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EIXO TEMÁTICO: Tecnologias do Cuidado em Saúde Pública TRABALHO 152
Ambulatório de Úlceras Complexas:
Experiência de serviço e relato de caso
AUTOR PRINCIPAL: Karina Marques França Correia | AUTORES: Suely Ribeiro Valotto , Ricardo Bernardo da Silva,
Mary Mishina Okano | INSTITUIÇÃO: CISMEPAR | Londrina-PR | E-mail: cismepar@cismepar.org.br
A doença arterial periférica crônica (DAOP) está presente em uma grande parcela da população acima dos 60 anos. A sua concomitância
com diabetes e hipertensão piora o prognóstico e aumenta os índices de amputação.Estima-se que atualmente no mundo 30% desses
pacientes terão algum tipo de amputação em algum estagio da vida. Com o aumento da expectativa de vida, os índices de amputação
aumentam. A atuação de uma equipe multidisciplinar no manejo desses pacientes se torna imperativo. Criado em 2012, o ambulatório
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de úlceras complexas do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema- CISMEPAR, avalia todos os pacientes com feridas
pela Cirurgia Vascular, feito o diagnostico não invasivo através do índice tornozelo braquial, da ultrassonografia vascular com doppler-
USG e, se necessário submetido aos diagnósticos invasivos como angiografia para decisão entre o tratamento clinico e/ou cirúrgico.
Em 4 anos, foram realizados neste ambulatorio: 8.321 consultas e 9.804 curativos pela equipe médica e de enfermagem. A seguir
relato de um paciente atendido nesse centro e que permitiu a viabilidade do membro. Admitido em 28/04/14, LCA, 55 anos, com
ferida em calcâneo E, há 2 meses de aparência isquêmica, fez tratamento com coberturas e antibióticos em outros serviços. Diabético
descompensado, hipertenso e dislipidêmico. Ex-tabagista há 20 anos. Ao exame, apresentava ausência de pulsos identificáveis em MIE,
à partir da artéria poplítea. O índice tornozelo braquial- ITB foi de 0,59. A USG mostrou ausência de fluxo em artérias tibiais posteriores
e fibulares, com estenose em terço proximal de artéria tibial anterior que se encontrava pérvia. Referenciado para a unidade terciária
de atendimento em cirurgia vascular e endovascular, foi realizado angioplastia da estenose com sucesso. Devido ao arco plantar ser
incompleto, o ganho com a angioplastia não foi expressivo, mas houve uma ganho do ITB para 0,71. Então, realizado desbridamento e
iniciado curativo com pressão negativa em parceria com uma empresa e obtido o êxito da cicatrização em 22/04/2015. A proposta
desse caso foi evidenciar que não basta uma cobertura. É necessário uma equipe multidisciplinar para tratar esses pacientes. Apesar
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ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
da terapia de pressão negativa ser considerado uma adjuvante segundo o ultimo consenso em feridas diabéticas realizado em HAIA,
Holanda, o seu uso individualizado em casos bem selecionados pode favorecer como terapia coadjuvante nas patologias vasculares
periféricas. Palavras-chave: Feridas. Amputação. Vascular.
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Referências: 1. Kullo I.J., Rooke T.W. Peripheral artery disease. The New England Journal of Medicine 2016;474i9:865-871. 2.
Stoekenbroek R.M.,SantemaT.B., LegemateD.A.et al. Hyperbaric Oxygen for the Treatment of Diabetic Foot Ulcers: A Systematic Review.
European Journal of Vascular and Endovascular Surgery 2014;47(6):647-655
EIXO TEMÁTICO: Tecnologias do Cuidado em Saúde Pública TRABALHO 167
Avaliação do programa educativo em grupos de idosos
com osteoartrite de joelho
AUTOR PRINCIPAL: Juliana Karen Kakihata | AUTORES: Celita Salmaso Trelha, Ligia Maria Facci |
INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina | Arapongas-PR | E-mail: julianakarenk@gmail.com
O tratamento da osteoartite (OA) é complexo e exige um conjunto de habilidades comportamentais que precisam ser mantidas ao longo
da vida. O primeiro passo para a aquisição dessas habilidades é conhecer as estratégias possíveis para o manejo da doença. Objetivo:
Avaliar o programa educativo em grupo de idosos com osteoartrite de joelhos. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório
de abordagem quantitativa e qualitativa desenvolvida com indivíduos idosos com osteoartrite de joelhos que participaram de grupos de
educação em saúde. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário abordando aspectos sociodemográficos, intensidade
álgica do joelho (EVA), índice de massa corpórea (IMC) e entrevista semiestruturada. Foi realizada análise estatística descritiva para as
variáveis relacionadas à caracterização dos participantes e análise do conteúdo das entrevistas. Resultados: Participaram 21 idosos com
OA de joelho, sendo 12 (57,14%) mulheres, com média de idade de 68,95± 6,87 anos. Foram identificadas as seguintes categorias:
prática educativa para o autocuidado associado à alimentação, exercício físico e uso de medicamentos; barreiras percebidas para a
busca de um estilo de vida saudável; expectativas relacionadas às ações educativas e avaliação do grupo. Verificou-se mudança de
comportamento em relação ao uso dos medicamentos, prática de exercícios e alimentação dos participantes. As principais barreiras
relatadas foram a falta de tempo e a dor. Observou-se também que o apoio grupal e social otimizou a intervenção educativa. Conclusão:
A educação em saúde é uma possibilidade de transformação da prática de atenção à saúde, especialmente no caso de pessoas com
doenças crônicas, como a osteoartrite, pois houve mudanças de hábitos e comportamentos entre os participantes. Palavras-chave:
Educação em saúde; grupos. avaliação de programas e projetos de saúde. Osteoartrite de joelho.
Referências: Santos MLAS, Gomes WF, Queiroz BZ, Rosa NMB, Pereira DS, Dias JMD, Pereira LSM. Desempenho muscular, dor, rigidez e
funcionalidade de idosas com osteoartrite de joelho. Acta Ortop Bras 2011, 19(4): 193-197. Coleman S, Briffa NK, Carrol G, Inderjeeth
C, Cook NMJ. A randomised controlled trial of a selfmanagement education program for osteoarthritis of the knee delivered by healthcare
professionals. Arthritis Research & Therapy.Australia 2012, 14(1) :1-14.
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