Page 426 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE  EIXO: CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE



                 Vigilância Entomológica como Ferramenta Efetiva na Prevenção da Transmissão de
                 Arbovirus – Realidade, Possibilidade, Aplicabilidade.

                 Autores: ANGELA MARIA PALACIO CORTÉS; Dra. Ilda Natsuko Nagafuti; Paulo Henrique Oliveira Ferreira; Vinicius Sobrinho
                 Richardi ; Mario Arturo Sandoval, Mario Antonio Navarro da Silva. Instituição: SESA 1a Regional de Saúde - Secretaria Municipal de
                 Saúde-Paranaguá- Universidade Federal do Paraná

                 Palavras-chave: Vigilancia Entomologica, Aedes aegypti, Aedes albopictus
                 O trabalho teve por objetivo colocar em relevo o procedimento de vigilância entomológica como componente integrador
                 das ações direcionadas à redução da densidade vetorial, alicerçado em procedimentos de custo reduzido e de execução
                 sustentável  ao  longo  prazo.  Em  consequência  da  complexidade  da  estrutura  urbana  e  da  importância  na  economia  no
                 Estado do Paraná, o trabalho foi realizado no município de Paranaguá (PR). A área urbana foi mapeada e compartimentalizada
                 em 16 estratos, buscando na medida do possível, similaridade no numero de imóveis respeitando as barreiras naturais ou
                 antrópicas que dificultam o livre fluxo dos Culicidae Aegypti aegypti e Ae. albopictus. Foram distribuídas e georreferenciadas
                 331 armadilhas do tipo ovitrampas nos 16 estratos. A instalação das ovitrampas foi realizada mensalmente desde junho de
                 2017 até abril de 2018, permanecendo quatro dias nos domicílios onde recebemos autorização previa dos moradores para sua
                 instalação. Nos casos que o morador desejou interromper a instalação das armadilhas, estas foram instaladas em outro imóvel
                 também georrefenciado. Os procedimentos de instalação ocorreram com a participação das equipes da 1ª Regional de Saúde
                 de Paranaguá / Secretaria de Saúde do município e a Universidade Federal do Paraná. Após a retirada as armadilhas foram
                 encaminhadas para o Departamento de Zoologia (UFPR), onde os ovos presentes nas palhetas foram contados e na sequencia,
                 colocados para a emergência de adultos e identificação das espécies. Os adultos foram preservados a -80oC para detecção
                 da presença dos arbovírus Dengue, Zika e Chicungunya por transmissão vertical. As informações estratégicas como número
                 de armadilhas positivas, densidade de ovos e sua distribuição espacial na área urbana foram obtidos nas primeiras 48h após
                 a chegada das palhetas ao laboratório. Durante os 11 meses de avaliação foram contabilizados cerca de 70.000 ovos com
                 prevalência de Ae. agypti. Pelos resultados a transmissão vertical não representou uma via significativa na manutenção dos
                 arbovirus nas populações de Aedes. O elemento fundamental do efetivo processo de vigilância entomológica foi a discussão
                 dos resultados quatro dias após a retirada das armadilhas permitindo aos profissionais envolvidos a análise e definição das áreas
                 estratégicas para intervenção, assim como avaliação em tempo real do impacto na densidade vetorial das ações levas a termo
                 pelo município e estado em ações conjuntas para a redução da presença do vetor.









































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