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EIXO TEMÁTICO: Tecnologias do Cuidado em Saúde Pública                    TRABALHO 255

                        Triagem Laboratorial de Doadores de Sangue


                        AUTOR PRINCIPAL: Miriam Ribas Zambenedetti  |  AUTORES: Maria Aparecida Dias Jorge  |  INSTITUIÇÃO: Centro de Hematologia
                        e Hemoterapia do Paraná  |  Curitiba-PR  |  E-mail: miriamrzam@gmail.com


                          Introdução: A segurança transfusional é assegurada através da realização de testes laboratoriais feitos aplicando rígidos parâmetros
                          de qualidade. O Ministério da Saúde através da Portaria 158/16, determina que sejam realizados testes sorológicos para a detecção
                          de HIV I/II, Hepatites B e C, Doença de Chagas, Sífilis, HTLV I/II, testes moleculares para HIV, HCV e HBsAg, tipagem ABO e Rh,
                          pesquisa de anticorpos irregulares e hemoglobinas variantes. No Paraná o Hemepar é responsável pela triagem laboratorial da hemorede
                          estadual, realizando 12.000 testes sorológicos e imunohematológicos /mês e 16.000 testes moleculares.  Objetivo:  o objetivo
                          deste estudo foi avaliar o percentual de retenção de bolsas de sangue na triagem de doadores feita no Hemepar no ano de 2015.
                          Materiais e métodos: realizado estudo de revisão da retenção de doadores na triagem sorológica e molecular referente as doações
                          do ano 2015. Os imunoensaios foram feitos em instrumentos automatizados utilizando técnicas quimioluminescentes para detectar
                          anticorpos e antígenos. Para os testes moleculares foi utilizado método baseado em PCR em tempo real para detectar a presença
                          do vírus. O percentual de retenção foi calculado considerando o total de bolsas bloqueadas em relação ao total de testes realizados.
                          Resultados e discussão: Durante o período estudado o percentual de retenção de bolsas por aHBc foi 1.97% (2270 /114.829), HCV
                          0,22% (250/109.805), HIV 0,09% (109/114.066), HTLV I/II 0,19%,(217/113.196), Chagas 0,11% (130/114.829), HBsAg 0,19%
                          (220/114.717) e sífilis 1,31% (1510/114.795). No teste NAT para HCV foram bloqueadas 0,014%( 26/184.623) e para HIV 0,034%
                          (64/184.623). Três doadores estavam em período de janela imunológica para HIV. Conclusão: A triagem laboratorial dos doadores de
                          sangue é essencial. A determinação da tipagem sanguínea facilita a expedição das bolsas e os testes de triagem evitam a propagação
                          de doenças infecto contagiosas. Atualmente os testes sorológicos utilizados, graças ao avanço das tecnologias são de alta sensibilidade
                          e especificidade e os testes NAT tem contribuído para aumentar a segurança, evitando transfusões com sangue de doadores em período
                          de janela imunológica. Porém ainda assim, uma vigilância constante da performance destes testes é necessária e o acompanhamento
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                          da frequência de unidades descartadas em cada teste, representa uma forma de avaliação. Referências: BRASIL. Ministério da Saúde.
                          Portaria Nº158 de 04 de fevereiro de 2016. Brasília , 2016, p.1- 89. Palavras-chave: AHBc. HCV. HIV. HTLV. Chagas. HBsAg. Sífilis.



                        EIXO TEMÁTICO: Tecnologias do Cuidado em Saúde Pública                    TRABALHO 268

                        Estabelecendo os Pilares do Manejo da Sede Perioperatória


                        AUTOR PRINCIPAL: Leonel Alves do Nascimento  |  AUTORES: Lígia Fahl Fonseca, Patricia Aroni, Marilia Ferrari Conchon  |
                        INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina  |  Londrina-PR  |  E-mail: leonel_lan@hotmail.com

                          INTRODUÇÃO: A sede é um sintoma veemente que sobrepuja todas as outras sensações, inclusive a dor e a fome no paciente no pós-operatório
                          imediato (POI). Descrita como um desconforto intenso, repercute de forma negativa na experiência cirúrgica, possui elevada incidência (75%) e
                          alto desconforto(1). OBJETIVO: Descrever uma proposta de Sistematização do Manejo da Sede Perioperatória na prática clínica. MÉTODO: Estudo
                          teórico realizado com base em pesquisas conduzidas pelo Grupo de Pesquisa em Sede Perioperatória (GPS). RESULTADO: Evidências produzidas
                          pelo GPS subsidiaram a elaboração dos pilares que sustentam o Manejo da Sede Perioperatória baseado na Teoria de Manejo de Sintomas(2).
                          Composto por quatro etapas fundamentais: (a) Identificação do sintoma: A premissa fundamental deste pilar se concentra no questionamento
                          no POI sobre a presença de sede, uma vez que evidenciou-se que apenas 18% dos pacientes com sede a verbalizam espontaneamente; (b)
                          Mensuração do desconforto: Neste pilar, o foco é desvelar a intensidade do desconforto por meio de ferramentas como escala numérica visual
                          analógica e Escala de Desconforto da Sede(3), determinado sinais e sintomas para embasamento da necessidade de adoção de métodos de
                          alívio; (c) Avaliação da segurança para o manejo: consiste na aplicação do Protocolo de Segurança para o Manejo da Sede(4) que avalia o nível
                          de consciência, presença dos reflexos de proteção de vias aéreas (tosse e deglutição) e a ausência de náusea e vômito no intuito de preservar
                          a integridade física do paciente; (d) Estratégias de alívio da sede: Implica na administração de métodos eficazes de minorar o sintoma com
                          recursos que possibilitem a ativação de ororreceptores sensíveis à temperatura fria e mentol os quais proporcionam a saciedade pré absortiva
                          com pequenos volumes, como exemplo do picolé de gelo e hidratação labial com creme mentolado(5). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esta abordagem
                          inédita permite que a sede perioperatória possa ser adequadamente abordada pela equipe assistencial responsável pelos cuidados ao paciente
                          em POI. Referências: 1. ARONI, Patrícia; NASCIMENTO, Leonel Alves do; FONSECA, Lígia Fahl. Avaliação de estratégias no manejo da sede na
                          sala de recuperação pós-anestésica. Acta paul. enferm. [online]. 2012, vol.25, n.4, pp. 530-536. ISSN 0103-2100. 2. CONCHON, Marilia Ferrari;
                          NASCIMENTO, Leonel Alves; FONSECA, Ligia Fahl; ARONI, Patrícia. Perioperative thirst: ananalysis from the perspective of the Symptom Management
                          Theory. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2015.; 49(1):120-8. Disponível em:http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25789651. Acesso em: 24 jan
                          2016. 3. MARTINS, Pamela Rafaela. Elaboração e validação de uma escala de desconforto da sede perioperatória. Dissertação (Mestrado em
                          enfermagem) – Universidade Estadual de Londrina, 2016. 4. NASCIMENTO, Leonel Alves; et al. Development of a safety protocol for management
                          thirst in the immediate postoperative period. Revista da Escola de Enfermagem da USP,São Paulo, v. 48, n. 5, p. 834-843, Oct. 2014. Disponível
                          em:. Acesso em: 7 Abr. 2016. 5. CONCHON, M. F. Eficácia do picolé de gelo no manejo da sede no pós-operatório imediato: ensaio clínico
                          randomizado. 2014. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2014  Palavras-chave:  Sede.
                          Cuidado de Enfermagem. Enfermagem Perioperatória.


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