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EIXO: INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E DIREITO EM SAÚDE  EIXO: INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E DIREITO EM SAÚDE



                 Assistência Obstétrica no Brasil: Direitos da Mulher no Processo de Pré-natal, Parto e
                 Pós-parto

                 Autores: HELENA GUIMARÃES GASPERIN; Lara Carolina Malanowski; Rosiléa Clara Werner; Ana Maria Bourguignon. Instituição:
                 Universidade Estadual de Ponta Grossa

                 Palavras-chave: Direito da Mulher; Assistência Obstétrica; Humanização do Parto
                 A gestação é considerada um evento complexo na vida da mulher, sendo uma experiência coberta por sentimentos intensos,
                 variados e ambivalentes. É de suma importância a humanização do parto, com a assistência obstétrica (abrangendo pré-natal,
                 parto e pós-parto) de forma adequada, conforme rege as legislações para que os direitos da mulher e do bebê não sejam
                 violados. A humanização do parto diz respeito à promoção dos direitos de mulheres e crianças, baseando-se numa assistência
                 científica de segurança e eficácia e, não na convivência de instituições ou profissionais. Faz-se necessário um planejamento
                 a  respeito  da  assistência  obstétrica  por  parte  dos  gestores  responsáveis  para  que  os  direitos  da  mulher  e  do  bebê  sejam
                 respeitados e cumpridos. O presente artigo tem como objetivo apresentar os resultados obtidos a partir da participação no
                 Programa de Bolsa de Iniciação Científica - PIBIC realizado com apoio da Fundação Araucária, na Universidade Estadual de Ponta
                 Grossa - UEPG, no curso de Serviço Social, e integrado ao Projeto de Pesquisa “Representações femininas sobre morbidade
                 materna e infantil em decorrência da assistência ao parto e nascimento em Ponta Grossa/PR”. A Iniciação Científica teve como
                 proposta a sistematização e análise dos conteúdos referentes às ações de recomendação da assistência ao parto, presentes
                 nos documentos da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde do Brasil, abrangendo pré-natal, parto e pós-parto.
                 Através de pesquisa documental e bibliográfica, foram analisados documentos do período entre 2000 e 2018. Construiu-se um
                 quadro comparativo entre os conteúdos identificados nos documentos a respeito da assistência obstétrica. Destaca-se que a
                 Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde se posicionam de forma similar para a garantia dos direitos da mulher e
                 do bebê, dentre eles encontra-se o direito durante os procedimentos de pré-natal, nos processos do trabalho de parto e parto,
                 além de garantirem que a mulher tenha uma assistência no puerpério. Assim, conclui-se que as ações de recomendações
                 a assistência obstétrica visam proporcionar à mulher um atendimento humanizado, para que ela seja protagonista do seu
                 parto e tenha a liberdade de decidir sobre o nascimento de seu filho, enquanto os profissionais, que contribuem com seus
                 conhecimentos para o bem-estar da mulher e da criança sejam coadjuvantes do processo.


                 Caminhos da Gestão na Judicialização em uma Regional de Saúde do Estado do
                 Paraná: a Busca Pela Assertividade Institucional por Meio da Gestão de Processos


                 Autores: FELIPE ASSAN REMONDI; Fernando Casanova; Carolina Christoforo Figueira; Thaís Gimenes Davanço; Glauci Regina Moritomo.
                 Instituição: Secretaria de Estado da Saúde do Paraná - 17ª Regional de Saúde

                 Palavras-chave: Gestão de Processos; Judicialização; Comunicação
                 A judicialização na área de saúde para o fornecimento de medicamentos ou procedimentos não disponíveis no SUS vem se
                 tornando pauta permanente no campo da gestão dos serviços por diversas razões. Do ponto de vista administrativo, a demanda
                 por pedidos de informação e quesitações técnicas que antecedem a instauração do processo requerem dos gestores a
                 mobilização cada vez maior de recursos operacionais capazes de satisfazer em tempo oportuno as crescentes solicitações.
                 Dada  a  característica  emergente  do  fenômeno,  nem  sempre  foi  possível  garantir  o  uso  eficiente  dos  recursos  disponíveis,
                 gerando problemas de comunicação e, muitas  vezes, posicionamentos distintos para demandas semelhantes. No âmbito
                 da 17ª Regional de Saúde (17ªRS), Londrina-PR, apenas no ano de 2017 foram respondidas 379 solicitações de informação
                 sobre a disponibilidade de um determinado medicamento, produto ou procedimento, um crescimento de 24% em relação ao
                 ano anterior. Não apenas pelo volume, mas dada importância desta resposta enquanto elo de comunicação entre gestores
                 e poder judiciário, capaz de direcionar a tomada de decisão do magistrado, os sete setores que atuam com as demandas
                 judiciais no âmbito da 17ªRS adotaram a Gestão de Processos do Negócio como ferramenta para integração, mapeamento,
                 otimização e implementação de ações para o atendimento às respostas oriundas dos usuários ou operadores do direito. O
                 mapa de processos contemplou as áreas de ouvidoria, assistência farmacêutica, controle, regulação e auditoria e direção
                 regional, organizado em três etapas: acolhimento da demanda, parecer técnico e formalização da resposta. Foram mapeadas
                 27 atividades, 31 direcionadores e 18 pontos para composição das respostas, sendo os fluxos desenhados no Software Bizagi.
                 Depois de elaborado, o mapa foi validado com as áreas técnicas, bem como construídos os conjuntos mínimos de informações
                 a serem consideradas para composição das respostas, garantindo uniformidade e indicação da base legal que sustente as
                 respostas emitidas. Ainda em implantação, o conjunto de processos e a justaposição racional das etapas têm permitido maior
                 agilidade e simplicidade na composição dos pareceres, sem desconsiderar a singularidade de cada caso. Espera-se também
                 que com a maior convergência dos setores e fundamentação legal, as respostas possam apoiar o processo judiciário para maior
                 assertividade das ordens proferidas.


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