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EIXO TEMÁTICO: Tecnologias do Cuidado em Saúde Pública                     TRABALHO 33

                        Observatório para sífilis gestacional e congênita em Londrina-PR


                         AUTOR PRINCIPAL: Flaviane Mello Lazarini  |  AUTORES: Lilian De Fátima Macedo Nellessen, Christiane Lopes Barrancos Liberatti,
                         Simone Garani Narciso, Nilva de Souza França Muraoka, Edvilson Cristiano Lentine, Dulce Aparecida Barbosa  |  INSTITUIÇÃO:
                         Universidade Estadual de Londrina  |  Londrina-PR |  E-mail: flalazarini@gmail.com


                          Introdução: A reemergência da sífilis na população brasileira e seus aspectos que incluem saúde materna e infantil, bem como
                          as dificuldades encontradas pela vigilância epidemiológica na utilização de políticas públicas, instituídas pelo Ministério da
                          Saúde, levaram à construção de um Observatório para a sífilis que originou da parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde
                          de Londrina, PR, a Universidade Estadual de Londrina e a Universidade Federal de São Paulo- UNIFESP. Este estudo baseou-se
                          na importância do papel educativo e de intervenção da vigilância epidemiológica com a introdução de medidas necessárias
                          para prevenir e/ou controlar a ocorrência de epidemia de sífilis. Objetivo: O objetivo deste estudo é descrever a eficácia do
                          Observatório implantado e verificar a tendência da epidemia de sífilis gestacional e congênita antes e depois da intervenção.
                          Métodos: tratou-se de um estudo quase-experimental, antes e depois, realizado entre 2013 e 2015, aprovado pelo Comitê
                          de Ética da UNIFESP mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelos profissionais de
                          saúde participantes. Os dados foram tabulados e analisados pelo Excel para Windows e SPSS (Statistical Package for Social
                          Sciences)  2.1 para a análise descritiva dos dados pós-intervenção. Resultados: Cerca de 92,6% dos profissionais de serviços
                                ®
                          básicos de saúde participam de oficinas de intervenção local e melhoraram os seus conhecimentos de pré-natal no diagnóstico
                          e tratamento da sífilis após a intervenção, que atingiu uma taxa de sucesso de 53% pré e 74,3%, pós intervenção, considerado
                          satisfatório (p>0,001). A taxa de detecção da sífilis em mulheres grávidas aumentou em 7,3 casos por mil nascidos vivos entre
                          2013 e 2015. A incidência de sífilis congênita diminuiu de 7,1 casos por mil nascidos vivos em 2013 para 4,8 em 2014. Após
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                          a intervenção, não houve registro de óbitos infantis de sífilis, no entanto, o aumento da detecção de mortes fetais investigados
                          e confirmados. Conclusão: A intervenção educativa e a criação do Observatório para a Sífilis expandiu o desenvolvimento de
                          ações de vigilância epidemiológica e trouxe impacto positivo com o uso adequado de vigilância. Houve ampliação da detecção
                          de casos na gestação e da redução da incidência de sífilis congênita além de aumento da detecção de mortes fetais por este
                          agravo. Palavras-chave: Sífilis Congênita. Educação Permanente. Vigilância Epidemiológica.


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