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EIXO TEMÁTICO: Tecnologias do Cuidado em Saúde Pública                     TRABALHO 94

                        Potencialidades e fragilidades na atuação da enfermeira para a
                        implementação da abordagem sindrômica na consulta ginecológica

                        AUTOR PRINCIPAL: Júnia Aparecida Laia da Mata Fujita  |  AUTORES: Juliana Moleta  |  INSTITUIÇÃO: Fundação Estatal de Atenção
                        Especializada em Saúde de Curitiba- FEAES  |  Curitiba-PR  |  E-mail: jumata.2905@gmail.com
                          Introdução: o diagnóstico e o tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), com base na Abordagem Sindrômica (AbS), envolvem a
                          identificação da queixa de síndrome específica, a anamnese, o exame físico, o rastreamento por meio de exames laboratoriais e a implementação
                          oportuna da terapêutica , fundamentando-se em fluxogramas, que atuam como facilitadores no manejo das infecções 1,2,3 . Por meio destes
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                          instrumentos a enfermeira está habilitada a identificar o diagnóstico e propor o tratamento imediato3, prevenindo complicações e transmissões.
                          Na prática profissional em uma unidade de ESF, as autoras da pesquisa verificaram que muitas enfermeiras não têm desenvolvido a consulta
                          de enfermagem ginecológica com base na AbS, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde (MS). Diante disso, surgiram as questões: as
                          enfermeiras possuem conhecimentos para realizar a AbS na consulta ginecológica? Existem fatores que têm facilitado ou dificultado a consulta de
                          enfermagem ginecológica? Objetivos: investigar os conhecimentos das enfermeiras, atuantes em unidades de ESF, acerca da AbS na consulta de
                          enfermagem ginecológica; e levantar os fatores que facilitam ou dificultam a atuação das enfermeiras na consulta ginecológica. Método: pesquisa
                          descritiva, de abordagem qualitativa. Aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa sob o registro CAAE 45249515.3.0000.5580. Participaram cinco
                          enfermeiras de três unidades de ESF, de Curitiba, PR. O tamanho da amostra foi definido por saturação de dados. A coleta ocorreu em agosto de
                          2015, por meio de entrevistas, audiogravadas, com apoio de roteiro guia. A análise dos dados fundamentou-se na análise temática de conteúdo, de
                          Laurence Bardin4. Resultados: Emergiram três categorias: 1) Conhecimentos das enfermeiras acerca da abordagem sindrômica; 2) Prática clínica
                          das enfermeiras na consulta ginecológica na Estratégia de Saúde da Família; 3) Facilitadores e dificultadores na atuação da enfermeira na consulta
                          ginecológica com abordagem sindrômica. Conclusão: as enfermeiras sabem detectar os sinais e sintomas das IST, contudo, não desenvolvem
                          uma consulta ampliada, que considere o indivíduo em sua integralidade. O conhecimento das profissionais acerca da AbS na consulta ginecológica
                          é frágil. Algumas delas deixam de exercer suas atribuições devido ao desconhecimento da legislação da enfermagem e dos protocolos do MS.
                          Verificou-se a necessidade de capacitação sobre o tema, para a implementação efetiva desta abordagem no serviço. Palavras-chave: Saúde
                          Pública. Enfermagem em Saúde Comunitária. Ginecologia.
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                          Referências:  1. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. Infecções Sexualmente Transmissíveis. Relatório de
                          Recomendação. [internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2015. 2. Rios RR. Avaliação do conhecimento sobre abordagem sindrômica por enfermeiros
                          da Estratégia Saúde da Família de Goiânia – GO. [Dissertação de Mestrado]. Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Goiás; 2012.
                          3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do útero e da
                          mama. 2 ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2013. 4. Bardin L. Ánálise de conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2011.



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                        A utilização da música como recurso para o cuidado
                        de Enfermagem em idosos

                        AUTOR PRINCIPAL: Iara Sescon Nogueira  |  AUTORES: Giselle Fernanda Previato, Ana Caroline Oliveira Gomes, Raquel Cristina Luis Mincoff e
                        Vanessa Denardi Antoniassi Baldissera  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá  |  Maringá-PR  |  E-mail: iara_nogueira@hotmail.com

                          Caracterização do problema: O uso da música como terapêutica vem sendo estudada em diversas áreas da saúde, podendo atuar como
                          umas das modalidades de tratamento para o indivíduo com quadros de doenças neurológicas, sendo essas degenerativas ou não, sobretudo e
                          inclusive em pacientes idosos, visando a reabilitação e/ou preservação de suas funções cognitivas(1). Ademais, estudos mostraram melhoras
                          significativas no quadro de saúde dos indivíduos tratados e acompanhados com a música, além de promover a humanização da assistência(2).
                          Nesse sentido, a música vem sendo utilizada como um dos recursos para a ampliação da assistência e do cuidado em Enfermagem, dentro de
                          uma visão holística do ser humano(3). Fundamentação Teórica: Trata-se de um relato de experiência que objetiva relatar a utilização da música
                          como recurso para o cuidado de Enfermagem em idosos residentes em área descoberta pela Estratégia Saúde da Família (ESF), e atendidos
                          por um projeto de extensão universitária, no município de Maringá-PR. As intervenções ocorreram por meio de visitas domiciliares, pautadas no
                          referencial do Projeto Terapêutico Singular (PTS)(4). Descrição da Experiência: Participou dessa intervenção um casal de idosos, residentes
                          no mesmo domicílio. Um deles, diagnosticado com Alzheimer. Os idosos foram estimulados a cantar, ouvir música, tocar instrumento e decorar
                          uma partitura musical, considerando seus anseios e desejos. Assim, a música como terapêutica, favoreceu a estimulação do lazer, as relações
                          afetivas e a cognição, ao propiciar aos idosos momentos de relaxamento, afetividade e concentração. Além disso, possibilitou o resgate de funções
                          cognitivas, principalmente a memória, em um dos idosos que havia deixado de tocar e retornou com essa atividade, resultado do incentivo da
                          música como alternativa no cuidado. Esses momentos proporcionaram aos idosos vivenciar experiências musicais e relaciona-las aos fatos vividos
                          com a música. A utilização da terapêutica musical pela Enfermagem evidenciou uma forma alternativa, diferenciada e possível na assistência.
                          Efeitos Alcançados: O uso da música como recurso terapêutico para o cuidado de enfermagem possibilitou a criação de vínculos com os idosos,
                          estabelecendo um cuidado de modo integral e humanizado, considerando as vivências, e melhorando a qualidade de vida e saúde do idoso.
                          Recomendações: Sugere-se a utilização da música terapêutica para além do domicilio de modo individual, ofertando grupos para toda população.
                          Palavras-chave: Saúde do Idoso. Enfermagem. Musica. Assistência Integral a Saúde. Referências bibliográficas: 1. Taets GGDC, Barcellos,
                          LRM. Música no cotidiano de cuidar: um recurso terapêutico para enfermagem. Revista de Pesquisa: Cuidado é fundamental online. 2010; 2(3):
                          1009-1016. 2. Gomes L, Amaral, JBD. Os efeitos da utilização da música para os idosos: revisão sistemática. Revista Enfermagem Contemporânea.
                          2012; 1(1). 3. Bergold LB, Alvim, NAT. A música terapêutica como uma tecnologia aplicada ao cuidado e ao ensino de enfermagem. Esc Anna
                          Nery Rev Enferm. 2009; 13(3): 537-42. 4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de
                          Humanização. Acolhimento nas práticas de produção de saúde. 2.ed. Brasília(DF): Ministério da Saúde, 2010.

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