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EIXO TEMÁTICO: Tecnologias do Cuidado em Saúde Pública TRABALHO 490
Aleitamento materno: incentivo em uma maternidade pública
AUTOR PRINCIPAL: Juliana Botelho Dias| AUTORES: YAmanda Maria Bregondi, Flávia Françoso Genovesi, Débora Fernanda Vicentini
Bauer, Rosangela Aparecida Pimenta Ferrari, Alexandrina Maciel Cardeli | INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina | Londrina - PR
| E-mail: juliana.jbd@hotmail.com
Introdução: O aleitamento materno (AM) é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de forma exclusiva por seis meses, ou
seja, apenas o leite materno sem ingesta de qualquer líquido ou alimento. A Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) buscam a garantia do
AM desde o nascimento, porém puérperas relatam experiências que interferem como obstáculos no ato de amamentar, por isso, o incentivo
do AM, principalmente o exclusivo, são fundamentais desde a gestação e deve perpetuar no pós-parto afim de diminuir ainda mais as mortes
infantis. Objetivo: Analisar o incentivo ao aleitamento materno em uma maternidade pública de risco habitual. Método: Trata-se de um recorte
do projeto de pesquisa intitulado “Fatores de risco para a morbimortalidadematerna e infantil: da gestação ao primeiro ano pós-parto, aprovado
pela Autarquia Municipal de Saúde de Londrina e pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual de Londrina-CEP/UEL, sob o número: 120.13/
UEL, em 16 de Julho de 2013 CAAE 19352513.9.0000.5231. É um estudo transversal aninhado à coorte prospectivo a partir da coleta dos
dados realizada em quatro etapas: entrevista com as mulheres após o parto na Maternidade Municipal de Londrina, reconhecida como Hospital
Amigo da Criança, retorno ambulatorial na própria maternidade, e visita domiciliar após 42 dias e um ano após o parto.Resultados: A maioria das
mulheres (70,8%) tinham idade entre 20 e 35 anos, em torno de 67% tinham de 8-11 anos de escolaridade, 85,2% com companheiros, primíparas
(35%), com parto normal (72,5%), que tiveram 6 ou mais consultas de pré-natal (em torno de 85%). Na sala de parto: receberam orientações para
o aleitamento materno (65%), com sucção na primeira ½ hora de nascimento (em torno de 53%). Durante a internação, 95,8% das puérperas
referiram amamentação em livre demanda. Conclusão: Percebe-se que na referida instituição as orientações e incentivo ao aleitamento materno
ainda está aquém do recomendado pelo IHAC. Diante disso, torna-se necessário conscientização e ações educativas aos profissionais de saúde
para a prestação adequada de cuidados e orientações afim de minimizar o risco de desmame precoce. Referências: BRASIL. Ministério da
Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação
complementar. Cadernos de Atenção Básica, n. 23. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009. 112 p. Brasil. Ministério da Saúde. Iniciativa
hospital amigo da criança: revista, atualizada e ampliada para o cuidado integrado. Módulo I - Histórico e implementação [Internet]. Brasília: Editora
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
do Ministério da Saúde; 2008. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/iniciativa_
hospital_amigo_crianca_modulo1.pdf COSTA, E.F; FERNANDES, R.A.Q. Perfil Sociodemográfico e obstétrico de mulheres participantes de grupos
de incentivo ao aleitamento materno de comunidade carente.RevistaSaúde. 2015; v. 9, n.1-2.. Palavras-chave: Aleitamento materno; Período
puerperal; Atenção à saúde.
