Page 400 - ANAIS_4º Congresso
P. 400

EIXO: PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA E CONTROLE SOCIAL EM SAÚDE  EIXO: PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA E CONTROLE SOCIAL EM SAÚDE



                 O Processo de Descentralização da Ouvidoria Geral da Saúde do Estado do Paraná

                 Autores: YOHHAN GARCIA DE SOUZA; Oliva de Fátima Pacheco Vasconcellos. Instituição: Secretaria de Estado da Saúde do Paraná

                 Palavras-chave: Ouvidoria; SUS; Descentralização
                 A Ouvidoria Geral da Saúde – OGS, da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná – SESA, existe efetivamente desde o ano de
                 2011, ano em que foi assinada a Resolução SESA 113, que cria o serviço de Ouvidoria da Saúde na SESA. As demandas dos
                 cidadãos eram acolhidas exclusivamente na OGS, encaminhadas em meio físico (via processo) para as áreas responsáveis
                 pelas respostas e devolvidas para a Ouvidoria para posterior contato com o demandante, o que muitas  vezes tornava o
                 processo lento, tendo em vista que algumas manifestações eram de competência das Regionais de Saúde, Hospitais Próprios,
                 Consórcios Intermunicipais de Saúde e Secretarias Municipais de Saúde. Considerando esse fluxo e que, de acordo com a
                 Resolução SESA, a Ouvidoria tem como objetivo propiciar ao cidadão um instrumento de defesa de seus direitos e um canal
                 de comunicação com a administração da SESA, a solução encontrada foi descentralizar as Ouvidorias. As ações desenvolvidas
                 pela OGS foram implementar as Ouvidorias Regionais de Saúde, responsáveis por assessorar o processo de implantação e/ou
                 implementação das Ouvidorias Municipais de Saúde, estimular e apoiar a criação de estruturas descentralizadas de Ouvidoria
                 em  Saúde,  bem  como  propor  políticas  de  estímulo  à  participação  de  usuários  e  entidades  da  sociedade  no  processo  de
                 avaliação dos serviços prestados pelo SUS. Nesses sete anos, a OGS implantou e implementou as Ouvidorias nas 22 Regionais
                 de Saúde do Estado, bem como nas 18 Unidades Próprias e 25 Consórcios Intermunicipais de Saúde, através da Resolução
                 SESA 443/2013, assinada pelo secretário de estado da saúde. Após a implantação das Ouvidorias da rede SESA, deu-se início
                 ao processo de implantação de Ouvidorias nas Secretarias Municipais de Saúde, tendo como fundamento a Deliberação CIB
                 042/2012, que determina os quatro critérios mínimos para esta implantação. Esse trabalho com os municípios foi realizado
                 levando em consideração que no ano de 2011 a OGS recebeu 4.143 manifestações, sendo 91% de competência municipal.
                 Atualmente há no estado 359 Ouvidorias Municipais de Saúde implantadas, organizadas em uma rede forte de ouvidorias do
                 SUS, proporcionando um atendimento mais humanizado e menos burocrático, beneficiando o cidadão. A descentralização dos
                 serviços de Ouvidoria no estado do Paraná aproxima o cidadão da gestão do SUS, e atende ao princípio da Lei Orgânica da
                 Saúde Lei 8080/1990.



                 Participação Popular na Construção do Plano Municipal de Saúde: Relato de
                 Experiência

                 Autores: HERNANDO ALVES PEREIRA; Darci Martins Braga; Adriana Cordeiro Lopes Pereira; Nice Andreia Moraes de Almeida Lara;
                 Paulo Renato Sebrão Filho. Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Colombo

                 Palavras-chave: Participação comunitária; controle social; planejamento em saúde

                 A participação popular e o controle social em saúde, dentre os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), destacam-se como
                 de grande relevância social e política, pois se constituem na garantia da participação da população no processo de formulação
                 e controle das políticas públicas de saúde como um direito, de forma equânime, democrática e participativa (ROLIM, 2013). A
                 organização da representação popular vem avançando desde sua garantia na Lei 8.142/90, fazendo deste um espaço para
                 fiscalização de ações e dinamização do controle social. Este relato de experiência aborda a realização das Oficinas Locais de
                 Saúde nas unidades básicas de saúde do Município de Colombo-PR, com o objetivo de promover a participação social na
                 elaboração do Plano Municipal de Saúde 2018 – 2021 através da apresentação de propostas de cada Unidade a partir de um
                 diagnóstico local da situação de saúde da população e da identificação de potencialidades e pontos críticos dos serviços de
                 saúde. O modelo de trabalho adotado se baseou na metodologia dialógica proposta na Política Nacional de Humanização, que
                 propõe “um novo tipo de interação entre os sujeitos que constituem os sistemas de saúde e deles usufruem, acolhendo tais
                 atores e fomentando seu protagonismo” (BRASIL, 2004). As ações aconteceram simultaneamente nas 24 unidades básicas no
                 dia 20/05/2017, com duração média de 02 horas, tendo como responsáveis em cada Oficina um Coordenador e um Relator.
                 A abordagem se deu por exposição inicial do tema e sensibilização dos participantes sobre os objetivos da ação, seguindo-se
                 com a discussão a respeito das condições locais de saúde e da qualidade dos serviços oferecidos e a definição das propostas
                 a serem elencadas. Participaram no total 340 pessoas, sendo 229 usuários (68% do total de participantes), 71 profissionais, e
                 40 gestores. Foram elencadas ao todo 69 propostas, que compuseram uma das etapas do processo de elaboração do Plano
                 Municipal de Saúde 2018-2021. Na percepção dos participantes, o investimento na ampliação das equipes de profissionais,
                 na estrutura física dos serviços e na oferta de medicamentos resultará na melhora da qualidade de vida do usuário do SUS.
                 Conclui-se, a partir deste relato de experiência, que é preciso que a participação popular e o controle social aconteçam na
                 prática, para que não fiquem apenas em lei, e que a sociedade civil ocupe de modo pleno e efetivo os diversos espaços de
                 participação social.


                                                                                                             401
                                                                                                             401
                                                                                                             401
   395   396   397   398   399   400   401   402   403   404   405