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EIXO: CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE



                 Qualificação do Transporte de Medicamentos Termolábeis em um Centro de
                 Distribuição de Medicamentos: Relato de Experiência

                 Autores: DÉBORA LIZ BABO ALVES; Eliane Lemler Semicek; Giovanna Chipon Strapasson; Mariana Rosa Gomes; Susan Mirian do
                 Patrocínio Alves. Instituição: Centro de Medicamentos do Paraná - Cemepar
                 Palavras-chave: Assistência Farmacêutica; Logística de Medicamentos; Qualificação de Transporte
                 O Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) é uma unidade de administração direta do estado que adquire, armazena,
                 programa  e  distribui  medicamentos  e  alguns  insumos  farmacêuticos  às  22  Regionais  de  Saúde  (RS),  além  de  unidades  e
                 hospitais próprios do estado. Dentre os 2.669 itens gerenciados, 339 são refrigerados a temperaturas de 2 a 8°C (12,7%). Para
                 seu armazenamento, dispõe de uma área de aproximadamente 200 m2, distribuída em sete câmaras frias, dois containeres
                 refrigerados e três refrigeradores. Para a logística de distribuição conta com quatro caminhões refrigerados, que abastecem
                 as RS quinzenalmente, além de realizar envios semanais de embalagens isotérmicas através de transportadora e veículos das
                 unidades. Sabe-se que exposições a temperaturas diferentes do recomendado podem comprometer a qualidade e efetividade
                 dos medicamentos. O Cemepar tem projeto de qualificar toda a cadeia de frio sob sua responsabilidade e ainda capacitar as
                 22 RS e os municípios de abrangência (ao todo 399), que fazem a distribuição às 1.800 salas de vacinação, clínicas e hospitais
                 do estado. As atividades de qualificação iniciaram-se em 2017 com a padronização dos processos logísticos envolvidos. Na
                 sequência, os quatro caminhões refrigerados da frota própria estão em processo de qualificação. Os testes são realizados no
                 transporte de rotina (qualificação concorrente), três vezes consecutivas para cada caminhão, utilizando-se vinte data-loggers
                 que são distribuídos uniformemente na carga. Os resultados parciais indicaram que os caminhões refrigerados carregados
                 com medicamentos em caixas plásticas vazadas mantêm temperaturas diferentes a depender dos locais de armazenagem:
                 as  extremidades  inferiores  apresentaram  temperaturas  de  até  10,5°C. Tais  resultados  motivaram  mudanças  nas  rotas  e  na
                 disposição da carga a fim de manter os medicamentos em temperaturas seguras de transporte. A frequência de viagens para
                 cada rota foi alterada de mensal para quinzenal, o espaço de cada caminhão foi delimitado, foram definidas lacunas entre as
                 caixas para melhor circulação do ar frio. As próximas atividades a serem desenvolvidas são a qualificação das embalagens
                 isotérmicas, câmaras frias, containeres e refrigeradores. Prentende-se com essas atuações garantir a qualidade na cadeia
                 de frio desenvolvida pelo Cemepar e então propagar os conhecimentos e ações aos envolvidos nas etapas contíguas de
                 distribuição, para assim assegurar a integridade e qualidade necessárias ao medicamento.


                 Risco Cardiometabólico em Adultos com Obesidade Severa Participantes de um
                 Programa Multiprofissional de Tratamento da Obesidade

                 Autores: NELSON NARDO JUNIOR; Greice Westphal; Géssica da Silva Oliveira; Marciele Alves Bolognese; Karine Oltramari. Instituição:
                 Universidade Estadual de Maringá

                 Palavras-chave: obesidade severa; tratamento multiprofissional; risco cardiometabólico
                 Introdução: A obesidade é uma doença e um fator de risco para várias outras doenças. De origem multifatorial, requer a
                 atenção  multiprofissional  para  maior  eficácia  do  seu  tratamento. Apesar  disso,  raros  são  os  programas  que  acolhem  esse
                 público  no  SUS. Assim,  essa  população  carece  de  atendimento  e  orientação,  ficando,  em  muitos  casos,  na  dependência
                 exclusiva do tratamento cirúrgico. Longe de ser uma boa estratégia, e muito distante do que estabelecem as várias diretrizes
                 (Guidelines internacionais) e mesmo as portarias 424 e 425 do Ministério da Saúde, específicas para essa doença. Assim, centros
                 de pesquisa vêm desempenhando o papel de setores de serviço de saúde avaliando fatores de risco associados à obesidade
                 e analisando a eficácia/efetividade de programas de tratamento. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo Identificar
                 alterações nos parâmetros sanguíneos indicadores de risco cardiometabólico (glicemia e insulina em jejum, índice HOMA-IR,
                 e PCR-us) de adultos obesos. Método: A amostra foi composta por 49 participantes com idade entre 18 e 50 anos, 33 do sexo
                 feminino e 16 do sexo masculino. As coletas e análises de sangue foram realizadas em laboratório comercial certificado pela ISO
                 9002 após 10±12 horas de jejum, no período da manhã. A análise estatística foi do tipo descritiva e será apresentada pela média
                 e desvio padrão e frequências. Resultado: Observou-se que 100% dos participantes apresentaram valores de circunferência da
                 cintura (CC) alterada em ambos os sexos, considerando-se os pontos de corte de 102 cm e 88 cm para homens e mulheres,
                 respectivamente. Também foi observada prevalência de alterações em 93,8% dos participantes em relação ao índice HOMA-IR,
                 indicador de resistência à ação da insulina, com base no ponto de corte de 2,5 e de 87,7% de alteração na PCR-us, com valor de
                 corte de 3 mg/L, ao passo que a prevalência da glicemia de jejum foi observada em 73,5% dos participantes, com valores de
                 glicose superiores à 100mg/dl. Conclusão: Os nossos achados reforçam que esse segmento da população necessita de uma
                 atenção especializada, para a detecção precoce das alterações e controle dos fatores de risco cardiometabólico que são muito
                 afetados pela obesidade. Além disso, estratégias de tratamento com base no modelo multiprofissional devem ser testadas
                 e disponibilizadas pelo SUS para esse público, sendo fundamental a cooperação entre o setor de saúde e as universidades.


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