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EIXO: INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E DIREITO EM SAÚDE EIXO: INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E DIREITO EM SAÚDE
Perfil Sócio Demográfico de Pacientes Politraumatizados em Unidade de Terapia
Intensiva na Cidade de Curitiba – Paraná
Autores: MARIA HELOISA MADRUGA CHAVES; Amanda Rebeca Wolf; Kelly Aline Nascimento; Daniele Nawcki; Aline Cristina Batista
Johnn. Instituição: PUCPR
Palavras-chave: Unidade de terapia intensiva; cuidados críticos; educação em enfermagem
Introdução: Anualmente milhares de pessoas são admitidas nas UTIs brasileiras. Estudos sobre o tema apontam para uma
crescente demanda desse serviço. Objetivou-se caracterizar o perfil sócio demográfico, o motivo da internação e a gravidade
de pacientes politraumatizados internados nas UTIs de um hospital universitário da cidade de Curitiba – PR. Método: estudo
descritivo de natureza quantitativa por meio de questionário. A amostra constitui-se de setenta pacientes politraumatizados
internados nas UTIs, admitidos no hospital no período de abril de 2016 a outubro de 2017. Inclusão: idade entre 15 a 65 anos,
entubados em uso de ventilação mecânica, com escala de coma de Glasgow menor ou igual oito ou escala de Ramsey
cinco ou seis, independente de sexo. Exclusão: pacientes sépticos, morte cerebral, incapacidade de conseguir o termo de
consentimento de seu representante legal, sem identificação, presença de co-morbidades, gestantes e pacientes que
apresentem sangramento ativo de mucosa oral. O projeto foi aprovado sob o parecer nº 1.347.639. Resultado: Sessenta e um
indivíduos (87%) eram do sexo Masculino; trinta e cinco (50%) estavam na faixa etária entre 30 a 50 anos; trinta e nove (56%) eram
casados e tinham ensino médio incompleto; sessenta e quadro (91%) apresentavam atividade remunerada e destes trinta e oito
(59%) com 2 até 4 salários mínimos. Vinte e oito indivíduos (40%) foram vítimas de colisão; nove (13%) lesão por arma branca;
nove (13%) lesão por arma de fogo; nove (13%) vitimas de quedas. Vinte e seis indivíduos (37%) apresentavam Apache II entre 30
a 34, indicando um risco de 85% de óbito. Conclusão: O conhecimento do perfil dos indivíduos, os motivos de internação e da
gravidade poderá servir como ferramenta diagnostica, facilitando uma melhor distribuição de renda e esforços para uma cidade
mais segura e com instituições de saúde melhor preparadas para os atendimentos a pacientes críticos.
Prevalência do Parto Vaginal Após Cesárea em Maternidades do Norte do Paraná
Autores: JULIANA SOUSA DE ALMEIDA; Juliana Cristina Trevisan Santos; Catia Campaner Ferrari Bernardy. Instituição: Universidade
Estadual de Londrina (UEL)
Palavras-chave: Parto Vaginal Após Cesárea; Parto Obstétrico.
Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que as taxas de cesáreas sejam inferiores a 15% e deve ser
recomendada apenas para gestantes com complicações obstétricas. Entretanto, o aumento gradual das taxas de cesárea
no Brasil, alcançando hoje níveis superiores a 52%, é considerado um problema de saúde pública, pois está associado à
maior morbidade materna e fetal. O Parto Vaginal Após Cesárea, também referido pela sigla inglesa VBAC (Vaginal Birth After
Cesarean), é uma alternativa confiável para que se alcance o controle das taxas desta via de parto. Objetivos: Descrever a
prevalência de VBAC em uma maternidade de risco habitual e uma de alto risco do norte do Paraná; caracterizar o perfil
dessas parturientes; e identificar complicações decorrentes deste tipo de parto. Método: Estudo quantitativo e retrospectivo
com análise dos prontuários de todas as parturientes com VBAC admitidas em 2015 em uma maternidade municipal e em uma
maternidade de hospital universitário. As variáveis investigadas foram: dados sociodemográficos, antecedentes obstétricos e
gestação atual, características do parto e do recém-nascido e complicações neonatais. Os dados foram analisados por média
simples. Resultado: A prevalência de VBAC na maternidade de risco habitual (MRH) e na maternidade de alto risco (MAR) foi
de 9% e 13%, respectivamente. O perfil dessas parturientes em ambas as maternidades foi de mulheres com idade média de
29 anos e média de três filhos. Sobre o parto, verificou-se que poucas mulheres com baixo risco obstétrico (35%) receberam
ocitocina para indução do parto, portanto a maioria teve maior duração do trabalho de parto, com média de 7 horas. Nessas
mulheres, as taxas de episiotomia e laceração perineal também foram menores. Houve complicação puerperal em 2,7% dos
casos na MRH, não relacionados à hemorragia. Já na MAR, as complicações ocorreram em 16% dos casos, relacionados à
hemorragia puerperal, hipotonia uterina e inflamação na episiotomia. Nenhuma das parturientes teve rotura uterina ou precisou
de hemotransfusão. Sobre as complicações neonatais, na MAR dois neonatos necessitaram de ventilação mecânica e quatro
de internação em UTI neonatal e na MRH nenhum neonato apresentou complicação. Conclusão: Os desfechos favoráveis
comprovam a segurança deste procedimento para a mãe e para neonato, e servem de estímulo para que os profissionais da
saúde incentivem gestantes com cesárea anterior a considerarem a via vaginal em seu próximo parto.
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