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EIXO TEMÁTICO: Tecnologias do Cuidado em Saúde Pública                    TRABALHO 123

                 Grupo Caminhando e Contanto: ferramenta de cuidado e
                 promoção da saúde na Atenção Básica em Piraquara/PR

                 AUTOR PRINCIPAL: Luna Rezende Machado de Sousa  |  AUTORES: Maria Helena Serafim Parucker, Tissiane Paula Zem Igeski, Ricardo Cristiano
                 Gabriel da Silva, Daniella Lucas do Nascimento  |  INSTITUIÇÃO: Prefeitura Municipal de Piraquara  |  Piraquara-PR  |  E-mail: lunarms@gmail.com
                  Caracterização do problema: É frequente, no cotidiano dos serviços de saúde, a somatização de diversas carências, que ultrapassam o biológico
                  e a resolutividade do atendimento médico. Uma dor de cabeça pode ser reflexa de uma solidão parental, do enfrentamento da vulnerabilidade
                  social, ou de problemas circulatórios posturais, e neuromusculares. E como responder a esse mosaico de demandas, onde se mescla o biológico
                  e psicossocial, é um desafio crescente da principal porta de entrada do SUS, a Atenção Básica. Fundamentação teórica: A literatura divide as
                  tecnologias do cuidado em duras, leve-duras e leves, sendo a última considerada a tecnologia das relações, que envolve a produção de vínculo,
                  o diálogo e a autonomização. Na prática da atenção à saúde, deve-se priorizar a tecnologia leve como instrumento para atingir a integralidade e
                  a humanização do cuidado. Neste contexto, as práticas corporais podem ser entendidas como tecnologias leves de cuidado, pois implicam em
                  um conjunto de práticas sociais, com envolvimento motor, e o cuidado com o corpo e mente. Descrição da experiência: Em meados de março
                  de 2015, os profissionais das Equipes de Saúde da Família e do NASF identificaram a necessidade de trabalhar com as práticas corporais na
                  comunidade, como meio de promoção de saúde e de socialização dos usuários. Inspirado em experiências anteriores com um grupo de idosos,
                  surgiu a ideia do Grupo Caminhando e Contando. O grupo seria realizado em espaços comunitários, voltado à população em geral, e reuniria
                  exercícios de alongamento, com práticas de Lian Gong; aeróbicos, com dança sênior; caminhada; e roda de conversa para educação em saúde.
                  Efeitos alcançados: O primeiro grupo foi implantado em abril de 2015, por meio da equipe do NASF, e já em meados de junho contava com
                  uma adesão de 50 pessoas por encontro. O Caminhando e Contando ganhou força e se expandiu pela comunidade, atualmente 05 Unidades de
                  Saúde (US) já possuem o grupo, que é realizado em um espaço comunitário da área adscrita, e chega a atrair 70 pessoas nos encontros. Devido
                  à grande procura dos usuários por esta atividade, as equipes do NASF estão em fase de implantação do Caminhando e Contando nas demais
                  US. Recomendações: A expansão deste grupo foi possível pelo apoio dos Agentes Comunitários de Saúde, que foram capacitados pelo NASF para
                  também promoverem os encontros, garantindo que todo Grupo Caminhando e Contando tenha a frequência mínima de duas vezes por semana em
                  cada US. Palavras-chave: Promoção da Saúde. Atenção Primária à Saúde. Exercício Físico.
                  Referências: COELHO, MO; JORGE, MSB. Tecnologia das relações como dispositivo do atendimento humanizado na atenção básica à saúde na
                  perspectiva do acesso, do acolhimento e do vínculo. Ciência & Saúde Coletiva, 14(Supl.1):1523-1531, 2009.


