Page 401 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA E CONTROLE SOCIAL EM SAÚDE
Percepção dos Professores Sobre Crianças e Adolescentes com Tdah
Autores: KARINA TOMBINI; Adriana Moro; Brena Anaisa. Instituição: Universidade Do Contestado , Nupesc (núcleo de Pesquisa em
Saúde Coletiva e Meio Ambiente), Secretaria Municipal de Saúde Mafra SC
Palavras-chave: Adolescente, Criança, Aprendizagem.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um dos temas mais estudados em crianças em idade escolar.
Sendo basicamente neurológico, o TDAH é caracterizado pela desatenção, agitação (hiperatividade) e impulsividade. A alta
frequência de diagnósticos de TDAH conduz a uma reflexão crítica do processo de avaliação, intervenção, além de práticas
educativas no acompanhamento de crianças e jovens no sistema educacional. O objetivo deste estudo foi analisar a percepção
dos professores frente ao TDAH. Trata-se de um estudo transversal, de campo, com abordagem quantitativa e qualitativa. A
pesquisa foi desenvolvida com dez professores da rede de ensino que lesionam para o grupo de crianças e adolescentes
com o referido transtorno. Sendo realizada uma entrevista semiestruturada individual para caracterizar a percepção dos
participantes sobre o TDAH. A caracterização de forma simplificada para o TDAH, como foi apontado pelos professores, podem
levar a diagnósticos equivocados da doença, já que ela é dada não por sintomas isolados, mas por uma combinação deles.
No entanto, cabe salientar que os professores parecem conhecer quais seriam alguns dos sintomas clássicos da doença. A
escola é um ambiente em que os sintomas se tornam mais evidentes já que o TDAH em muitas vezes implica em dificuldades
no aprendizado. O diagnóstico precoce contribui para prevenir lacunas de conteúdo e futuros distúrbios mais acentuados
associados a capacidade de aprender. Os resultados do estudo indicam a existência de barreiras para a compreensão do
TDAH em âmbito escolar. Conclui-se que abordar os limites no entendimento do TDAH e fortalecer o elo, núcleo educacional
e de saúde pode permitir não apenas a redução dos sintomas, mas o aumento de competências individuais na infância e na
adolescência. Ao abordar os limites no entendimento do TDAH e integrar os múltiplos níveis tanto de habilidades individuais,
socialização familiar, relações entre pares e forças educacionais e culturais podem maximizar o impacto das estratégias
direcionas à intervenção.
Perfil dos Conselhos de Saúde do Estado do Paraná
Autores: RITA DE CÁSSIA DOMANSKY; Jeremias Bequer Brizola; amauri Ferreira Lopes. Instituição: Hospital Universitário da
Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Controle social; Conselhos de Saúde
Introdução: O Conselho de Saúde é uma instância colegiada, deliberativa e permanente do Sistema Único de Saúde (SUS) em
cada esfera de Governo, com composição paritária, organização e competência bem estabelecidas. O cadastro dos conselhos
de saúde no Sistema de Acompanhamento de Conselhos de Saúde (SIACS) foi uma estratégia para concentrar as informações
sobre os mesmos, para avaliar a efetividade do papel dos conselhos e identificar os municípios que não cumprem as disposições.
Porém verifica-se que muitos municípios do Paraná não fizeram seu cadastro ou não preencheram adequadamente o cadastro.
Objetivo: Traçar o perfil dos conselhos de saúde do estado do Paraná. Método: Foi elaborado um questionário estruturado,
com dados referentes a identificação do conselho e com 17 perguntas abertas e fechadas, usadas para sua caracterização.
O questionário foi enviado para os conselhos dos 399 municípios, devendo ser respondido pela sua secretaria executiva e
devolvido pessoalmente pelo delegado representante do município, durante o credenciamento na VII Plenária de Conselhos
de Saúde do Paraná (2016). Resultado: Foram respondidos e entregues 159 (40%) questionários, sendo macrorregião noroeste a
que teve o maior índice de devolução (51%). Apenas 99% dos conselhos estão legalmente constituídos;93% possuem regimento
próprio; 99% tem os critérios de escolha de conselheiros e 96% tem a conferência de saúde, ambos definidos por lei, sendo que
a conferência é realizada de quatro em quatro anos em 70% dos conselhos. O presidente eleito em 95% deles; 51% o presidente
é usuário. O calendário de reuniões ordinárias em 83% é preestabelecido; 48% dos conselhos capacitaram seus conselheiros;
91% exercem bem sua função de controle social; 60% dos conselhos participaram da elaboração do plano municipal de saúde
(PMS); 82% dos conselhos aprovaram o PMS; 93% acompanham e aprovam o relatório quadrimestral de execução orçamentária
e 98% o relatório anual de gestão; 40% tem espaço exclusivo para suas atividades; 84% receberam equipamentos do programa
de inclusão digital. Principais queixas: 31% dos conselheiros não se interessam pelo conselho; 28% tem recursos físicos
inadequados; 24% falta de capacitação contínua dos conselheiros; 12% da falta dos conselheiros nas atividades do conselho; 11%
da falta de participação da comunidade. Conclusão: as respostas permitiram desenhar melhor o perfil dos conselhos de saúde
dos municípios do estado do Paraná.
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