Page 245 - ANAIS_3º Congresso
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EIXO TEMÁTICO: Tecnologias do Cuidado em Saúde Pública                    TRABALHO 497

                Programa multiprofissional de tratamento da obesidade: avaliando
                seus efeitos e ampliando o entendimento

                 AUTOR PRINCIPAL: Nelson Nardo Junior  |  AUTORES: Nelson Nardo Junior, Caroline Ferraz Simões, Ronano Pereira Oliveira, Jane Maria
                 Remor, Josiane Aparecida Alves Bianchini |  INSTITUIÇÃO: Núcleo de Estudos Multiprofissional da Obesidade (NEMO) / Universidade
                 Estadual de Maringá (UEM)  | Maringá -PR |  E-mail: nnjunior@uem.br

                  A obesidade é uma doença crônica complexa de difícil tratamento cujas implicações para o indivíduo e à sociedade são difíceis de
                  mensurar. Nesse sentido, programas que visem o tratamento dessa condição devem basear-se em múltiplos parâmetros, de modo a
                  refletir seu real impacto sobre a saúde. O Programa Multiprofissional de Tratamento da Obesidade (PMTO/NEMO/UEM) vem sendo
                  desenvolvido há mais de 10 anos e propôs, recentemente, uma forma de avaliação de seus efeitos que leva em consideração um
                  conjunto de parâmetros. Esse conjunto foi denominado Critério de Sucesso PMTO/NEMO/UEM e é uma tecnologia de saúde bastante
                  promissora para o SUS, tendo como base a abordagem translacional no tratamento da obesidade (REYNOLDS e SPRUIJT-METZ). Sua
                  validação foi realizada, recentemente, como parte de uma tese de doutorado (BIANCHINI, 2016). Para tanto, foram avaliados 169
                  adolescentes (103 do grupo intervenção (GI) e 66 do grupo controle (GC)), que participaram por 16 semanas do PMTO/NEMO/UEM. As
                  intervenções foram realizadas três vezes na semana, segundas, quartas e sextas das 16:00 às 18:00 horas, conduzidas por uma equipe
                  formada por profissionais e estudantes de educação física, nutrição e psicologia. Foram coletados dados antropométricos, composição
                  corporal, aptidão cardiorrespiratória, QVRS, maturação sexual, parâmetros bioquímicos e hemodinâmicos. Para o estabelecimento do
                  critério de sucesso foram incluídas as variáveis: 1) Domínio total da QVRS; 2) Escore Z do IMC; 3) VO2máx; 4) Peso corporal; 5)
                  Circunferência de cintura; 6) Gordura absoluta e 7) Massa magra. Foram verificadas as variações percentuais de cada um dos sete
                  parâmetros envolvidos. Aqueles com variação negativa, em que se espera redução ao longo da intervenção (escore Z do IMC, peso
                  corporal, gordura absoluta e CC) foram multiplicados por “-1” para conversão em valores positivos e obtenção dos escores das propostas
                  de critério de sucesso a partir do somatório entre os parâmetros. Os resultados demonstraram uma grande variabilidade de respostas
                  em todos os parâmetros avaliados, permitindo-nos identificar diferentes perfis, classificados como “respondentes” e “não respondentes”
                  à intervenção. Também possibilitaram, após a normalização dos mesmos, o estabelecimento de critérios objetivos de sucesso. Os
                  mesmos permitirão uma avaliação mais abrangente da eficácia/efetividade de PMTO, sendo úteis no monitoramento de programas
                  dessa natureza.  Referências:  Tratamento Multiprofissional, PMTO, Obesidade, Adolescentes, Critério de Sucesso.Palavras-chave:
                  Tratamento Multiprofissional, PMTO, Obesidade, Adolescentes, Critério de Sucesso.


                EIXO TEMÁTICO: Tecnologias do Cuidado em Saúde Pública                    TRABALHO 502

                Implantação do Serviço de Clínica Farmacêutica na Farmácia da 2ª
                Regional de Saúde do Estado do Paraná


                 AUTOR PRINCIPAL: Rosangela De Lima Silva Pugliese  |  AUTORES: Kelly Cristiane Gusso Braga. |  INSTITUIÇÃO: Farmácia do Paraná da
                 2ª Regional de Saúde | Curitiba-PR |  E-mail: rosangelapugliese@yahoo.com.br

                   A farmácia da 2ª Regional de Saúde do Estado do Paraná atende cerca de 25.000 usuários com doenças crônicas e graves de Curitiba
                   e região metropolitana. A complexidade de utilização e necessidades especiais de armazenamento dos medicamentos gerava erro no
                   seu uso e baixa adesão ao tratamento. A Assistência Farmacêutica visa assegurar o acesso da população aos medicamentos a partir da
                   promoção do uso correto deles, a fim de garantir a integralidade do cuidado e a resolutividade das ações em saúde. Há aproximadamente
                   oito anos é realizado o atendimento por farmacêutico aos usuários em início de tratamento de forma individualizada, na primeira
                   dispensação do medicamento. No atendimento realizava-se orientações sobre o armazenamento e conservação dos medicamentos,
                   indicações, modo de administração, posologia, possíveis reações adversas, além dos fluxos internos da farmácia. Em 2015 iniciou-se
                   o serviço de clínica farmacêutica com a implantação do Projeto Cuidado Farmacêutico, uma parceria entre a SESA e o Ministério da
                   Saúde. A primeira dispensação foi aprimorada incluindo coleta de dados sobre uso de outros medicamentos, investigação se o paciente
                   apresenta outras patologias, ou se possui alguma dúvida em relação a sua farmacoterapia. Através de critérios preestabelecidos é
                   selecionado o paciente que será acompanhado em consultas farmacêuticas. Durante a consulta o paciente é avaliado como um todo
                   e não mais apenas na doença específica, investiga-se sua história social, seu estado clínico para cada problema de saúde, sua história
                   de medicação completa, adesão ao tratamento, dentre outros. Quando detectados problemas relacionados à farmacoterapia, como
                   dificuldade de adesão, reações adversas, frequência de administração incorreta, realiza-se intervenção farmacêutica e se necessário são
                   realizadas consultas de retorno para continuar o cuidado farmacêutico até o paciente estar apto para ganhar alta havendo desenvolvido
                   o autocuidado, tendo a garantia que o tratamento está sendo efetivo e as condições de vida do paciente melhoradas. De 129 pacientes
                   atendidos em consulta, 98% teve alguma intervenção farmacêutica e 67% apresentaram algum problema relacionado a farmacoterapia.
                   A melhora da adesão do paciente ao tratamento e conscientização em relação ao armazenamento e conservação dos medicamentos
                   são alguns dos resultados alcançados. A farmácia busca ampliar o serviço de clínica farmacêutica atendendo mais usuários e aprimorar
                   as consultas.Referências: 1. BRASIL, Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento
                   de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. (2014); Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica. Caderno 2: Capacitação para
                   Implantação dos Serviços de Clínica Farmacêutica.Palavras-chave: Consulta Farmacêutica, Cuidado Farmacêutico, Implantação

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