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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Análise da Correlação dos Casos de Dengue, Zika e Chikungunya no Estado do Paraná
                 no Período de 2014-2015

                 Autores: ANDRÉ LUIZ DE ALMEIDA MELO. Instituição: Universidade Federal do Paraná (UFPR)

                 Palavras-chave: Arbovirose; Aedes aegypti; doença tropical
                 Introdução: Transmitida pelo Aedes aegypti, a dengue é uma das principais arboviroses com ocorrência nas zonas tropicais
                 e  subtropicais  do  globo.  No  Brasil,  a  doença  desperta  atenção  das  autoridades  pelos  milhares  de  casos  anualmente  e  o
                 surgimento de outras viroses transmitidas pelo mosquito aumentou a atenção dos órgãos de vigilância sanitária. No Paraná, a
                 dengue se tornou endêmica nas últimas décadas e os registros de zika e chikungunya passaram a ser frequentes a partir de
                 2014. Objetivo: O presente estudo visa analisar a distribuição dos casos de dengue, zika e chikungya no período epidêmico de
                 2015-2016, verificando a correlação dos locais de registro através do teste de Spearmann. Métodos:  A pesquisa usou dados
                 obtidos nos boletins da Secretaria de Estado da Saúde (PR) e calculou os índices de correlação de Spearmann. Resultado: No
                 período de estudo, foram registrados 56.351 casos de dengue, 335 casos de infecção por zika vírus e 73 de febre chikungunya.
                 As Regionais de Saúde que registraram maior número de casos de dengue foram Paranaguá (16.392), Foz do Iguaçu (10.953)
                 e Londrina (9.299). Os casos de infecção por zika vírus foram mais numerosos em Maringá (65), Curitiba e região Metropolitana
                 (55) e Francisco Beltrão (53). Quanto a chikungunya, o maior número de casos foram na Regional Curitiba e região Metropolitana
                 (26), Maringá (8) e Paranaguá (6). A correlação entre a ocorrência de dengue e zika vírus foi considerada forte, atingindo o
                 valor de 0,783. Já chikungunya e infecção por zika foi moderada, com correlação de 0,629. Por fim, os casos de dengue e
                 chikungunya apresentaram uma fraca correlação, atingindo 0,473. Alguns fatores podem explicar a oscilação dos índices de
                 correlação. Primeiramente, o número reduzido de casos de zika vírus e chikungunya indica a presença de surtos isolados dessas
                 doenças, diferentemente do quadro epidêmico de dengue observado em algumas regiões do estado. Outra dificuldade está no
                 diagnóstico dessas infecções, cuja ocorrência bastante recente ainda pode gerar dúvidas de padronização e subnotificações. A
                 utilização dos números de casos totais ao invés dos casos autóctones também dificultam a análise. Conclusões: Em algumas
                 regiões do estado, há ocorrência simultânea de dengue, zika e chikungunya, o que atesta a importância do combate do A.
                 aegypti.




                 Análise da Dispensação do Novo Medicamento Antirretroviral 3 em 1

                 Autores: BÁRBARA THAÍS POLISELO DE SÁ; Mariana Ribeiro Martins; Frederico Alves Dias ; Yanna Dantas Rattmann. Instituição:
                 Universidade Federal do Paraná - UFPR

                 Palavras-chave: Antirretrovirais;Medicamento 3 em 1;Cooperação e Adesão ao Tratamento
                 Introdução: Com intuito de controlar a evolução do HIV, por meio da diminuição da multiplicação e transmissão do vírus da
                 AIDS, surgiram os medicamentos antirretrovirais na década de 80. A disponibilização destes medicamentos, combinados nas
                 diferentes linhas terapêuticas, trouxe significativas melhoras na expectativa e na qualidade de vida das pessoas vivendo com
                 HIV/AIDS. Para uma ação mais efetiva, a utilização de pelo menos três fármacos combinados é necessária, contemplando
                 ao menos dois de classes diferentes. Para que os antirretrovirais gerem uma resposta terapêutica adequada é necessário
                 tomar pelo menos 80% das doses estabelecidas. A má adesão ao tratamento é uma das principais causas da falha terapêutica
                 destes medicamentos. Visando à redução do número de pacientes com baixa adesão à primeira linha de tratamento com os
                 antirretrovirais, o Ministério da Saúde passou a disponibilizar o medicamento 3 em 1, uma coformulação de tenofovir (300 mg),
                 lamivudina (300 mg) e efavirenz (600 mg), para tratamento com uso de um único comprimido diário. Objetivo: estimar a adesão
                 ao medicamento coformulado 3 em 1, composto por antirretrovirais da primeira linha de tratamento contra o HIV. Método:
                 Análise da frequência de retornos mensais dos pacientes a um dispensário de medicamentos antirretrovirais de Curitiba –
                 PR, cujo dados foram obtidos pelo Sistema de Controle Logístico de Medicamentos. Este estudo foi aprovado pelo Comitê
                 de Ética em Pesquisa da UFPR, sob parecer de número 55184316.2.0000.0102. Resultado: Ao se considerar as opções de
                 medicamentos 3 em 1 ou medicamentos não coformulados, obteve-se que os pacientes em tratamento com o medicamento
                 3 em 1 são mais assíduos, retornando com frequência 65% maior ao dispensário, tornando-se disponíveis para as orientações e
                 acompanhamento farmacoterapêutico. Conclusão: Assim, confirma-se, que esquemas terapêuticos simplificados, como doses
                 fixas combinadas, são facilitadores da adesão ao tratamento. O retorno mensal ao dispensário, observado para a grande maioria
                 destes pacientes, gera a expectativa de manter por mais tempo um número maior de indivíduos em uso da primeira linha de
                 tratamento da AIDS, retardando a necessidade de recorrer a outras linhas terapêuticas mais onerosas, com maior número de
                 medicamentos e riscos associados.


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