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EIXO: INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E DIREITO EM SAÚDE EIXO: INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E DIREITO EM SAÚDE
Metodologia Inovadora na Educação em Saúde de Pessoas Vivendo com HIV: Relato
de Experiência.
Autores: MARINA MONTEIRO; Helena dos Santos Colares; Isabelle Caroline Vitor da Silva; Julia Miranda Cruz; Gilselena Kerbauy Lopes.
Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Enfermagem; Educação em saúde; HIV.
Caracterização do problema: Em um ambulatório de HIV/Aids do SUS notou-se debilidade na compreensão dos pacientes
quanto à fisiopatogenia do HIV/Aids e ao mecanismo de ação dos antirretrovirais (ARV), afetando a adesão ao tratamento,
aumentando riscos de transmissão do vírus e desenvolvimento de resistência viral. Neste cenário, estagiários do curso de
graduação em Enfermagem, sob supervisão docente, aplicaram um método lúdico visando ilustrar tais questões citadas e
promover o esclarecimento adequado e necessário aos clientes do ambulatório. Fundamentação teórica: Para promover
qualidade de vida aos portadores do HIV, é crucial torná-los conscientes e ativos no seu tratamento. Para isso, é primordial
que eles se apropriem do conhecimento em relação à infecção e ao tratamento da sua infecção. Assim, as metodologias ativas
e inovadoras podem tornar as ações de educação em saúde mais efetivas, sobretudo quando se tratam da complexidade
da infecção pelo HIV. Descrição da experiência: Durante as consultas de enfermagem individualizadas, sobre um tabuleiro
ilustrando a corrente sanguínea, peças representando o vírus HIV e linfócitos TCD4 foram usadas para descrever o ciclo natural
da infecção. Peças ilustrando os ARV representavam o bloqueio da replicação viral, relativas ao uso diário e correto de tais
medicações. O ciclo da replicação viral, uso de ARV e seus efeitos sobre a imunidade foram associados aos resultados de
exames dos pacientes: contagem viral e de linfócitos TCD4. As peças, construídas em EVA, foram manuseadas pelos estagiários
e pacientes. Efeitos alcançados: A utilização do material lúdico foi associada à explicação do conteúdo de forma clara e objetiva,
com linguagem adaptada ao público alvo. Criou-se um ambiente em que os pacientes se sentiam confortáveis para sanar
suas dúvidas. Os pacientes que vivenciaram o método relataram compreensão da fisiopatogenia e da importância da adesão
ao tratamento. A vivência dos estagiários propiciou aprofundamento e maior compreensão sobre o tema e suas nuances. A
interação permitiu estreitamento na relação profissional-usuário, destacando a importância da criação de vínculo pelo método
didático aplicado. Recomendações: Constatou-se que metodologias de baixo custo podem ser inovadoras e efetivas para
promoção da saúde, devendo ser incentivadas em todos os âmbitos da educação em saúde, especialmente na formação de
futuros profissionais.
O PET-Saúde/GraduasSUS na Mediação do Debate Sobre a Mulher Nos Espaços de
Saúde
Autores: LARA CAROLINA MALANOWSKI; Rosiléa Clara Werner; Neumari Perpétua da Cunha. Instituição: Universidade Estadual de
Ponta Grossa - UEPG
Palavras-chave: PET-Saúde/GraduaSUS; Mulher; Serviço Social.
O Programa de Educação Pelo Trabalho-PET Saúde, instituído pela Portaria Interministerial de março de 2010, n°421, promovido
pelo Ministério da Saúde e da Educação, visa a formação e capacitação de profissionais para a área da saúde, articulando o
tripé da universidade ensino, pesquisa e extensão. De acordo com o Ministério da Educação “as atividades extracurriculares que
compõem o programa tem como objetivo a vivência aos alunos de experiências não presentes em salas de aulas, favorecendo a
formação acadêmica, tanto para a integração no mercado profissional quanto para o desenvolvimento de estudos em programas
de pós-graduação” (BRASIL, p.4). Dentre os cenários de prática do PETSaúde/GraduaSUS, está o Hospital da Criança João
Vargas de Oliveira, no qual realizou-se uma ação comemorativa ao Dia da Mulher. A ação aqui relatada, foi desenvolvida com a
equipe multidisciplinar da instituição, preceptora e estagiária do PETSaúde/GraduaSUS-Serviço Social. Iniciou-se com dança
circular para os participantes sentirem-se confortáveis e estimular a reflexão sobre a importância das mulheres caminharem
juntas no enfrentamento das opressões sofridas pela sociedade machista e patriarcal. Sociedade que coloca obstáculos na
vida das mulheres, principalmente as negras, de classe subalterna e baixa escolaridade. Posteriormente, abriu-se uma roda de
conversa com um objeto da palavra representado por uma boneca negra para as mulheres responderam a pergunta: “Para você,
o que é ser mulher?”, surgindo respostas como: “ser independente”, “ser forte”, “trabalhar e cuidar dos filhos”. Para finalizar, expôs-
se frases de mulheres sobre o que é ser mulher, como: “É ser uma das maiores artistas do século XX - Frida Kahlo”; “‘ É liderar a
resistência negra pela libertação dos escravos - Dandara”; “É entender que ‘não se nasce mulher, torna-se’ - Simone de Beauvoir”,
gerando o debate sobre os papéis das mulheres impostos na sociedade e como “ser mulher” é muito além disso. O resultado da
ação foi muito positivo, segundo as participantes foi algo diferente da rotina do hospital, acrescentou conhecimento, informação
e foi sugerido que deveriam ser realizadas atividades no mesmo intuito mais vezes, salientando a relevância de discutir gênero
no espaço hospitalar voltado ao cuidado pediátrico, pois a maioria dos profissionais da instituição e acompanhantes dos usuários
do serviço são mulheres.
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