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EIXO 3   Atenção Primária à Saúde
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                  IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID-19 NA CONTINUIDADE DO CUIDADO DE PACIENTES
                ADULTOS PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E DIABETES MELLITUS TIPO 2

                  Autores: NATHALIE DE PAULA DAMIÃO | Fabian Calixto Fraiz, Denise Siqueira de Carvalho. Instituição:  Universidade
                  Federal do Paraná (UFPR)

               PALAVRAS-CHAVE: Atenção Primária à Saúde; COVID-19; Continuidade da Assistência ao Paciente
               Introdução: A COVID-19 trouxe inúmeros desafios para a organização do Sistema Único de Saúde, podendo ter impactado na
               continuidade  do  cuidado  (CC)  de  pacientes  portadores de  doenças  crônicas.  Objetivo:  Analisar  o  impacto da  pandemia  na  CC
               de pacientes adultos portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus  tipo 2 (DM2)  concomitantemente
               no município de Pinhais-PR. Metodologia: Estudo longitudinal retrospectivo com 50 usuários portadores de HAS e DM2 em uma
               Unidade de Saúde do município de Pinhais. Foram coletados dados de 2019 (antes da pandemia), 2020 e 2021, de relatórios gerados
               a partir do prontuário eletrônico do município (IDS Saúde), as notificações dos casos de COVID no sistema do Notifica COVID-19-PR
               e da base de dados do Sistema Nacional de Imunização (SI-PNI). A CC foi caracterizada em adequada ou inadequada de acordo com
               o número de consultas previstas para estes pacientes nos protocolos utilizados pelo município. Também foram analisados perfil
               sociodemográfico, controle das comorbidades e aderência ao programa de imunização. A análise estatística descritiva estimou
               medidas de tendência central, dispersão e a inferencial utilizou o teste Q de Cochran. Resultados: O sexo feminino foi o mais
               prevalente (64%), a idade média foi de 70 anos [Desvio Padrão=8,6] e 48% apresentavam ensino fundamental incompleto. Em
               2019 60% dos pacientes apresentaram a CC adequada, caindo para 32% e 44% em 2020 e 2021, respectivamente. Houve diferença
               estatisticamente significante na proporção de CC adequada entre 2019 e 2020 (p=0,005). A média do número de consultas médicas
               em 2019 foi de 2,84, em 2020 de 1,94 e em 2021 de 2,78. A média de exames de Hemoglobina Glicada foi menor em 2020 (0,8)
               que em 2019 (1,04); retornando aos patamares iniciais em 2021 (1,12). O mesmo ocorrendo com a média de aferições da Pressão
               Arterial (2019=3,1; 2020=1,9 e 2021=3,24). Em relação à vacinação contra COVID-19 observou-se uma diminuição da adesão a cada
               dose (92% na 1° dose, 90% na 2° dose e 86% na 3° dose). Dos pacientes com indicação da 4° dose, apenas 42,4% se imunizaram.
               Ocorreram 3 óbitos durante o período estudado, 2 deles por COVID-19 e em pacientes que não aderiram ao programa de vacinação.
               Conclusão: Neste grupo houve um grande impacto da pandemia de COVID-19 na CC, principalmente no primeiro ano da pandemia.
               E embora os índices tenham retornado em 2021 aos patamares de 2019, reforça-se a necessidade de ações que melhorem a CC
               para esses usuários.





                AVALIÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA DURANTE A PANDEMIA COVID-19
                                                  EM GUARAPUAVA-PR

                  Autores:  CÍNTIA  RAQUEL  BIM  |  Heloisa  Schoefel  Simão, Lainy  Franciely  Lich,  Ricardo Shoji  Okamoto Odake.
                  Instituição:  UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro-oeste

               PALAVRAS-CHAVE: : atenção básica; avaliação de serviços; informação em saúde; pandemia
               Diante da pandemia COVID-19 os serviços de saúde tiveram que se adaptar às novas demandas e às restrições impostas como
               medida de prevenção do contágio. Pesquisas no campo da atenção básica (AB) são relevantes para o fortalecimento do Sistema
               Único de Saúde (SUS), e conhecer como os serviços da atenção básica atuaram nesse contexto em termos de qualidade é essencial.
               O objetivo dessa pesquisa foi avaliar os serviços de saúde na atenção básica pela ótica de usuários e profissionais. Os dados foram
               coletados por meio de questionários aplicados a servidores e usuários de 6 unidades básicas de saúde (UBS) no município de
               Guarapuava-PR, nos meses de janeiro a março de 2022. Foi utilizado o instrumento de avaliação da atenção primária à saúde
               PCATool – Brasil, instrumento recomendado pelo Ministério da Saúde desde 2010 para avaliar indicadores globais de avalição da
               qualidade assistencial. Os dados foram analisados de maneira descrita pois a análise ainda está em andamento. Foram entrevistadas
               131 pessoas, sendo 74 usuários e 57 profissionais. Em relação aos usuários, 79,7% afirmaram ir até a UBS quando ficam doentes ou
               precisam de conselhos sobre a saúde, e 50% informaram que recorrem à unidade de Pronto Atendimento se o caso for urgente. Os
               usuários também relataram em 90,5% das respostas que as UBS não abrem aos sábados e domingos. Em relação aos profissionais
               de saúde, 45,6% atuam na atenção básica há 7 anos ou mais, 42,1% atuam entre 1 e 3 anos, e 12,3% entre 4 e 6 anos. Apenas 15%
               dos entrevistados possuem especialização na área da saúde pública. Os profissionais relataram que que 43,3% dos usuários que
               procuram a UBS quando adoecem são atendidos no mesmo dia. Os resultados apontam que a qualidade da atenção básica é
               avaliada através de inúmeros fatores no instrumento recomendado pelo Ministério da Saúde, e apontam alguns caminhos para a
               melhoria dos serviços, como ampliação do horário de atendimento nos finais de semana (para diminuição da procura por unidades
               de  urgência  por  causas  não  urgentes),  capacitação  através  de  educação  permanente  dos  profissionais.  Os  serviços  oferecem
               ações de qualidade aos usuários, que tem as unidades como referência para problemas de saúde, evidenciando o vínculo entre
               profissionais e usuários. Contudo, durante a pandemia COVID-19 houve diminuição na oferta de serviços por conta de restrições
               para diminuição do contágio. A atenção básica deve ser avaliada para que a qualidade seja prioridade nos serviços de saúde.



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