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EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade TRABALHO 117
Violência de gênero: um relato de experiência em
disciplina de pós graduação
AUTOR PRINCIPAL: Viviam Mara Pereira de Souza | AUTORES: Melissa dos Reis Pinto Mafra, Liliana Müller Larocca, Maria Marta
Nolasco Chaves | INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Paraná | Curitiba-PR | E-mail: vimara_enf@yahoo.com.br
A violência de gênero se apresentou como uma disciplina optativa, no curso de pós-graduação em enfermagem na Universidade Federal
do Paraná, para mestrandos e doutorandos. Sua ementa foi: Discussão e pesquisa sobre temas atuais do ensino e/ou a pesquisa em
Saúde e Enfermagem, com o objetivo: colaborar na formação de pesquisadores enfermeiros para a compreensão da Violência de Gênero
como categoria analítica nas pesquisas desenvolvidas na área da Saúde e de Enfermagem. Violência de gênero é caracterizada como
uma forma específica de violência cultural constituída em dominação, opressão e crueldade, construídas e reproduzidas no cotidiano das
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relações de poder desigual entre os gêneros . Essa violência tem altos índices de mortalidade no Brasil, mas ainda não é vista como um
problema de políticas públicas. Percebe-se que nas discussões os holofotes se direcionam a violência contra mulher, quando na verdade,
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é uma discussão para todos os gêneros , realidade também evidenciada por nós, no decorrer da disciplina. Como pós graduandas, vimos
que essa violência se apresenta ao longo dos anos, de forma velada, em filmes, mídias impressas e no histórico de vida de cada uma
presente em sala de aula, compreendendo a dificuldade de voltar o olhar para gênero, na sua essência, assim como é apontado pelas
pesquisas. Entendemos ainda, que a violência de gênero é aquela cometida contra os grupos vulneráveis tendo como causa, o gênero
em que a pessoa se insere, podendo ser homem contra mulher, homem contra homem e mulher contra mulher. A disciplina nos mostrou
um caminho ainda desconhecido, mas que nos faz refletir diariamente nossas atitudes pessoais e profissionais, e que, nos prepara para
enfrentar esta problemática vivenciada no cotidiano. Participar das discussões em sala de aula acerca do fenômeno nos fez refletir a
necessidade de abordar este tema com um olhar ampliado, muito embora as mulheres sejam as principais vítimas, mas não são as
únicas. Portanto, faz-se necessário discutir dentro de uma abordagem de vulnerabilidade, considerando aqueles que sofrem violência
tanto por serem mulheres, homens ou aqueles que fogem ao padrão heteronormativo que a sociedade impõe, realizando com isto,
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
uma verdadeira discussão acerca da Violência de Gênero, buscando ações efetivas e eficazes no combate à violência. Palavras-chave:
Violência de gênero. Educação de pós graduação. Enfermagem.
Referências: 1. TOLEDO, L.M. de; SABROZA, P. C. (Org.) Violência: orientações para profissionais da atenção básica. Rio de Janeiro,
ENSP/FIOCRUZ, 2013. 36 p. 2. IPEA. Atlas da Violência, 2016.
EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade TRABALHO 120
Integração ensino-serviço-comunidade no Sistema Único de Saúde
como estratégia para a formação profissional de qualidade
AUTOR PRINCIPAL: Elaine Rossi Ribeiro | AUTORES: Aline de Mattos Guilhermette, Júnia Aparecida Laia da Mata Fujita, Gustavo Justo Schulz |
INSTITUIÇÃO: Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba - Feaes | Curitiba-PR | E-mail: elaine.rossi@hotmail.com
Caracterização do Problema: estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação
para o trabalho produtivo de estudantes¹. A Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba - Feaes estabeleceu diretrizes para
que o estágio represente uma oportunidade significativa para a aplicação de conhecimentos e a vivência da futura profissão nas unidades de sua
gestão. Fundamentação Teórica: O estágio na formação do aluno transcende a aprendizagem prática e a associação entre teoria e prática é um
momento de construção da identidade profissional, de desenvolvimento de estratégias de enfrentamento saudáveis frente aos estressores típicos
das profissões do campo da saúde². Objetivou-se neste trabalho apresentar a trajetória de implantação do estágio supervisionado nas unidades
da Feaes. Trata-se do relato da experiência sobre a integração ensino-serviço-comunidade desenvolvida pelo Instituto de Ensino e Pesquisa – IEP/
Feaes. Descrição da Experiência: o projeto teve origem na preocupação da Feaes em relação à formação dos profissionais da área da saúde
para o SUS. Atualmente, a Feaes recebe estagiários de 17 IE que ofertam cursos técnicos, de graduação e pós-graduação. O planejamento é
semestral e considera como primordial a definição da frequência da supervisão pela IE para o acompanhamento das necessidades dos alunos
e o IEP conduz o processo facilitando a adaptação ao serviço. Com o propósito de orientar os envolvidos foi elaborado um Manual de Normas
e Procedimentos para a Realização de Estágios³. Ao final do período, são feitas avaliações que apontam os resultados alcançados. Efeitos
Alcançados: os resultados mostram as possibilidades de fortalecimento da integração ensino-servitço-comunidade que permitem ao estagiário
a vivência de experiências enriquecedoras no SUS. Em 2014, 909 alunos estagiaram na Feaes, em 2015, 1.126 e, no 1º semestre de 2016 a
Fundação recebeu 2.170 solicitações, das quais 1.649 foram atendidas. Tais estudantes contribuem com o serviço por meio de contrapartidas
que são apresentadas como projeto científico ou social. Recomendações: o presente relato pode auxiliar nas reflexões sobre a importância
do estágio no SUS visando o preparo de profissionais comprometidos com as necessidades de saúde da população. Sugere-se, nesse contexto,
pensar a constituição de planos de estágios que contribuam para a formação técnica dos estudantes e possibilitem uma formação mais humana.
Palavras-chave: Educação. Sistema Único de Saúde. Aprendizagem.
Referências bibliográficas: Referências: 1. BRASIL. LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes.
Disponível em: . Acesso em: 15 Nov. 2015. 2. RUDNICKI, T, CARLOTTO, M. S. Formação de estudante da área da saúde: reflexões sobre a prática
de estágio. Revista SBPH, vol. 10, n. 1. Rio de Janeiro, 2007. 3. GUILHERMETTE, A. M.; RIBEIRO, E. R. ; MATIA, G. ; FUJITA, J. A. L. M. . Manual de
Normas e Procedimentos para a Realização de Estágios Supervisionados. 2016.
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