Page 240 - ANAIS_3º Congresso

EIXO TEMÁTICO: Tecnologias do Cuidado em Saúde Pública TRABALHO 383

Saúde da mulher: relato de experiência de estudantes de enfermagem

AUTOR PRINCIPAL: Francieli Antoninha Somensi | AUTORES: Jucelia Londeiro Caron, Clenise Liliane Schmidt |
INSTITUIÇÃO: Universidade Comunitária da Região de Chapecó | Chapecó-PR | E-mail: franci_somensi@unochapeco.edu.br
Caracterização do problema: durante os momentos teórico-práticos do curso de Enfermagem, nos serviços de Atenção Básica (AB), foi possível
identificar as vulnerabilidades e potencialidades da atuação do enfermeiro na atenção à saúde da mulher. Este relato objetiva contextualizar as
atribuições deste profissional frente à saúde da mulher, a partir das vivências dos estudantes nos serviços de AB. Fundamentação teórica: o papel
do enfermeiro nos serviços de AB se constitui de ações voltadas à promoção, prevenção e recuperação da saúde, incluindo o reconhecimento de
fatores determinantes no processo saúde-doença, o planejamento e desenvolvimento de ações educativas e a gestão do cuidado. O fortalecimento
das atribuições deste profissional se dá, especialmente, pela consulta de enfermagem, que reforça a prática do atendimento humanizado e a
criação de vínculo com os usuários. Descrição da experiência: Durante os teórico-práticos do curso de Enfermagem, da Universidade Comunitária
da Região de Chapecó, ocorrido de março de 2014 a novembro de 2015, foram identificadas como potencialidades, o acolhimento às demandas
de saúde da mulher e a inserção do enfermeiro no planejamento e execução de ações educativas. Já entre as vulnerabilidades, a mais importante
está relacionada à consulta de enfermagem, pois estas não seguem um roteiro predefinido que contemple todas as etapas para uma avaliação
adequada da saúde da mulher, havendo priorização do exame preventivo de colo de útero, exame clínico das mamas e queixa principal da usuária.
Com isso, muitos dos problemas que poderiam ser identificados precocemente, acabam não sendo abordados. Efeitos alcançados: a consulta de
enfermagem, realizada de acordo com os passos preconizados, permitiu a identificação de potenciais problemas de saúde relacionados à violência,
sexualidade, falta de avaliação odontológica, histórico familiar de doenças, hábitos alimentares, prática de exercício físico, entre outros. Isso
facilitou a avaliação e condução correta dos problemas identificados, oferecendo maior resolutividade e vínculo com a usuária. Recomendações:
a consulta de enfermagem é o momento adequado para realizar a anamnese, exame físico, diagnóstico de enfermagem, prescrição e evolução,
de forma sistematizada. Em vista da grande demanda de atribuições do profissional enfermeiro na AB, é necessário planejar e remanejar algumas
atividades, visando dispor de tempo adequado para realização da consulta de enfermagem. Referências: Ministério da Saúde (Brasil), Secretaria
de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica.Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. Brasília: Ministério da Saúde; 2013.
124 p. Michelin SR, Marchi JG, Hyeda IS, Heideman ITSB, Nitschke RG, Percepção das mulheres sobre promoção da saúde durante a consulta
de enfermagem. Ciência, Cuidado e Saúde. Infor&Infor. 2015 jul-dez; p. 901-909. Santos SMR, Gonçalves FG, Silva PC, Fernandes SIVS, Pereira
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
MFG Impacto do Acolhimento E Das Ações Humanizadas À Mulher: Relato De Experiência. Revista Universo & Extensão. Infor&Infor. 2015; 3 (3).
Palavras-chave: Enfermagem. Assistência Integral à Saúde.