EIXO TEMÁTICO: Tecnologias do Cuidado em Saúde Pública TRABALHO 494
Estratégia motivacional de higiene bucal para crianças por meio
do autodiagnóstico da escovação
AUTOR PRINCIPAL: Diorezane Mesacasa | AUTORES: Josely Emiko Umeda, Márcia Falleiros Evangelista da Rocha, Najara Barbosa da
Rocha, Mitsue Fujimaki| INSTITUIÇÃO: Universiade Estadual de Maringá | Maringá-PR | E-mail: dioremesacasa@gmail.com
O ambiente escolar favorece a incorporação de hábitos saudáveis no cotidiano das crianças, relacionados a uma dieta saudável e higiene bucal
adequada. A escovação dos dentes e o uso do fio dental constituem métodos eficazes para remoção do biofilme, prevenindo a ocorrência da cárie
dentária, que é a doença mais comum na infância. O objetivo deste trabalho é relatar um estratégia motivacional de higiene bucal para crianças de
3 a 5 anos de idade, por meio do autodiagnóstico da escovação dos dentes. Este trabalho é realizado no Projeto Sorriso Feliz, do Departamento
de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá em um Centro de Educação Infantil. Inicialmente são realizadas atividades lúdico-educativas,
com o propósito de que as crianças se apropriem de conhecimentos sobre o mecanismo de desenvolvimento da cárie dentária e a importância da
higiene bucal. Em seguida, evidencia-se o biofilme dental com um corante, possibilitando que elas desenvolvam a percepção da própria condição
de higiene bucal. Para tanto, foi confeccionado um índice de higiene dental, com desenhos animados de dentes sujo, pouco sujo e limpo, tendo
expressões faciais de desespero, tristeza e alegria, respectivamente, indicando as seguintes condições: insatisfatória, regular e satisfatória. A
criança é então estimulada a fazer o autodiagnóstico, indicando qual estágio seu dente se encontra e qual estágio ela gostaria de alcançar. Assim,
o processo educativo é feito a partir do relato da criança. Essas atividades são realizadas semanalmente, por alunos de graduação e pós-graduação
e percebe-se nas crianças, além da melhora significativa na escovação, o despertar para o autocuidado. Os resultados positivos percebidos não
se restringem às crianças, pois, considerando o potencial disseminador que estas possuem, acabam por contagiar os familiares e educadores,
fazendo com que os hábitos saudáveis sejam transferidos para as pessoas próximas de seu convívio. A cárie dentária na infância reduz a qualidade
de vida da criança, haja vista que esta pode apresentar dificuldade para dormir, diminuição da auto-estima, dificuldades de relacionamento, além
de baixo peso, devido a dificuldades na mastigação. Logo, evitar a ocorrência de cárie representa uma estratégia que, aliada a outros fatores,
tem potencial de proporcionar um crescimento saudável. Conclui-se que esta estratégia oportuniza a criança desenvolver percepções para o
autodiagnóstico e motivação para a melhoria da higiene bucal. Referências: ALVES, M. U.; VOLSCHAN, B. C. G.; HAAS, N. A. T. Educação em saúde
bucal: sensibilização dos pais das crianças atendidas na clínica integrada de duas universidades privadas. Pesq. Bras. Odontoped. Clin. Integr.,
João Pessoa, v. 4, n. 1, p. 47-51, jan./abr. 2004. SIQUEIRA, M.F.G.; JARDIM, M.C.A.M.; SAMPAIO, F.C.; VASCONCELOS, L.C.S.; VASCONCELOS, L.C.
Evaluation of an oral health program for children in early childhood. Rev Odonto Ciênc. v. 25, n. 4, p. 350-4, 2010. POUTANEN, R.; LAHTI, S.; SEPPA,
L.; TOLVANEN, M.; HAUSEN, H. Oral health-related knowledge, attitudes, behavior, and family characteristics among Finnish schoolchildren with and
without active initial caries lesion. Acta Odontol Scand, v. 65, n. 2, p. 87-96, 2007. RAMAGE, G.; CULSHAW, S.; JONES, B.; WILLIAMS, C. Are we
any closer to beating the biofilm: novel methods of biofilm control. Curr Opin Infect Dis, v. 23, n. 6, p. 560-566, 2010. Palavras-chave: índice
motivacional de escovação, autodiagnóstico, educação em saúde.
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