Page 384 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E DIREITO EM SAÚDE
A Temática de Primeiros Socorros para Estudantes da área de Ciências Biológicas e
da Saúde
Autores: GEIZA RAFAELA BOBATO; Camila Zanesco; Danielle Bordin; Maiara Vanusa Guedes Ribeiro ; Cristina Berger Fadel. Instituição:
Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG
Palavras-chave: Primeiros socorros; Estudantes de Ciências da Saúde; Conhecimento.
Introdução: A direta relação interposta entre situações emergenciais, e o conhecimento básico sobre a atuação frente a estas,
constitui-se medida essencial no ramo da promoção e proteção da saúde individual e coletiva. Entrelaçado a aspectos formativos
e culturais se tem, frequentemente a impressão de que acadêmicos do ensino superior, e em especial os da área da saúde,
estejam preparados para amparar ou agir frente a situações emergenciais. Objetivo: Investigar o conhecimento sobre primeiros
socorros de estudantes da área de ciências biológicas e da saúde de uma universidade pública brasileira. Método: Estudo
exploratório, transversal, teve como população-alvo a totalidade de estudantes concluintes dos cursos de graduação da área
de ciências biológicas e saúde de uma Instituição de Ensino Superior pública (ano base: 2017). O estudo obteve aprovação do
Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos, parecer: nº 2.192.812/2017. Primeiramente realizou-se a análise documental
das matrizes curriculares dos cursos; posteriormente procedeu-se a aplicação de um questionário semi-estruturado (agosto a
setembro de 2017), os estudantes que concordaram em participar, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Resultado: Do total de acadêmicos concluintes, 146 (67%) participaram. Dos oito cursos, dois não possuíam abordagens
relacionadas à temática. Quanto à participação dos acadêmicos em treinamentos ou cursos práticos envolvendo o assunto,
67(46%) afirmaram participação, e 58 (40%) relataram nunca ter participado. Com relação à autopercepção de conhecimento
e segurança para atuarem frente a situações emergenciais, apenas 25(17,1%) se consideram preparados para atuarem frente a
algumas situações. Quando questionados sobre a necessidade pessoal de participar de cursos ou capacitações sobre primeiros
socorros, 134 (92%) afirmaram necessitar de tal experimentação. Conclusão: Os dados elucidam uma expressiva parcela de
futuros profissionais que se encontram no final do curso de graduação, que se consideram despreparados para agir frente a
situações emergenciais, constituindo-se como insegurança para a sociedade em geral.
Ações Educativas Acerca da Leishmaniose Tegumentar Americana no Campus do
Instituto Federal do Paraná - Umuarama/PR
Autores: HEVELLYN GABRIELA ANDRADE CRUZ; Jaqueline Moritz. Instituição: Instituto Federal do Paraná - Umuarama/PR
Palavras-chave: Leishmaniose; Paraná; Umuarama;
O presente texto tem como objetivo relatar ações educativas realizadas no campus do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia
(IFPR) de Umuarama, Paraná, acerca da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA). A LTA é uma doença infecciosa não
contagiosa da pele e mucosa causada por protozoários Leishmania que são transmitidos ao ser humano através da picada
de mosquito flebotomíneo, comumente conhecido como mosquito-palha. No noroeste do Paraná, o Laboratório de Ensino e
Pesquisa em Análises Clínicas da Universidade Estadual de Maringá fez diagnósticos da doença e entre os anos de 1986 até
2006 registrou 3.631 pacientes suspeitos de terem a LTA (MVC, Lonardoni, 2007). Mediante essas informações foram coletados
dados junto a 12ª Regional de Saúde do Paraná, a fim de constatar a incidência na realidade local. Os dados revelaram números
elevados de casos na mesorregião noroeste do estado, com destaque para Umuarama com um registro de 50 casos da doença
entre 2013 e 2017. Outros municípios situados na região também registram números alarmantes, como é o caso de Icaraíma
que no mesmo período apresentou 36 casos de LTA. Mediante essa constatação o próximo passo consistiu em desvendar se a
comunidade escolar do campus, num primeiro momento, já contava com informações sobre a LTA. Para tanto, foi aplicado um
questionário como instrumento de coleta de dados nas dependências do campus a 378 sujeitos distribuídos entre servidores,
alunos e visitantes. Entre as questões aplicadas destacamos aqui que do total geral dos entrevistados apenas 2,91% já teriam
ouvido falar a respeito da LTA, e que 98,95% das pessoas consideram necessário obter informações sobre a temática. Diante
disso, foram propostas ações educativas sobre a LTA para comunidade do campus, entre as ações destacamos a elaboração
e distribuição de folders informativos expondo a doença, seu ciclo, sintomas e o mais importante, a profilaxia que age contra o
hospedeiro intermediário, o mosquito. Também foi ofertada uma palestra com profissionais da área da saúde a fim de reforçar
as informações e ampliar as possibilidades de acesso à promoção da saúde coletiva. A trajetória percorrida desde a coleta de
dados até as ações educativas revelou que a escassez de informação se constitui ainda hoje num elemento a ser discutido nas
propostas de saúde coletiva.
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