Page 115 - ANAIS_3º Congresso
P. 115
EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade TRABALHO 182
Capacitação em posvenção com famílias enlutadas pelo suicídio
AUTOR PRINCIPAL: Raquel Pinheiro Niehues Antoniassi | AUTORES: Giovana Kreuz | INSTITUIÇÃO: Secretaria Municipal de Saúde
de Maringá | Maringá-PR | E-mail: raquelniehues@gmail.com
A Secretaria Municipal de Saúde de Maringá-PR implantou em 2015 o Comitê de Prevenção e Posvenção do Suicídio, sendo que
um dos projetos desenvolvidos ao longo do ano de 2016 é capacitação em medidas de prevenção e posvenção do suicídio para
colaboradores da saúde da cidade de Maringá-PR. O objetivo deste trabalho é apresentar a experiência decorrente da ministração
do conteúdo com a temática “Medidas de posvenção do suicídio junto à família enlutada”, destacando as questões pertinentes ao
desenvolvimento de um suporte para os colaboradores da saúde trabalharem e acolherem as famílias enlutadas após o suicídio
no que tange a compreensão do tabu, estigma, culpa, medo, vergonha, a ambivalência, os tipos e o processo de luto, a dificuldade
em pedir ajuda e ter o luto reconhecido, as medidas de posvenção e suporte. Metodologia: a capacitação acerca desta temática
específica foi ministrada pela psicóloga, de maneira teórico-vivencial, iniciada em Março de 2016, instrumentalizando cerca de 700
colaboradores públicos. Resultados: a capacitação permitiu a construção de um espaço profissional para tratarmos de uma discussão
fundamentada sobre suicídio e posvenção, permitiu a percepção embasada de um contexto problemático que envolve a prática destes
colaboradores, promoveu a abordagem, discussão e explanação de um conteúdo cercado tabus, assim, redimindo dúvidas acerca do
luto não reconhecido e fornecendo suporte para a elaboração de estratégias de intervenção junto à essas famílias enlutadas na rede
pública. Palavras-chave: Suicídio. Posvenção. Luto. Família.
Referências: SILVA, Daniela Reis e. Na trilha do silencio: múltiplos desafios do luto por suicídio. In. CASELLATO, Gabriela (org.). O resgate
da empatia: suporte psicológico ao luto não reconhecido. SP: Editora Summus, 2015. CASELLATO, G. (org.). O resgate da empatia:
suporte psicológico ao luto não reconhecido. SP: Editora Summus, 2015.
EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade TRABALHO 193
Projeto "Pintando o 7": reduzindo danos e promovendo saúde
AUTOR PRINCIPAL: Keullin Cristian Oliboni | AUTORES: Augusta Coradeli, Lúcia Bertini, Roseane Guimarães, Sandra Padilha, Ivete Frandolozzo,
Kariane Santos | INSTITUIÇÃO: Secretaria Municipal de Saúde de Laranjeiras Do Sul | Laranjeiras do Sul-PR | E-mail: keullin.cris@hotmail.com
O Projeto "Pintando o 7": Reduzindo Danos e Promovendo Saúde é realizado no município de Laranjeiras do Sul/Pr, pela equipe de
Estratégia Saúde da Família (ESF) Água Verde/Bancários. Esta possui em seu território de abrangência uma área de periferia onde
apresenta diversos agravantes como falta de saneamento, baixa renda, alto índice de gravidez na adolescência e de violência doméstica,
além de constante presença de álcool, tabaco e drogadição. Sendo assim, a partir da prática da Educação Permanente em saúde, os
profissionais da equipe passaram a observar este território com um olhar mais atento e perceberam a necessidade de realizar uma
abordagem com as crianças, deste ambiente tão carente. A partir daí, a equipe ampliou seu conhecimento sobre a Política de Redução
de Danos, estreitou o vínculo entre equipe e comunidade e passou a buscar parcerias para realização do projeto. Então, em agosto de
2015 deu-se início do mesmo, o qual se identificou como um grupo de convivência destinado a atender crianças de cinco a doze anos,
as quais eram pouco abrangidas em outras ações da ESF. O projeto tem um impacto social significante, pois as crianças participantes
estão em contato direto e indiretamente com álcool/drogas/tabagismo, violência, entre outros, devido presenciarem isto dentro do
âmbito familiar e no meio em que vivem. O “Pintando o 7” é desenvolvido mensalmente na quadra de esportes do bairro, nos períodos
manhã e tarde respeitando o contra turno escolar, atendendo em torno de duzentas crianças. Na ocasião são tratados assuntos de
educação, prevenção e promoção de saúde de forma lúdica, como teatro, teatro de fantoche, dança, música, atividades a campo,
etc., além do resgate de brincadeiras antigas, como amarelinha, pula corda, bambolê, entre outros. Com a oferta destas atividades
educativas e culturais observou-se a conscientização das crianças relacionada aos temas abordados e consequentemente possibilitou a
transmissão de informação aos familiares. Ou seja, as crianças aprendem brincando e tornam-se multiplicadoras do cuidado. Acreditando
na perspectiva que as crianças de hoje poderão no futuro modificar a realidade em que vivem, confiamos que atividades como esta
fazem a diferença e devem ser ampliadas e multiplicadas. Busca-se a formação de grupos de dança, música e teatro com as crianças
atendidas pelo projeto e que estes possam apresentar-se em escolas e eventos culturais do município. Palavras-chave: Crianças.
Educação permanente. Redução de danos.
Referências bibliográficas: BRASIL .MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, DF, 990. Disponível em
Acesso em 30/0 /2007. BRASIL .MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretrizes para Projetos de Redução de Danos. Brasília, DF, 1996. ______.
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – SISNAD; prescreve medidas
para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão
à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. Diário Oficial da República do Brasil.
Poder Executivo. Brasília-DF, 24 ago. 2006. CAROTTA, F.; KAWAMURA, D.; SALAZAR, J. Educação permanente em saúde: uma estratégia
de gestão para pensar, refletir e construir práticas educativas e processos de trabalhos. Saúde soc. vol.18 supl.1 São Paulo Jan./Mar.
2009. Disponível em Acessado em 14/09/15. CECCIM, R.B. Educação Permanente em Saúde: descentralização e disseminação de
capacidade pedagógica na saúde. Ciênc. saúde coletiva, v.10 n.4 p.975-86 Rio de Janeiro out./dez. 2005. Disponível em: Acessado em
16/09/15. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Cadernos de atenção básica programa saúde da família: Educação permanente. Brasília: jun 2000.
115