                EIXO TEMÁTICO: Tecnologias do Cuidado em Saúde Pública                    TRABALHO 148


                 Avaliação do risco de doenças coronarianas em homens, Sul
                 do Brasil. Estudo comparativo de diferentes escalas de risco

                 AUTOR PRINCIPAL: Natalia Maria Maciel Guerra Silva  |  AUTORES: Fernanda Sene Santucci, Ricardo Castanho Moreira, Leonardo Regis
                 Leira Pereira, Débora de Mello Gonçales Sant'Anna  |  INSTITUIÇÃO: UENP - CLM  |  Bandeirantes-PR  |  E-mail: natyguerra@uenp.edu.br

                  Introdução:  A saúde do homem  está em foco devido à baixa procura dessa população pelos serviços de saúde. Os óbitos por doenças
                  cardiovasculares (DCV) no mundo correspondem a 16,7 milhões por ano, sendo considerado um problema de saúde pública e por isso, objetivou-
                  se avaliar o risco dedesenvolvimento de doenças coronarianas em homens, suas variáveis determinantes e comparar as duas escalas de risco
                  coronariano validadas no Brasil. Métodos: estudo epidemiológico descritivo e analítico, realizado com homens do município de Bandeirantes/
                  PR. Os dados foram coletados por demandaespontânea de março de 2014 a maio de 2015, através de questionário semi-estruturado, exame
                  clínico e coleta de sangue. Resultados e Discussão: Participaram do estudo 637 homens, com idade média de 39 anos. Aumentou a frequência
                  das alterações com o passar da idade (p<0,05) para pressãoarterial (PA), obesidade central, IMC, glicemia, colesterol total, LDL e triglicerídeos.
                  Dos 252 homens que apresentaram PA elevada, 25,39% relatarampossuir o diagnóstico prévio e 43,75% estavam em tratamento. Quando
                  analisados os dados de hipercolesterlemia, verificou-se que 34,54% homensestavam com o colesterol total elevado, 19,94% tinham LDL elevados,
                  46,78% apresentavam HDL baixo, 36,42% possuíam os triglicerídeos elevados eestes não possuíam diagnóstico prévio. A presença de Síndrome
                  Metabólica foi constatada em 24,96% homens. Pela escala de Framingham verificou-seque 12,56% tinham risco intermediário e 5,49% risco
                  elevado para doenças cardíacas para os próximos 10 anos. Pela escala de ASCVD 553 homenstiveram o risco cardíaco avaliado, sendo que 7,05%
                  tinham risco moderado e nenhum alto. A média de idade menor que 40 anos apresentou menorfrequência de alto risco cardíaco. Conclusões:
                  A população estudada apresentou 5,49% de pessoas com alto risco cardíaco, sendo que as variáveisdeterminantes para o aumento do risco
                  foram obesidade, hipercolesterolemia e hipertensão. A escala de Framingham apresentou melhores resultadospara o calculo de risco cardíaco na
                  população estudada. É necessário o desenvolvimento de ações na atenção básica para diagnosticar os homens em riscointermediário e alto para
                  promover ações de promoção da saúde para evitar as complicações das doenças cardiovasculares.
                  Referências: LEE, Moo-sik;et al. Comparison of Time Trends of Cardiovascular Disease Risk Factors and Framingham Risk Score Between Patients
                  With and Without Acute Coronary Syndrome Undergoing Percutaneous Intervention Over the Last 17 Years: From the Mayo Clinic Percutaneous
                  Coronary In. ClinCardiol, [s.l.], v. 38, n. 12, p.747-756, dez. 2015. Disponível em: . Acesso em: 03 jan. 2016. CESARINO, Evandro José;et al.
                  Avaliação do risco cardiovascular de indivíduos portadores de hipertensão arterial de uma unidade pública de saúde. Revista Einstein, São
                  Paulo, p.33-38, out. 2012. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA / SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO / SOCIEDADE BRASILEIRA DE
                  NEFROLOGIA. VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO. ArqBrasCardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51. BRASIL, Ministério da Saúde, Secretaria
                  de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Prevenção Clínica de doença cardiovascular, cerebrovascular e renal crônica: Escore de
                  Framingham: homens. Disponível em: http://pesquisa.bvsalud.org/bvsms/resource/pt/oai-bvs-ms-ms-31318 , Acesso em 23/02/2016. LOTUFO,
                  Paulo Andrade. O escore de risco de Framingham para doenças cardiovasculares. Revista Medicina (são Paulo), São Paulo, v. 4, n. 87, p.232-237,
                  out./dez. 2008.

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