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EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade   TRABALHO 178

                       Cantar e dançar: buscando novas estratégias de promover
                       a saúde da criança e do adolescente


                       AUTOR PRINCIPAL: Denise Finger  |  AUTORES: Jeane Barros de Souza, Angélica Zanettini, Tatiana Xirello, Greici Daiani Berlezi  |
                       INSTITUIÇÃO: Universidade Federal da Fronteira Sul- UFFS  |  Chapeço-PR  |  E-mail: deni.finger@hotmail.com

                         Caracterização do problema: A música, além de ser uma forte expressão cultural, também é uma importante aliada na promoção da
                         saúde, principalmente quando associada a movimentos e gestos corporais. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo relatar
                         a experiência de um ensaio do Coral Encanto, resultado do Projeto de Extensão “Promovendo a saúde da criança e do adolescente
                         através da música”, desenvolvido pelo curso de Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul-UFFS, em parceria com uma
                         escola da rede estadual de ensino, no município de Chapecó-SC. Fundamentação teórica: A música, principalmente a letra, pode
                         influenciar no comportamento das pessoas e na formação de crianças e adolescentes. Segundo Santos e colaboradores (2014), a
                         música pode ser utilizada como um instrumento de ensino e aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento sociocultural e a formação
                         psicossocial  de crianças e  adolescentes,  caracterizando  um  tema intersetorial  e interdisciplinar.  A  saúde física e  mental  também
                         é influenciada positivamente quando a música se associa à dança ou a gestos. Descrição da experiência: Os ensaios do Coral são
                         realizados semanalmente na própria escola. Em um desses ensaios, foi introduzida a música Tempos Modernos, de Lulu Santos, no
                         repertório do coral. Já a coreografia ficou sob a responsabilidade dos próprios coralistas, os quais foram divididos em quatro grupos,
                         sendo que cada um recebeu um trecho da canção, com a tarefa de criar gestos e movimentos relacionados à letra da música. Após
                         essa etapa, cada grupo apresentou e ensinou aos demais colegas a coreografia, e com rapidez e criatividade, toda a música ficou
                         pronta, num importante trabalho em equipe. Efeitos alcançados: nesta experiência foi possível perceber a efetiva participação de todos
                         os integrantes do Coral Encanto na construção de sua própria coreografia. Muito mais que apenas “movimentar o corpo”, essa atividade
                         exigiu dos coralistas a reflexão acerca da letra da música e o trabalho em equipe, resultando na construção coletiva do saber e criação
                         de uma bela coreografia. Recomendações: a experiência relatada neste estudo reafirma os resultados já alcançados pelo projeto de
                         extensão, indo ao encontro da produção literária que afirma que a música possui um importante papel na formação integral de crianças
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                         e adolescentes. Além disso, percebe-se os benefícios diretos da música na vida dos envolvidos: a promoção da saúde, da cultura, do
                         lazer, do coleguismo e trabalho em equipe. Palavras-chave: Música. Saúde. Criança. Adolescente.
                         Referências: SANTOS, Marcelo Henrique dos, et.al. Dos limites da liberdade de expressão nas letras de músicas ante a necessidade da
                         tutela dos direitos da criança e adolescente. REPATS, Brasília, v.1, n. 1, p.139-175, 2014. Disponível em:< http://portalrevistas.ucb.br/
                         index.php/REPATS/article/viewFile/5359/3568>. Acesso em 20 Abr 2016.


                       EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade   TRABALHO 181

                       Formação continuada em medidas de prevenção e posvenção do
                       suicídio para colaboradores da saúde em Maringá-PR-Brasil

                       AUTOR PRINCIPAL: Raquel Pinheiro Niehues Antoniassi  |  AUTORES: Giovana Kreuz  |  INSTITUIÇÃO: Secretaria Municipal
                       de Saúde de Maringá  |  Maringá-PR  |  E-mail: raquelniehues@gmail.com

                         O suicídio é a primeira causa de morte por atos de violência no mundo (OMS, 2014), sendo considerado um fenômeno complexo,
                         multifatorial e multidisciplinar, o qual deve ser tratado como um problema de saúde pública. A portaria 1876/2006 do Ministério
                         da Saúde instituiu as Diretrizes Nacionais de Prevenção do Suicídio, a qual destaca, dentre outros aspectos, a necessidade de
                         desenvolvimento de ações intersetoriais de responsabilidade pública (BRASIL, 2006). Considerando tais aspectos, aliados à incidência
                         de  tentativas  de suicídio e  demanda  de atendimento  para pacientes  com  comportamento suicida na  cidade  de Maringá-PR, em
                         novembro de 2015, foi instaurado no município o Comitê de Prevenção e Posvenção do Suicídio, visando a organização e implantação
                         de projetos estratégicos de intervenções nos casos de ideação suicida e/ou tentativa de suicídio a nível municipal. Uma das principais
                         ferramentas de combate e prevenção ao suicídio é o acesso a informações fundamentadas cientificamente, tanto para a população
                         em geral quanto aos profissionais de saúde, as quais possibilitem a efetividade e consistência dos atendimentos realizados junto ao
                         paciente com comportamento suicida (Botega, 2006). O objetivo deste trabalho é apresentar um dos projetos implantados (ao longo
                         de 2016) pelo Comitê, o qual consiste na capacitação dos colaboradores da saúde desta cidade para a condução adequada de casos
                         que envolvam risco ou tentativas de suicídio, assim como, a posvenção com familiares enlutados. Para tanto, bimestralmente, 2 turmas
                         de cerca de 70 funcionários da Secretaria Municipal de Saúde participam de capacitação com 20hs aula de explanação teórica e
                         vivencial das seguintes temáticas: mitos e características do suicídio, fatores de risco e proteção, dados epidemiológicos e fluxograma de
                         atendimento do suicídio, manejo da crise suicida, medidas de prevenção e posvenção com paciente, família e comunidade, ministrada
                         por psicólogos e psiquiatras. Como resultado deste trabalho, ao final de 2016, cerca de 700 colaboradores terão a instrumentação
                         técnico-teórica sobre a temática proposta, estando habilitados para o manejo adequado dos casos referentes a comportamento suicida,
                         tanto a nível de prevenção quanto de posvenção junto à tríade paciente-família-comunidade. Palavras-chave: Suicídio. Prevenção.
                         Posvenção. Formação Continuada em Saúde.
                         Referências: BOTEGA, N. J. Prevenção do comportamento suicida. Psico, Porto Alegre, PUCRS, v. 37, n. 3, pp. 213-220, set./dez. 2006
                         BRASIL. Portaria no. 1.876 de 14 de agosto de 2006: Diretrizes nacionais de prevenção do suicídio. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
                         OMS. Preventing suicide: a global imperative. Genebra, 2014.

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