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EIXO 5 Ciência, Tecnologia, Comunicação e Inovação em Saúde
TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO TELEATENDIMENTO EM FISIOTERAPIA NA PANDEMIA
Autores: CÍNTIA RAQUEL BIM | Laís Stefany Kloster. Instituição: UNICENTRO - Universidade Estadual do
Centro-oeste
PALAVRAS-CHAVE: telessaúde; tecnologia em saúde; fisioterapia
A Telessaúde no Brasil foi instituída por meio da Portaria nº 35/2007 do Ministério da Saúde, e o teleatendimento foi uma
das modalidades de atendimento em saúde utilizadas por diferentes profissionais com o advento da pandemia de COVID-19.
Com a prática dessa nova modalidade de atendimento, verifica-se a importância de considerar a qualidade dos atendimentos,
manutenção da saúde dos usuários do Sistema Único de Saúde e continuidade de tratamentos que não poderiam ser feitos
em modalidade presencial. O objetivo desse trabalho foi avaliar a qualidade do teleatendimento fisioterapêutico prestado
por fisioterapeutas de uma clínica escola de fisioterapia e identificar suas vantagens e desvantagens. Foi realizada pesquisa
qualitativa, com uso de questionários como ferramenta de coleta e análise de conteúdo para compreensão dos resultados.
Foram entrevistados dez participantes, sendo cinco fisioterapeutas que realizaram teleatendimento na pandemia e cinco
pacientes que foram atendidos por essa modalidade. Em relação aos resultados, “O teleatendimento é uma modalidade de
atendimento fisioterapêutico aprovada em 2020 em razão da pandemia, sendo uma estratégia coadjuvante no tratamento
fisioterapêutico (Fisioterapeuta 5)”. Na visão dos usuários, o teleatendimento “Foi muito bom, pois o fisioterapeuta preparou
tudo conforme as minhas necessidades e sempre eu fazia o feedback do que foi realizado, quais exercícios eu conseguia
desenvolver e os que eu tinha dificuldades” (Paciente 3). Percebe-se que os fisioterapeutas se mostram resilientes para
o teleatendimento, demonstrando otimismo com as práticas realizadas. As vantagens apresentadas pelos entrevistados
foram na facilidade de acesso do paciente e as desvantagens se colocam na indisponibilidade de recursos materiais para
a realização das atividades no domicílio. Observou-se boa adaptação dos profissionais para o teleatendimento, sendo
esta modalidade uma opção para o futuro cenário profissional. Os entrevistados se mostraram satisfeitos e se adaptaram
com a nova ferramenta e houve mais vantagens do que desvantagens, contudo, profissionais e usuários concordam que
o atendimento presencial é essencial para o contato profissional-paciente. Em tempos de pandemia, o teleatendimento se
mostrou uma ótima opção para o atendimento em fisioterapia, para assim minimizar o contágio, e manter o paciente em
assistência à saúde.
PREDIÇÃO DO ESPALHAMENTO DA COVID-19 NO ESTADO DO PARANÁ: UMA
ABORDAGEM MATEMÁTICA
Autores: VITOR PEREIRA MATIAS | Eliandro Rodrigues Cirilo, Aline Aparecida de Souza Leão, Neyva Maria
Lopes Romeiro, Paulo Laerte Natti. Instituição: Universidade Estadual de Londrina
PALAVRAS-CHAVE: Biomatemática; Modelos Epidemiológicos/SIRD; Mineração de Dados; Covid-19; Paraná
Com o surgimento da pandemia da Covid-19 vários modelos matemáticos para o estudo da tendência do surgimento de
novos casos foram propostos pela comunidade científica. Em geral, tais modelos são formulados para qualificar e quantificar
o número de pessoas de uma dada população em compartimentos tais como: Suscetíveis, Infectados, Mortos, Recuperados
entre outros. Por outro lado, nas bases de dados de casos, cláusulas de constatação do tipo – (a) data de morte ou de
recuperação deve ocorrer somente após o diagnóstico, (b) data de início de sintomas, quando a carga viral é suficiente
para transmissão do vírus, precisa ser estabelecida, (c) a recuperação deve ser dada pela redução da carga viral do paciente
tal que não haja transmissão – precisam ser respeitadas para que seja possível a correta simulação, e por conseguinte
descrever o espalhamento do vírus. Ressalta-se que é primordial encontrar diariamente os valores compartimentais corretos
observando essas cláusulas, obtendo então informações íntegras para poder utilizá-las na otimização de parâmetros e na
resolubilidade do modelo matemático associado. Ademais, a necessidade de filtragem dos dados decorre do fato de que nem
sempre os mesmos estão suficientemente estruturados para servirem como informações de entrada direta nos modelos
epidemiológicos e garantir as cláusulas. A não filtragem dos dados aqui mencionada pode incorrer em simulações que não
condizem com a realidade. Neste trabalho, minerou-se dados brutos disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde
do Paraná de modo a atender as cláusulas de constatação. Otimizou-se as taxas de infecção, recuperação e mortalidade,
a partir dos dados minerados, por meio de um código programado no software Python com uso da biblioteca Gurobi.
Adicionalmente, resolveu-se computacionalmente o modelo epidemiológico SIRD para todas as cidades do estado do
Paraná ao mesmo tempo, acompanhando a evolução de novos casos diariamente. Com a simulação realizada foi (é) possível
predizer o espalhamento da doença com informações acuradas, principalmente em metrópoles por conta do volume de
dados, e então contribuir com mais um elemento técnico analítico aos agentes públicos, no estabelecimento de tomadas de
decisão de contenção do avanço do vírus SARS-CoV-2 no estado paranaense.
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