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EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade    TRABALHO 67

                  Características de saúde de população em situação de rua em
                  município da região Oeste do Paraná

                  AUTOR PRINCIPAL: Emanuelle Bianchi da Silva  |  AUTORES: Phallcha Luízar Obregón  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual do Oeste
                  do Paraná (UNIOESTE)  |  Cascavel-PR  |  E-mail: m.bianchis@hotmail.com
                   INTRODUÇÃO: A população em situação de rua é constituída por indivíduos de diferentes realidades e que se encontram em condição de
                   pobreza absoluta, com vínculos rompidos ou fragilizados, com falta de habitação regular e que utilizam a rua como espaço de moradia e
                   sustento por contingência temporária ou de forma permanente. Frequentemente, essas pessoas apresentam doenças, tem dificuldade
                   de adesão a tratamentos e raramente procuram os serviços de saúde.OBJETIVO: descrever o perfil de saúde da população em situação
                   de rua do município de Cascavel-PR. MÉTODOS: estudo transversal, descritivo e quantitativo realizado no período de outubro a dezembro
                   de 2015 por aplicação de questionário a pessoas em situação de rua que frequentaram serviços de proteção especial (albergue, casa
                   de passagem) do município. RESULTADOS: 58 pessoas participaram do estudo. A idade média foi de 35 anos. 84% eram do sexo
                   masculino, 50% de etnia branca e 66% solteiros. Em relação à saúde, 53% avaliaram sua saúde física como boa e 45% avaliaram a
                   saúde mental adequada. No que se refere ao uso de drogas, 74% dos entrevistados eram fumantes, 48% usuários de álcool, 21% de
                   drogas ilícitas, 10% faziam o uso dos três grupos de drogas (álcool, tabaco e drogas ilícitas) e 17% não usavam nenhum tipo de droga;
                   36,2% já permaneceram internados em centro de recuperação para drogas. Dos participantes, 33% referiram possuir alguma doença,
                   sendo que 78,9% apontaram os transtornos psiquiátricos, principalmente depressão; 34% faziam uso de medicamentos, destes 70%
                   eram medicamentos psiquiátricos e 6% não souberam informar o nome do fármaco; 9% tinham histórico de internamento em hospital
                   psiquiátrico e quatro entrevistados referiram tentativa de suicídio. O tempo decorrido desde a última consulta médica até o momento
                   da entrevista variou de 15 dias a mais de 5 anos; 9% dos entrevistados referiram ter receio em procurar atendimento à saúde, sendo
                   os motivos indicados temor em sofrer preconceito e não ser bem atendido, contudo, 57% avaliaram a qualidade da saúde pública como
                   boa. Quanto a vacinas, 71% referiram estar com a vacinação em dia e 3% não souberam informar. CONCLUSÃO: o perfil desta população
                   aponta que trata-se de adultos na sua maioria homens com baixa escolaridade, alta exposição ao uso de álcool e drogas e com algum
                   transtorno mental.Há necessidade que os serviços de saúde orientem o atendimento para estes indivíduos, no sentido de promoção da
                   saúde e reinserção social. Palavras-chave: População em situação de rua. Perfil de saúde. Saúde pública.
                   Referências bibliográficas: 1. DALMOLIN, B.B.; BACKES, D.S.; ZAMBERLAN, C.; et al. Significados do conceito de saúde para docentes.
                   Esc Anna Nery (impr.), v. 15, n.2, p. 389-394, 2011. 2. ROSA, A.S.; SECCO, M.G.; BRÊTAS, A.C.P. O cuidado em situação de rua: revendo
                   o significado do processo saúde-doença. RevBrasEnferm, v. 59,n.3, p. 331-336, 2006. 3. COSTA, A.P.M. População em situação de rua:
                   contextualização e Caracterização. Revista Virtual Textos & Contextos; n.4, p. 2-15, 2005. 4. KUNZ, G.S.; HECKERT, A.L.; CARVALHO, S.V.
                   Modos de vida da população em situação de rua: inventando táticas nas ruas de Vitória/ES. Rev. Psicol., v. 26 , n. 3, p. 919-942, 2014.


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                 Ações de promoção e prevenção voltadas à saúde da mulher

                 AUTOR PRINCIPAL: Emanuelle Bianchi da Silva  |  AUTORES: Douglas Marcello Pazetto, Taline Alisson Artemis Lazzarin Silva, Tamara
                 Cristina Gobatto Bertusso, Phallcha Luízar Obregón  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)  |  Cascavel-PR  |
                 E-mail: m.bianchis@hotmail.com
                   Introdução: No município de Cascavel, a campanha Outubro Rosa, resultado da participação de entidades, empresas, órgãos públicos
                   e especialistas, promove ações voltadas a saúde da mulher com ênfase na prevenção do câncer de mama e diagnóstico precoce da
                   doença. Objetivo: Determinar se as mulheres conhecem a campanha Outubro Rosa e determinar os hábitos de prevenção utilizados
                   pelas mesmas. Metodologia: estudo transversal, descritivo e quantitativo, em mulheres que participaram da Jornada Medicina na Praça,
                   promovida pelas ligas acadêmicas de medicina da Universidade Estadual do Oeste do Paraná em Cascavel, conduzido em outubro de
                   2015. Foi aplicado um formulário com questões sobre ações de prevenção à saúde da mulher. Na análise foi utilizado o software Excel
                   versão 10. Resultados: Foram entrevistadas 56 mulheres das quais 85,7% informaram ter residência em Cascavel; a idade mínima e
                   máxima foi 15 e 75 anos respectivamente; 54% encontravam-se na faixa etária de 40 a 59 anos; 32% na faixa de 20 a 39 anos, 9%
                   com 60 anos ou mais e 5% na faixa de 15 a 19 anos. Em relação a escolaridade, 29% informaram possuir ensino fundamental, 52%
                   ensino médio, 14% ensino superior e 5% pós-graduação. Quanto a ocupação, 63% eram trabalhadoras, 16% do lar, 11% aposentadas,
                   5% desempregadas e 5% estudantes. Referente ao estado civil, 48% informaram ser casadas, 32% solteiras, 16% separadas e 4% viúvas.
                   Em relação a Campanha Outubro Rosa, 91% já ouviram falar, 93% acreditam que as ações voltadas à saúde da mulher são importantes,
                   no entanto 32% desconhecem o objetivo da campanha. Motivadas pelas informações recebidas na campanha, 29% das entrevistadas
                   procuraram atendimento em serviço público; 54% passaram a prestar mais atenção na sua saúde. Ainda, 80% referiram não conhecer
                   o “dia rosa”. Referente as práticas, 52% informaram fazer mamografia; 61% costumam fazer autoexame da mama; 80% referiram ter as
                   vacinas em dia e 68% realizaram o exame Papanicolau. No momento da entrevista 25% afirmaram apresentar alguma doença crônica.
                   Conclusão: A maioria das mulheres conhece as ações desenvolvidas na Campanha Outubro Rosa. No entanto, os hábitos e práticas
                   preventivas foram realizados por pouco mais da metade das entrevistadas. Recomenda-se continuar com ações interinstitucionais de
                   promoção e prevenção direcionadas a saúde da mulher que promovam informação e mudança de comportamento, na busca de vida
                   saudável. Palavras-chave: Prevenção. Saúde da mulher. Campanha.



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