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EIXO TEMÁTICO: Tecnologias do Cuidado em Saúde Pública TRABALHO 437
Tratamento multiprofissional em grupo destinado a tabagistas na
Atenção Básica: relato de experiência do trabalho realizado em
uma UBS de Londrina/PR
AUTOR PRINCIPAL: Fábio Scachetti | AUTORES: Amanda Junqueira Rossetto; Carolina Camilo da Silva; Denise Mara Menezes Vioto
Silva; Diane Aparecida Muller | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina - UEL | Londrina - PR | E-mail: fabio.scachetti@gmail.com
A crescente dependência do tabaco é reconhecida como uma condição crônica que necessita de repetidas intervenções, nas quais o profissional
de saúde tem papel fundamental de aconselhamento individual e em grupo. Este trabalho relata a experiência de tratamento em grupo destinado
a tabagistas, realizado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da Zona Sul de Londrina no período de março de 2015 a abril de 2016 pelos
profissionais da Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Universidade Estadual de Londrina (UEL), sendo estes Assistente Social, Cirurgiã-
dentista, Enfermeira, Farmacêutica, Fisioterapeuta, Nutricionista, Profissional de Educação Física e Psicólogo, juntamente com a médica da UBS.
A participação de diversos profissionais ocorre com o intuito de que seja realizado um trabalho integral com os usuários. O grupo faz parte do
Programa Nacional de Controle do Tabagismo, e tem por objetivo promover o acesso a métodos para a cessação do tabagismo, de forma a reduzir a
morbimortalidade decorrente do uso de tabaco, assim como diminuir a prevalência de fumantes na população geral (BRASIL, 2010). Trata-se de um
grupo fechado e contínuo, que contou com 8 encontros no total, sendo reiniciado após o término cada ciclo. Os 5 primeiros encontros foram realizados
semanalmente, tendo sido trabalhado o conteúdo do material disponibilizado pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2009). Os outros 3 encontros,
denominados de manutenção, foram realizados quinzenal e mensalmente. Buscou-se acolher e discutir as dificuldades que envolvem o hábito de
fumar e de cessar com tal hábito, assim como foi ofertado tratamento medicamentoso (REICHERT, 2008). Foram realizados 4 grupos, contando com
a participação de 51 pessoas no total. Como resultado 11 pessoas conseguiram cessar o tabagismo e todos os outros diminuíram o consumo diário.
Levando em consideração que 22% dos participantes dos grupos abandonaram o hábito de fumar, conclui-se ser de grande relevância a continuidade
dos grupos e buscar abranger cada vez mais pessoas. A abordagem multiprofissional, além de auxiliar o usuário na cessação do tabagismo, possibilita
um olhar integral à saúde, ultrapassando o enfoque apenas biológico dos agravos.Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do
Câncer. Deixando de fumar sem mistério. 2ª ed. 1ª reimp. Rio de Janeiro: INCA, 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. 3ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. REICHERT, J. et al. Diretrizes para
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
cessação do tabagismo 2008. J Bras Pneumol, n. 34, vol 10, 2008.. Palavras-chave: Atenção Básica, Tabagismo, Promoção da Saúde
EIXO TEMÁTICO: Tecnologias do Cuidado em Saúde Pública TRABALHO 458
Mamadeiras ortodônticas ou convencionais? Revisão integrativa da
literatura
AUTOR PRINCIPAL: Paola Lurian Silva | AUTORES: Alcir Humberto Rodrigues, Cristina Ide Fujinaga, Cleomara Mocelin Salla |
INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual do Centro Oeste - UNICENTRO | Irati - PR| E-mail: paola.lurian.silva@hotmail.com
Introdução: As políticas públicas são unânimes em recomendar o aleitamento materno como uma estratégia para se diminuir a morbimortalidade
infantil. O uso da mamadeira tem sido apontado como um hábito que prejudica o aleitamento materno. Entretanto, na prática clínica, está presente o
argumento de que o bico de mamadeira ortodôntico não promove alterações no desenvolvimento do bebê. A Norma Brasileira para a Comercialização
de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Protetores de Mamilos – NBCAL é um conjunto de leis com o objetivo
de garantir o direito ao aleitamento materno sem interferências. Nessa lei consta que os fabricantes de produtos como a mamadeira ortodôntica
tem a obrigação de colocar mensagens como “destaques obrigatórios” afim de chamar a atenção do usuário do produto para as desvantagens deste
quanto a saúde da criança. Questiona-se, desta forma, quais seriam as evidências científicas que demonstrem a superioridade do bico de mamadeira
comum em relação ao ortodôntico, especialmente em relação ao desenvolvimento estomatognático infantil. Objetivo: realizar uma revisão integrativa da
literatura sobre as mamadeiras ortodônticas e as convencionais, focando sobre seu uso, sua indicação e seus prejuízos, para que se possam rever as
práticas dos profissionais da saúde a partir de um maior embasamento teórico. Método: revisão integrativa da literatura. Resultados: pode-se verificar
que há um número escasso de publicações referentes ao tema. Foram selecionados 3 artigos, sendo eles o estudo de Lima et al. (2010), que objetivou
verificar o número de escolares com mordida aberta anterior e sua associação com hábitos orais e especificou o tipo de bico utilizado; o de Albuquerque
et. al. (2010), que teve como objetivo analisar a relação entre o padrão de aleitamento e hábitos de sucção não nutritivos; e o estudo de Loures
et. al. (2012), que foi relacionado nesse trabalho à indicação, e fez uma análise retrospectiva dos resultados de orientações fonoaudiológicas sobre
aleitamento com mamadeira. Conclusão: Os estudos encontrados não apresentam evidências suficientes que demonstram a superioridade do bico de
mamadeira ortodôntico em comparação ao bico convencional. Cabe aos profissionais de saúde exercerem a vigilância necessária para que suas práticas
não sejam influenciadas por discursos mercadológicos que não possuem evidências científicas. Referências: ALBUQUERQUE, S.S.L.; DUARTE, R.C.;
CAVALCANTI, A.L.; BELTRÃO, E.M. A influência do padrão de aleitamento no desenvolvimento de hábitos de sucção não nutritivos na primeira infância.
Ciência & Saúde Coletiva, v.15, n.2, p. 371-378, 2010. Brasil. Lei nº 11.265, de 3 de Janeiro de 2006. Regulamenta a Comercialização de Alimentos
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Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 693, de 5 de julho de 2000. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2001. LIMA, G.N.; CORDEIRO, C.M.; JUSTO, J.S.;
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