Page 103 - ANAIS_3º Congresso
P. 103
EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade TRABALHO 28
Avaliação da incidência de doadores voluntários portadores de anemia
falciforme heterozigotos atendidos em hemonúcleo Paranaense
AUTOR PRINCIPAL: Romir rodrigues | AUTORES: Fátima Aparecida Ferreira da Silva dos Santos, Maria Inês de Carvalho |
INSTITUIÇÃO: HEMEPAR - Hemonúcleo Regional de Paranavaí | Paranavaí-PR | E-mail: romir.rodrigues@sesa.pr.gov.br
Introdução: o traço falciforme (TF) se manifesta quando apenas uma cópia mutante do gen responsável pela síntese da cadeia
globínica β é herdada, ficando assim o genótipo HbAS, ou seja, heterozigotos para anemia falciforme. O TF é assintomático, pois
as hemácias dificilmente se tornam falciformes. Objetivos: avaliar a incidência de TF, no Hemocentro Regional de Paranavaí – PR,
analisando o perfil deste doador e a destinação dos hemocomponentes produzidos a partir destes doadores. Além disso, citar as
restrições ao uso de hemocomponentes advindos de TF. Métodos: Estudo descritivo, transversal, realizado no ano de 2013, população
de 4.956 doadores voluntários, amostra de 248 doadores TF (HbAS), de ambos os sexos, cadastrados no Hemonúcleo Regional de
Paranavaí-PR, no sistema HEMOVIDA. Foram coletados dados dos TF sobre a incidência mensal dos doações, sexo, raça, idade, tipo
sanguíneo, hemocomponentes produzidos e destinação destes hemocomponentes. Foram excluídos deste estudo pacientes com anemia
falciforme na forma homozigota (Hemoglobina SS). Realizado estatística descritiva através do software StatDisk 10.4.0 e pesquisa
aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Paranaense (UNIPAR), sob nº 670.231, CAAE
31641614.2.0000.0109. Resultados: a prevalência de HbAS foi de 5%, com maior incidência no sexo masculino, na faixa etária
dos 21 aos 50 anos, onde caucasianos brasileiros são os mais prevalentes, devido à miscigenação racial, com maior prevalência de
fenótipos sanguíneos A ou O, sendo que produção e destinação de hemocomponentes advindos de doadores HbAS segue o mesmo fluxo
de outros doadores. Os doadores apesar de apresentarem essa alteração gênica, seus hemocomponentes são viáveis para consumo.
No entanto, não devem ser desleucocitados, e/ou utilizados portadores de hemoglobinopatias, acidose grave ou transfusão neo-natal,
mas, podem ser utilizados em pacientes quimioterápicos. Conclusão: é essencial salientar a importância em estabelecer campanhas
de conscientização para doação de sangue, em todas as faixas etárias, solidificando o ato altruísta e solidário, independente se possuir
ou não o traço falcêmico. Palavras-chave: Traço falciforme. Desleucocitação. Hemoglobinopatias.
EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade TRABALHO 38
Relato de experiência de alunos do 1º período do curso de medicina
com o programa nacional de controle do tabagismo proporcionado pelo
módulo integração ensino e comunidade (IEC FPP)
AUTOR PRINCIPAL: Erica Pedri | AUTORES: Isabella Zerbeto, Karin Rosa Persegona Ogradowski, Marilis Natal, Eliane Rocha |
INSTITUIÇÃO: FPP | Curitiba-PR | E-mail: eripedri@gmail.com
O presente trabalho objetiva relatar a experiência de acadêmicos do 1º período do curso de Medicina da Faculdades Pequeno Príncipe
(FPP) em contato com o grupo de apoio do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) de uma unidade municipal de saúde da
cidade de Curitiba. Tal experiência foi proporcionada pelo Módulo Integração Ensino e Comunidade I (IEC I) que possibilita o contato dos
acadêmicos com a saúde pública do 1º ao 8º período do curso. O tabagismo é responsável por 200 mil mortes anuais no Brasil, além
de estar relacionado a diversas comorbidades. O Paraná se encontra acima da média nacional em percentual de tabagistas. Devido ao
risco eminente a saúde, o Ministério da Saúde vem implantando medidas de contingência ao uso do cigarro há 15 anos. A elaboração
da Portaria nº571/2013 atualiza as diretrizes de cuidado à pessoa tabagista no âmbito da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com
Doenças Crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS), reforçando a responsabilidade do sistema no tratamento de tabagistas através
do acolhimento e de apoio terapêutico adequado. O IEC I permitiu aos acadêmicos o acesso a um grupo de tratamento e apoio aos
tabagistas. Os alunos acompanharam relatos dos usuários sobre seus desejos e dificuldades para parar de fumar, bem como a orientação
fornecida pelos profissionais da Unidade Básica de Saúde sobre cessação do tabagismo. A experiência proporcionou aos alunos uma
reflexão sobre o papel do médico além do consultório, seu compromisso com a comunidade e a sua responsabilidade em relação ao
tratamento de agravos crônicos, além disso, trouxe a problematização da abordagem da individualidade do paciente para o sucesso do
tratamento. O contexto da experiência era sempre levado para dentro da sala de aula e discutido com bases teóricas. A problematização
do cotidiano proporciona uma aprendizagem mais crítica e reflexiva e o currículo integrado valoriza o espaço de articulação entre ensino,
serviço e comunidade como cenário do processo ensino-aprendizagem. O módulo visa à formação dos profissionais da saúde focada
nas necessidades da população, para que isso ocorra, a relação entre o ensino e o serviço foi estreitada. Palavras-chave: Formação
médica. Extensão universitária. Tabagismo. Saúde coletiva.
Referências bibliográficas: INCA. Tabagismo: dados e números. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. Cavalvante, TM. O controle do
tabagismo no Brasil: avanços e desafios. Revista de Psiquiatria Clinica, v.32, p. 283-300, 2005. IBGE. Pesquisa nacional por amostra de
domicílios: Tabagismo. Rio de Janeiro, 2008. Albuquerque, VS; et al. A integração ensino-serviço no contexto dos processos de mudança
na formação superior dos profissionais da saúde. Revista Brasileira de Educação Médica, v.32, p. 356 – 362, 2008.
103