EIXO TEMÁTICO: Tecnologias do Cuidado em Saúde Pública TRABALHO 386

Movimentos das pessoas que vivem nas ruas: diferenciação
de conceitos de ser, estar, morar e ficar na rua

AUTOR PRINCIPAL: Sarah Beatriz Coceiro Meirelles Félix | AUTORES: Guilherme Dorcino Duarte Santos, Luiz Guilherme da
Silva da Rosa, Lívia Garani Franco, Janaína Favaro Soares | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina | Londrina-PR |
E-mail: sbmeirelles@hotmail.com
Introdução: As pessoas em situação de rua vivenciam inúmeras dificuldades. Considerados muitas vezes como estranhos, socialmente não
aceitos, um “não pessoa”. Somado a tantas situações de exclusão, o desconhecimento das suas realidades de vida os impede ainda mais de serem
reconhecidos como cidadãos de direito que são. A população em situação de rua pode ser definida como um grupo populacional heterogêneo que
tem situações em comum como a pobreza, vínculos familiares frágeis, vivem processos de desfiliação social, sem moradia convencional regular e
tendo a rua como o espaço de morada e sustento. Objetivo: Descrever e diferenciar os movimentos transitórios ou permanentes que caracterizam
a situação de viver nas ruas. Métodos: Trata-se da nota prévia de artigo de revisão integrativa. Foram pesquisados os termos “homeless”, “situação
de rua” na literatura disponível em bases de dados físicas e eletrônicos, acerca dos diferentes conceitos e definições dos movimentos de viver
na rua pelas pessoas neta situação. Foram selecionadas publicações em português, inglês e espanhol, publicados nos últimos vinte anos. Os
dados foram analisados e apresentados em formato descritivo. Resultados: Considerando a multiplicidade de situações vivenciadas por esta
população, tanto em âmbito pessoal quanto social, os fatores de ida para a rua, suas estratégias de sobrevivência, novos formatos de socialização
e construção de vínculos, o conceito de pessoas em situação de rua, por si só, se configura como algo diverso. Dentro deste espectro “pessoas
em situação de rua”, encontramos diversos termos como: morar na rua, ser da rua, estar na rua, ficar na rua. Esta variação de termos traduz os
movimentos de adaptação, que vai do transitório ao permanente, num espaço público. Ficar na rua parece estar ainda vinculado à manutenção
de uma rede de relações de suporte. Estar na rua consiste em adequar-se progressivamente um novo cotidiano que tem como base o espaço
público, com seus moradores e usuários. Ser da rua é tornar este espaço sua realidade de vida, seu dia a dia, como moradia e local de trabalho,
desligar-se aos poucos das suas redes sociais de suporte e aderir aos códigos, leis e regras de quem vives nas ruas. Conclusão: Diante desses
termos, vimos a real importância de caracterizar e definir a população em situação de rua de acordo com as especificidades locais do território em
que se encontram. Referências: AGUIAR, MM; IRIART, JAB. Significados e práticas de saúde e doença entre a população em situação de rua em
Salvador, Bahia, Brasil. Cad. Saúde Pública. 28(1). Rio de Janeiro. 2012. ANDRADE, Luana Padilha; COSTA, Samira Lima da; MARQUETTI, Fernanda
Cristina. A rua tem um ímã, acho que é a liberdade: potência, sofrimento e estratégias de vida entre moradores de rua na cidade de Santos, no
litoral do Estado de São Paulo. Saude soc., São Paulo, v. 23, n. 4, p. 1248-1261, Dec. 2014 . BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome. Pesquisa nacional sobre a população em situação de rua. Brasília - DF, 2008. TRINO, A.T., MACHADO, M.P.M.; RODRIGUES, R.B.
Conceitos norteadores do cuidado junto à população em situação de rua. In: TEIXEIRA, M; FONSECA. Z. Saberes e práticas na Atenção Primária
à Saúde: cuidado à população em situação de rua e usuários de álcool, crack e outras drogas. São Paulo; HUCITEC: 2015, p. 27-43. Palavras-
chave: Pessoas em situação de rua. Vulnerabilidade social. Cuidado em saúde.

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