza
                 a atenção básica e possui documentação necessária para garantir acesso a determinados serviços. Conclusão: A utilização
                 de serviços da atenção básica foi realizada por pessoas em situação de rua que referiram como principais comorbidades a
                 hipertensão, a dependência por substâncias e doenças psiquiátricas. Pode-se inferir avanço das políticas públicas e no apoio
                 de um centro de referência a essa população, porém reitera-se a necessidade da construção de políticas intersetoriais e
                 novos estudos para conhecer as condições de saúde dessa população.




                                       AURICULOTERAPIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

                    Autores: SIMONE LUDWIG TESSEROLLI BRISKI | Marina Moreira Ramos da Silva. Instituição:  Secretaria
                    Municipal da Saúde de Curitiba

                 PALAVRAS-CHAVE: auriculoterapia; atenção primária
                 A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) se fundamenta em uma combinação de conhecimentos e de práticas em saúde que
                 procuram abordar o ser humano nas suas dimensões físicas, emocionais, sociais, econômicas e espirituais, apontando para
                 uma visão sistêmica e transdisciplinar do processo saúde-doença. As práticas da MTC abrangem diversas técnicas, uma
                 das abordagens mais aplicadas atualmente é a auriculoterapia, onde se utiliza pontos específicos do pavilhão auricular.
                 Estes pontos podem ser estimulados através da aplicação de agulhas, sementes de mostarda, cristais e stiper. Em 2006
                 a auriculoterapia foi introduzida através da portaria nº 971, no Sistema Único de Saúde (SUS) como prática integrativa,
                 na perspectiva da prevenção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, com ênfase na atenção básica. Assim, o
                 objetivo geral do presente estudo foi evidenciar o custo-benefício atrelado a está técnica. Metodologicamente foi realizada
                 uma pesquisa bibliográfica, tendo como base a dinâmica indutiva, descritiva e exploratória, sendo analisado textos técnicos
                 científicos em artigos, anais de congresso, teses e dissertações que alavancaram a temática. Foram realizadas buscas de
                 artigos indexados nas bases de dados SciELO, LILACS e PubMed, utilizando os seguintes descritores: técnicas integrativas,
                 auriculoterapia, e atenção primária/básica. O período analisado foi de 2020 a 2022, sendo os elementos excludente material
                 bibliográfico anterior ao ano de 2020 e língua estrangeira. Os pesquisadores apontam que a eficácia deste método ocorre
                 devido à existência de células pluripotentes do sistema nervoso, que se conectam diretamente com as inervações da orelha,
                 onde é capaz de promover o alívio dos sintomas de ordem física, psicológica e visceral. Além de auxiliar no reequilíbrio dos
                 sistemas corporais, podendo ser utilizado em todas as fases da vida e sendo possível ser aplicada por diferentes profissionais
                 da área da saúde. Com base nos estudos analisados, podemos concluir que a auriculoterapia é um método prático, de fácil
                 aplicação, que permite o atendimento de forma individual ou coletiva com menor tempo e com baixo custo. A ampliação
                 desta prática na Atenção primária torna-se um processo a ser edificado, estimulado e avaliado de modo contínuo, com
                 envolvimento dos profissionais de saúde, gestores, usuários, docentes e comunidade local.



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