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EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade TRABALHO 82
Percepção de moradores de rua sobre o uso de drogas
e o estado de saúde
AUTOR PRINCIPAL: Emanuelle Bianchi da Silva | AUTORES: Phallcha Luízar Obregón | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual
do Oeste do Paraná (UNIOESTE) | Cascavel-PR | E-mail: m.bianchis@hotmail.com
Introdução: as pessoas em situação de rua vivem em estado precário e vulnerável. O uso de drogas nesta população, como alternativa
para minimizar obstáculos de viver nas ruas, ou como elemento de socialização contribui para o comprometimento da saúde dos
mesmos. Objetivo: descrever o uso de drogas em moradores de rua do município de Cascavel-PR. Métodos: estudo transversal,
descritivo e quantitativo realizado no período de outubro a dezembro de 2015. Foi aplicado um questionário a pessoas em situação de
rua que frequentaram serviços de proteção especial (albergue e casa de passagem) do município. Para avaliação do estado de saúde
(física e mental) foram utilizados os critérios: muito boa, boa, regular, ruim ou muito ruim. Resultados: 58 pessoas participaram, das
quais 84% correspondem ao sexo masculino. A idade média foi 35 anos. Quanto aos hábitos,74% dos entrevistados eram fumantes,
48% usuários de álcool e 21% de drogas ilícitas; 17% não usavam nenhum tipo de droga e 10% faziam o uso dos três grupos de drogas
(álcool, tabaco e drogas ilícitas). A saúde física foi avaliada como muito boa ou boa por 80% daqueles que não usam nenhuma droga,
74% dos não-tabagistas,65% dos não usuários de álcool, 59% dos não usuários de drogas ilícitas,58% dos usuários de drogas ilícitas,
54% dos tabagistas, 52% dos usuários de álcool e por 33% daqueles que fazem o uso dos três grupos de drogas. Por sua vez, a saúde
mental, foi avaliada como muito boa ou boa por 70% daqueles que não usaram nenhum tipo de droga, 65% dos não usuários de álcool,
59% dos usuários de drogas ilícitas, 54% dos não tabagistas, 53% dos não usuários de drogas ilícitas e dos tabagistas, 40% dos usuários
de bebidas alcoólicas e por 34% daqueles que fazem o uso de tabaco, álcool e drogas ilícitas. Conclusão: a maioria dos participantes
do estudo fazem uso de drogas licitas e/ou ilícitas. A avaliação da saúde física e mental esteve mais comprometida nos indivíduos
que referiram utilizar drogas. Recomenda-se que as equipes de Atenção Primária iniciem ações e projetos de promoção, prevenção,
tratamento e reabilitação dos indivíduos afetados. Palavras-chave: População em situação de rua. Saúde. Drogas.
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
Referências: 1 - COSTA, A.P.M. População em situação de rua: contextualização e Caracterização. Revista Virtual Textos & Contextos;
n.4, p. 2-15, 2005. 2 - ROSA, A.S.; SECCO, M.G.; BRÊTAS, A.C.P. O cuidado em situação de rua: revendo o significado do processo
saúde-doença. Rev Bras Enferm, v. 59,n.3, p. 331-336, 2006. 3 - CANÔNICO, R.P.; TANAKA, A.C.D.; MAZZA, M.M.P.R; et al. Atendimento
à população de rua em um Centro de Saúde Escola na cidade de São Paulo. RevEscEnferm USP, v. 41(Esp), p. 799-803, 2007.
EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade TRABALHO 83
Avaliação e intervenção precoce da fisioterapia na criança
pequena no programa de estratégia de saúde da família: relato
de casos no município de Paranaguá
AUTOR PRINCIPAL: Taina Ribas Melo | AUTORES: Bruna Yamaguchi; Luize Bueno de Araújo, Adriano Zanardi da Silva, Vera Lúcia
Isarel | INSTITUIÇÃO: Prefeitura Municipal de Paranaguá e Universidade Federal do Paraná (UFPR) | Paranaguá-PR, Curitiba-PR |
E-mail: ribasmelo@gmail.com
Introdução: Na atenção integral em saúde, a Fisioterapia, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), prioriza estratégias de promoção e
prevenção em crianças pequenas (BRASIL, 2016; ISRAEL et al., 2014). Para tanto, a inclusão em suas práticas multifatoriais para o
desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), relacionando aos domínios da Classificação Internacional de Saúde e Funcionalidade (CIF)
(GANNOTTI et al., 2014) como rotina, favorecem uma atenção ampliada à criança. Nesta perspectiva, em 2015, houve a inserção do
profissional fisioterapeuta (equipe de apoio) na UBS que apresenta rotinas do programa de Estratégia de Saúde da Família (ESF), no
município de Paranaguá/PR. Objetivo: verificar as possibilidades da práxis do fisioterapeuta em relação ao DNPM em UBS, por meio
da análise de uma série de casos. Metodologia: Após a familiarização do profissional com a equipe de referência da UBS e busca
de instrumentos de medida para identificação do DNPM, elegeu-se a Escala Motora da Alberta (AIMS), em conjunto com profissionais
pesquisadores em saúde da criança. Em 4 meses de atuação 2 crianças com atraso do DNPM foram identificadas por motivos diversos:
caso 1: criança de 6 meses com histórico de prematuridade e retardo do crescimento intrauterino; caso 2: criança de 4 meses com
atraso do DNPM por baixo peso. Para ambos foi ofertada prática de intervenção precoce, por meio do incentivo de movimentos funcionais
de forma lúdica, 2x/semana com o fisioterapeuta e orientações à família em cada intervenção. O tempo médio de intervenção para o
caso 1 foi 4 meses, e para o caso 2 de 2 meses. Resultados: as crianças apresentaram DNPM atípico na avaliação inicial, ambas com
percentil 10 (AIMS) e foram adquirindo habilidades motoras ao longo das intervenções até atingirem escores típicos (percentil 50 para
ambos). Conclusão: Verificou-se que a atuação do fisioterapeuta no ESF facilitou a identificação de situações de risco e que sessões
semanais de fisioterapia com a presença de familiar promoveram a melhora do DNPM. Ressaltamos que a aquisição de atividades
neuropsicomotoras favorecem e facilitam as relações pessoais e ambientais da criança (LOPRINZI; DAVIS; FU, 2015). Também se ratifica
a ordem multifatorial de variáveis intervenientes ao DNPM e a relevância da atuação da família no processo de estimulação da criança
(ARAÚJO et al., 2015), concordando com o modelo contextual, o qual considera o ambiente, indivíduo e tarefa na avaliação do DNPM.
Palavras-chave: desenvolvimento neuropsicomotor, fisioterapia, promoção de saúde, intervenção precoce, risco de desenvolvimento.
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