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EIXO: PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA E CONTROLE SOCIAL EM SAÚDE



                Descarte de Medicamentos Vencidos e em Desuso: um Levantamento do
                Comportamento dos Consumidores em Laranjeiras do Sul/PR


                Autores: LIDIANE SINTIA BIAVATTI NIELSEN; Heliton Augusto Wiggers; Ingrid Faccin Gustmann; Lia Patrícia Finochetti Saito. Instituição:
                Secretaria Municipal de Saúde de Laranjeiras do Sul

                Palavras-chave: descarte; medicamentos vencidos; uso racional
                Introdução:O Brasil é o sétimo país que mais consome medicamentos do mundo, mas existe pouca legislação sobre o descarte
                de medicamentos vencidos. Esse assunto é uma preocupação relevante para a saúde pública, pois podem ser considerados
                resíduos altamente tóxicos de acordo com sua composição. Dependendo do grau de toxidade, podem causar contaminação no
                meio ambiente, por isso não podem ter a mesma destinação final de resíduos comuns. Objetivos Os objetivos deste estudo foram
                investigar a quantidade de medicamentos vencidos que vinham sendo mantidos nos domicílios de Laranjeiras do Sul e avaliar a
                informação dos residentes sobre o destino correto dos mesmos. Metodologia Foram utilizados como amostra os medicamentos
                recolhidos dos domicílios visitados durante a Campanha Nacional do Uso Racional de Medicamentos feita no dia 05 de maio de
                2018. Nessas visitas, além de recolher os medicamentos vencidos ou inutilizados, foram avaliados os conhecimentos dos visitados
                sobre a destinação de medicamentos vencidos/inutilizados. Resultado: De acordo com os resultados obtidos, percebe-se que
                os destinos mais frequentes de descarte de medicamentos vencidos são o lixo comum e o vaso sanitário. Outras formas de
                descarte citadas foram a pia e o tanque de lavar roupa. Houve também relato de utilização do medicamento mesmo vencido,
                poucos entregaram em instituição de saúde. Ao final da ação os medicamentos vencidos e em desuso recolhidos dos domicílios
                totalizaram aproximadamente 210 kg, destes 25 kg de medicamentos antibacterianos e 10 kg de medicamentos sujeitos a controle
                especial. O peso contabilizado foi dos medicamentos já removidos de suas respectivas embalagens. Conclusão Podemos levar
                em consideração a falta de informação sobre a questão levantada por esta pesquisa, a maioria de entrevistados descarta seu
                medicamento vencido no lixo domiciliar, a grande quantidade destes resíduos no meio ambiente pode contribuir para alterações
                ambientais, o que demanda a atenção por parte dos órgãos competentes e da própria população, além de pesquisas futuras. Os
                efeitos destes resíduos interagindo com o lixo doméstico, ou seja, suas reações quando misturados à outros resíduos, tais como,
                orgânicos, inorgânicos e demais microrganismos, ainda possui caráter desconhecido. A necessidade de uma maior mobilização
                quanto à questão levantada é imprescindível para conclusões concretas dos verdadeiros riscos possíveis para a sociedade tanto
                quanto para o meio ambiente.


                Feira de Saúde e Cidadania

                Autores: ROSALINA BATISTA; Antonia Francisca de Araujo; Antonio da Silva Freitas; Aline Aparecida Oliveira Moreira; Maria Claudia do
                Carmo Ortega. Instituição: Centro de Apoio e Assistência à Saúde (CEAAS)

                Palavras-chave: participação da comunidade; assistência à saúde
                O Centro de  Apoio e  Assistência à Saúde (CEAAS), na cidade de Londrina-PR, é formada por membros da sociedade civil
                organizada da região sul desde 2015, com o objetivo de fortalecer as relações entre a comunidade e o hospital através de ações
                de prevenção e parceria na resolução de problemas de saúde. O Hospital Dr. Eulalino Ignácio de Andrade, conhecido como
                Hospital Zona Sul (HZS), na cidade de Londrina-PR, faz parte do quadro de hospitais próprios da Secretaria de Estado da Saúde
                do Paraná (SESA) e atua há 28 anos atendendo a média complexidade para uma população de 130.000 habitantes e mais de
                1,2 milhões em termos regionais. Funciona com porta aberta 24 horas, atendendo casos de urgência e emergência e cirúrgico
                eletivo para municípios da 17ª Regional de Saúde. O CEAAS firmou parceria com HZS visando melhorar a integração regional
                dos assuntos relacionados à melhoria da saúde da comunidade. Um dos meios de integração tem sido a realização das feiras de
                saúde visando promover informação, acesso a serviços e divulgação de trabalho e projetos a comunidade local. As feiras de saúde
                ocorrem anualmente com grande participação da comunidade e conta com apoio de empresas locais e outros órgãos do estado
                como a 17° Regional de Saúde. Esses eventos têm alcançado resultados positivos frente aos objetivos propostos. Como exemplo
                evidencia-se a conscientização sobre o tipo de atendimento prestado pelo HZS. Houve decréscimo de aproximadamente 40%
                das pessoas que procuram equivocadamente o serviço para atendimento primário que deve ser prestado pelas Unidades Básicas
                de Saúde (UBS). O fato diminuiu o fluxo de atendimento dos casos sem gravidade e possibilitou aumentar os atendimentos dos
                casos de urgência e emergência, com foco do serviço hospitalar, em 90%. Nas feiras são prestados serviços à comunidade como:
                testes rápidos de glicemia; hepatite; sífilis; HIV; aferição de pressão; corte de cabelo; alimentação entre outros. Os profissionais das
                associações de bairro da comunidade podem comercializar seus artigos e artesanatos melhorando a renda familiar. As feiras vêm
                promovendo a interação e aproximação da comunidade com o hospital através de um olhar diferenciado do serviço prestado a
                população com base na integralidade. É uma relação ganha-ganha onde há uma prestação de serviço à comunidade que permite
                conscientizar os usuários sobre as competências da rede primária, secundária e terciária melhorando a organização e o fluxo de
                atendimentos na rede.


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