Page 386 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E DIREITO EM SAÚDE



                 Contribuições da Música para o Recém-nascido Hospitalizado: Revisão Integrativa

                 Autores: LUDMILLA LAURA MIRANDA; Adriana Vvalongo Zani. Instituição: Universidade Estadual de Londrina

                 Palavras-chave: Musicoterapia; Recém-nascido; Unidade de Terapia
                 Introdução: Os serviços de neonatologia têm se apropriado e utilizado terapias integrativas nas unidades de terapia intensiva
                 (UTI), entre essas, a música tem sido foco de estudo. Na última década, a música foi introduzida como uma terapia desenvolvida
                 para melhorar o tratamento e facilitar o crescimento e desenvolvimento de lactentes prematuros, deste modo, diferentes
                 formas de execução musical têm sido usadas na musicoterapia, por exemplo, música gravada e música ao vivo produzida por
                 um ou mais instrumentos, e voz feminina da terapeuta ou voz materna ou voz masculina ou paterna. Objetivo: Identificar, por
                 meio da literatura científica, formas de execução musical e seus efeitos para o recém-nascido hospitalizado nas unidades de
                 terapia intensiva neonatais. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa utilizando artigos científicos completos indexados
                 nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Medical Literature Analysis and Retrieval
                 Sistem OnLine, Base de Dados de Enfermagem, Biblioteca Virtual em Saúde - Psicologia, IBECS e Scientific Electronic Library
                 Online, publicados no período de 2006 a 2017, nos idiomas português e inglês. Resultado: Dentre os dez artigos incluídos
                 nesse estudo em relação ao delineamento da pesquisa, nove artigos são de caráter quantitativo, sendo que destes sete são
                 ensaios clínicos randomizados, um descritivo, um comparativo e um com abordagem qualitativa. Quanto ao pais de publicação
                 seis artigos foram publicados no Brasil, dois no Irã, um em Israel e um nos Estados Unidos. Em relação a forma de execução
                 musical nove artigos utilizaram a música gravada e um a música cantada. No que tange aos efeitos da música seis artigos
                 referiram os seguintes benefícios: ganho de peso ponderal, menor gasto energético, maior estabilidade dos sinais vitais e
                 redução dos sinais de estresse, e quatro não observaram efeitos significativos. Conclusão: Diante destes resultados sugere-se
                 que estudos relacionados à música como terapia integrativa nas unidades intensivas neonatais, sejam intensificados, visto que
                 um número significativo de estudos tem apontado benefícios tais como, estabilidade dos sinais vitais, alivio da dor, ganho de
                 peso e redução do estresse.




                 Contribuições da Psicologia no Atendimento às Doenças Autoimunes - um Relato de
                 Experiência Sobre Miastenia Gravis

                 Autores: FABIOLA DA SILVA MIRANDA; Debora Lydinês Martins Corsino; Silvia Nogueira Cordeiro; Rosely Jung Psicchio. Instituição:
                 Universidade Estadual de Londrina
                 Palavras-chave: Psicologia; Miastenia Gravis; Doenças Autoimunes.

                 O presente trabalho relata a experiência do atendimento psicológico à uma paciente de 32 anos, com diagnóstico de Miastenia
                 Gravis há aproximadamente seis anos.  A miastenia gravis é uma doença autoimune caracterizada por fraqueza muscular
                 que pode ser limitada a grupos musculares específicos ou ser generalizada (BRASIL, 2015). A paciente foi encaminhada ao
                 Ambulatório de Atenção à Saúde da Mulher (AMASM) do Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário do Norte
                 do Paraná, com queixas de fraqueza, cansaço excessivo, hipersonia, bexiga hiperativa, quadros depressivos recorrentes,
                 Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) em remissão, ansiedade, ideações suicidas, desesperança e medo.  As doenças
                 auto-imunes  são  caracterizadas  pela  perda  da  capacidade  de  o  sistema imunológico  diferenciar  corpos  estranhos  e  suas
                 próprias células, passando a direcionar anticorpos sobre o próprio organismo, em outras palavras, a doença auto-imune faz
                 o corpo se defender dele mesmo. (JANEWAY et al. 2002). A partir do referencial da psicanálise discutiremos a relação que
                 estes pacientes estabelecem com o próprio corpo, sede de suas manifestações psíquicas, mas, fica reduzido e identificado
                 o objeto de intervenção da medicina, que busca a remissão dos seus sintomas. (PITANGA, 2006) O primeiro contato com
                 a paciente foi em consulta compartilhada da equipe multiprofissional composta pela farmacêutica, nutricionista, psicóloga
                 e profissional de educação física. Encaminhada pela psiquiatra do Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário
                 (AE-HU), onde realiza o acompanhamento para tratamento da depressão e outros agravos. Mediante as queixas emocionais,
                 optou-se por realizar atendimentos psicológicos individuais, semanais e com abordagem psicanalítica. Até o momento, foram
                 realizados dois atendimentos com a jovem sendo trabalhados prioritariamente a construção do vínculo e o estabelecimento da
                 transferência com a paciente. Ela compareceu em todas as sessões agendadas, sendo que o atendimento durou 30 minutos
                 aproximadamente, visto que por conta da doença, a jovem cansa-se rapidamente. Os atendimentos serão continuados em
                 busca de novos resultados e possíveis melhorias em geral da paciente. Além disso, o atendimento multiprofissional se mostra
                 importante para o restabelecimento da qualidade de vida da jovem.



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