Page 97 - ANAIS_6congresso_8Mostra
P. 97
EIXO 3 Atenção Primária à Saúde
TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE
BARREIRAS PARA A ADESÃO AO ACONSELHAMENTO PARA A ATIVIDADE FÍSICA: UM
ESTUDO COM ADULTOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE
Autores: CAMILA SUOTA | Alice Tatiane da Silva, Josué Mendes, Claudia Heller Cunha Guimarães, Rogério
César Fermino. Instituição: Universidade Federal do Paraná
PALAVRAS-CHAVE: Atenção à Saúde; Pessoal de Saúde; Barreiras ao Acesso aos Cuidados de Saúde.
Introdução: O aconselhamento é uma prática educativa realizada por profissionais de saúde com o intuito de tornar as
pessoas mais ativas e participativas no processo de saúde. Objetivo: Descrever as barreiras para a adesão ao aconselhamento
para a atividade física percebidas por adultos na Atenção Primária à Saúde. Métodos: Em 2019 foi conduzido um estudo
quantitativo, observacional e transversal em que foram entrevistados 779 adultos de 15 Unidades Básicas de Saúde da
zona urbana de São José dos Pinhais, Paraná. As barreiras foram identificadas com questionário padronizado adaptado
ao contexto local. O instrumento apresentava oito motivos que poderiam dificultar a adesão ao aconselhamento para a
atividade física com opções de respostas dicotômicas (não/sim). Os dados foram analisados com a estatística descritiva e
teste de qui-quadrado para heterogeneidade no SPPS 23.0 e o nível de significância mantido em 5%. Resultados e discussão:
As barreiras para a adesão ao aconselhamento reportadas pelos usuários foram falta de tempo (52%), preguiça (40%), falta
de companhia (37%), falta de segurança (33%), acha chato (24%), lesão (23%), falta de dinheiro (18%), não ter local adequado
(16%) e outro motivo (15%). A barreira falta de segurança foi maior nas mulheres (37% vs. 19%, p=0,021). Com base nos
resultados, é importante que os profissionais de saúde abordem diversos conteúdos para minimizar a percepção destas
barreiras. Por exemplo, conscientizar os usuários que é possível ser fisicamente ativo realizando pequenas alterações na sua
rotina diária, além de estimular a participação em atividades em grupo e com base no conhecimento do território indicar
locais apropriados e seguros para a prática de atividade física no lazer. Conclusão: As principais barreiras percebidas por
adultos foram a falta de tempo, preguiça, falta de companhia e falta de segurança.
EFEITOS DA REALIZAÇÃO DE EXERCICIOS FISICOS VIA PLATAFORMA DIGITAL EM IDOSOS
NA ATENÇÃO BÁSICA DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19
Autores: ISABELA DA SILVA LEBRÃO | Daniela Wosiack da Silva, Anne Cristine Becchi, Ligia Maria Facci.
Instituição: Universidade Estadual de Londrina
PALAVRAS-CHAVE: Exercício físico; Plataformas digitais; Idoso
Introdução: A prescrição de exercícios via plataformas digitais em situações em que os profissionais e os participantes não
estão no mesmo local foi uma alternativa na pandemia do COVID-19 para a manutenção de hábitos saudáveis. Objetivo:
Investigar os efeitos promovidos pela utilização de plataformas digitais na prescrição de exercícios físicos em idosos no
período de isolamento social da pandemia COVID-19. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo do tipo série de
casos. Foram convidados participantes de grupos de exercícios físicos com idade igual ou superior a 60 anos, com boas
condições físicas, que portassem dispositivo digital e conexão de internet que possibilitasse a participação no grupo
Exercícios Online. Todos foram avaliados ao início do acompanhamento, assim como a cada três meses, quanto à presença
de queixas dolorosas, frequência e tempo de exercícios realizados durante o isolamento social. A prescrição de exercícios
físicos aconteceu durante seis meses via Google Meet, com frequência semanal de duas vezes e duração de 45 minutos. A
análise estatística comparou os resultados dos participantes do grupo ao início e ao fim do acompanhamento. Resultados:
Durante todo o período da realização do grupo de Exercícios Online, que ocorreu de forma síncrona entre os meses de
novembro de 2020 e maio de 2021, houve um grande fluxo de entrada e saída de participantes. Apenas 9 participantes
constavam na primeira e na ultima avaliação, sendo considerados aderentes e incluídos para a comparação dos efeitos da
intervenção. Todos os incluídos eram mulheres, com média de idade de 72,55 anos, 22,22% eram viúvas, estavam fazendo
isolamento social no período de entrevista inicial e o principal motivo da realização de exercícios foi a presença de queixas
álgicas musculoesqueléticas. A frequência semanal média da prática de exercícios físicos foi de 1,8 vezes ao início e de 2,6
vezes ao final do acompanhamento (P=0,28) e aumentou de 28,88 minutos iniciais por semana para 106,66 minutos ao final
(P=0,01), havendo redução no número de queixas álgicas relatada pelos participantes (P=1,00). Conclusão: A realização de
exercícios via plataforma digital por idosos na pandemia de COVID-19 proporcionou à população uma alternativa eficaz e
segura da prática de exercícios durante o período de isolamento social, aumentando a frequência e seu tempo de realização
de exercícios físicos.
97