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EIXO TEMÁTICO: Tecnologias do Cuidado em Saúde Pública TRABALHO 391
Programa Multiprofissional de Tratamento da Obesidade tratando
obesidade, comorbidades e aprimorando a qualidade de vida
AUTOR PRINCIPAL: Ronano Pereira Oliveira | AUTORES: Jane Maria Remor, Caroline Ferraz Simões, Natália Carlone
Baldino Garcia, Nelson Nardo Junior | INSTITUIÇÃO: Núcleo de Estudos Multiprofissional da Obesidade (NEMO)/Universidade
Estadual de Maringá (UEM) | Maringá-PR | E-mail: ronano@ifto.edu.br
Introdução: A obesidade é uma doença multifatorial de difícil prevenção, tratamento complexo e fator de risco para várias outras
doenças. As Portarias 424 e 425 do Ministério da Saúde redefiniram as diretrizes para a organização da prevenção e tratamento da
obesidade. No entanto, ainda não há um modelo de intervenção eficaz e efetivo consolidado que seja oferecido pelo Sistema Único
de Saúde. Objetivo: Verificar a prevalência de alterações metabólicas entre adolescentes com excesso de peso e a associação com
o escore da qualidade de vida (QV). Métodos: Participaram do estudo 140 adolescentes de 14 a 18 anos, de ambos os sexos,
ingressantes no Programa Multiprofissional de Tratamento da Obesidade (PMTO/NEMO/UEM). Foram considerados metabolicamente
saudáveis (n=27; 19,3%) aqueles que não apresentaram nenhuma alteração nas variáveis bioquímicas utilizadas no diagnóstico de
dislipidemia (XAVIER et al., 2013), síndrome metabólica (IDF, 2007) e fenótipo cintura hipertrigliceridêmica (ESMAILLZADEH, MIRMIRAN
e FEREIDOUN, 2006). Para a avaliação da QV foi utilizado o questionário “Pediatric Quality of Life Inventory” PedsQLTM4.0. Para verificar
a normalidade dos dados, foi realizado o teste de Kolmogorov-Smirnov, para comparação entre os grupos o teste t independente, a
significância adotada foi p Referências: ESMAILLZADEH, A; MIRMIRAN, P.; FEREIDOUN, A. Clustering of metabolic abnormalities in
adolescentes with the hipertriglyceridemic waisr phenotype. Am J Clin Nutr, 30-46, 2006. IDF International Diabetes Federation. The
IDF Consensus Definition of the Metabolic Syndrome in Children and Adolescents. Brussels, Belgium, 2007, 2-19. XAVIER, H. T. et al. V
Diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da aterosclerose. Arquivos brasileiros de cardiologia, v. 101, n. 4,1-22, 2013. Palavras-
chave: Atividade física. Obesidade. Qualidade de vida.
EIXO TEMÁTICO: Tecnologias do Cuidado em Saúde Pública TRABALHO 417
Saúde sexual e adolescência: relato de experiência do trabalho
realizado por residentes em saúde da família da UEL
AUTOR PRINCIPAL: Henrique Abe Ogaki | AUTORES: Fernanda Marques Silva; Denise Mara Menezes Vioto Silva; Diane Aparecida
Muller; Carolina Camilo da Silva | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina - UEL | Londrina - PR| E-mail: hike.xd@hotmail.com
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência é o período que corresponde entre os 10 aos 19 anos. Trata-se de um
fenômeno que se dá a um período de transformações biológicas, cognitivas, emocionais e sociais. No Brasil, o início da vida sexual
acontece nesse período, em torno dos 14,9 anos (BRASIL, 2009). E quanto mais cedo inicia-se a vida sexual, maior o risco de uma
gestação indesejada e complicações à saúde tanto da mãe, quanto do recém-nascido. Para que ocorra a gravidez na adolescência, dois
comportamentos devem existir: a atividade sexual e a falta de medidas contraceptivas adequadas. De acordo com as Orientações Básicas
de Atenção Integral à Saúde dos Adolescentes nas Escolas e unidades Básicas de Saúde (2013), é papel dos profissionais de saúde
desenvolver ações coletivas e individuais sobre saúde sexual bem como realizar orientações nas escolas sobre as Doenças Sexualmente
Transmissíveis – DST e gravidez precoce. Considerando essa realidade, foi realizado um trabalho educativo sobre sexualidade com
adolescentes estudantes do nono ano de um colégio estadual na cidade de Londrina-PR no ano de 2015, com o objetivo de diminuir a
incidência de doenças sexualmente transmissíveis, além de prevenir o início de atividade sexual precoce e gravidez na adolescência. Após
contato com a escola e obtida autorização da mesma, foram delimitados os assuntos que seriam abordados, tais como: conhecimento
do corpo feminino e masculino (fisiologia e anatomia dos órgãos sexuais); apresentação das DSTs (formas de transmissão e prevenção)
e planejamento familiar. Para o desenvolvimento das atividades, foi realizada uma capacitação para padronizar a forma de abordar
os alunos e trabalhar o conteúdo. Cada uma das cinco turmas assistiu a palestras em suas salas de aula simultaneamente com a
presença de, no mínimo, dois profissionais que compuseram a equipe multiprofissional: enfermeiro, assistente social, cirurgião dentista,
psicólogo, nutricionista, profissional de educação física, fisioterapeuta, farmacêutico. O conteúdo foi trabalhado através de discussões,
esclarecimento de dúvidas e dinâmicas. Observou-se que os adolescentes que participaram da atividade já haviam iniciado a vida
sexual, mas ainda muitas dúvidas puderam ser esclarecidas pelos profissionais. Dessa forma, identificou-se que realizar esse trabalho
em turmas anteriores pode ser mais efetivo para atender aos objetivos propostos, principalmente a prevenção do inicio da atividade
sexual precoce.Referências:BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e
Estratégicas. Orientações Básicas à Saúde Integral do Adolescente. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. BRASIL. Ministério da Saúde.
Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher – PNDS 2006: dimensões do processo reprodutivo e da saúde da
criança. Brasília: Ministério da Saúde; 2009 GONÇALVES, Hellen et al. Programa de Pós-graduação em Epidemiologia, Universidade
Federal de Pelotas – Pelotas (RS), Brasil. Início da vida sexual entre adolescentes (10 a 14 anos) e comportamentos em saúde. Pelotas,
2015. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/rbepid/v18n1/1415-790X-rbepid-18-01-00025.pdf . Acesso em 02 de maio de
2016. Palavras-chave: saúde sexual, adolescência, gravidez
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