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EIXO: SAÚDE INTERNACIONAL, BIOÉTICA E OUTROS TEMAS DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA  EIXO: SAÚDE INTERNACIONAL, BIOÉTICA E OUTROS TEMAS DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA



                 A Percepção da Automedicação em Estudantes e Profissionais da área da Saúde: um
                 Problema de Saúde Pública

                 Autores: JOÃO LUIZ COELHO RIBAS; Vera Lucia Pereira dos Santos; Ivana de França Garcia; Izabelle Cristina Garcia Rodrigues; Ana
                 Paula Weinfurter Lima. Instituição: Uninter / Universidade Positivo
                 Palavras-chave: Automedicação; Medicamentos; Profissionais de Saúde
                 A utilização de medicamentos é a terapia mais amplamente difundida entre a população mundial. A sua utilização é realizada para
                 a cura de doenças ou na melhora da qualidade de vida do usuário com doenças crônicas, no entanto o seu uso incorreto pode
                 ocasionar sérios danos à saúde. O uso racional de medicamentos é entendido quando o paciente faz uso da quantidade necessária
                 do medicamento, pelo tempo adequado, estabelecendo a dosagem correta associada ao menor custo benefício. A automedicação
                 é a utilização de medicamentos sem a prescrição médica ou acompanhamento de um profissional de saúde habilitado, o que
                 pode tornar a experiência com a utilização do medicamento prejudicial. Na área acadêmica essa prática tem aumentado de forma
                 significativa nos últimos anos, levando a sérios problemas de saúde pública nessa parcela da população. Por isso, o objetivo desse
                 trabalho foi analisar os medicamentos mais consumidos sem prescrição médica pelos alunos da área da saúde. Para fazer esse
                 levantamento,  o  presente  estudo  utilizou  a  pesquisa  de  campo,  por  meio  da  aplicação  on  line  de  questionário.  Os  resultados
                 demonstraram que dos 474 respondentes aproximadamente a metade deles (46%) realizam a automedicação, sendo que 60% se
                 julga capaz de fazer tal indicação e 38% dos entrevistados se automedicam com base em seus próprios conhecimentos, porém 44%
                 ainda está na graduação, ou seja, não possui base suficiente para isso. Há um agravante nesta situação quando confronta-se os
                 dados entre os os entrevistados que se baseiam em sua própria orientação para se automedicar e as instruções para esse uso, pois
                 52% dos respondentes seguem suas próprias instruções, seguido de 32% que segue as instruções da bula. A classe medicamentosa
                 mais consumida pelos entrevistados são os analgésicos (78%), sendo que destes 30% afirmam que se automedicam apenas quando
                 apresenta uma dor ou mal-estar comum. Os resultados demonstraram ainda que a maioria dos alunos (80%) estão cientes que
                 esse ato pode ocasionar severos danos a saúde, contudo, continuam fazendo. Sendo assim, é preciso destacar, ainda mais para
                 os profissionais que atuam na área da saúde, que a automedicação é um risco e evidenciar a necessidade de outras visões sobre
                 o mal que o atinge, conscientizando-o a procurar um profissional especializado que venha definir um diagnóstico e um tratamento
                 adequado, evitando assim a automedicação.



                 A Saúde e a Educação Médica Nos Países Africanos da Comunidade de Países da
                 Língua Portuguesa e a Perspectiva de Parceria com o Paraná: o Caso de Cabo Verde


                 Autores: ANTONIO PEDRO DA COSTA DELGADO. INSTITUIÇÃO: INVESTIGADOR GHTM/IHMT; MS/ OMS Cabo Verde
                 Palavras-chave: CPLP; Cooperação em Saúde; Educação Médica
                 Os recursos humanos de saúde constituem um elemento-chave na melhoria do estado de saúde das populações e, segundo a
                 OMS, ganham uma dimensão mais pragmática no contexto da cobertura universal de saúde. Os ganhos em saúde são diferentes,
                 mais fracos nos países em vias de desenvolvimento. A formação médica desempenha um papel estratégico nos seus esforços
                 para  corrigir  o  grande  défice  de  médicos  e  de  cuidados  de  saúde.  O  continente  africano  apresenta  as  maiores  desigualdades
                 mundiais na capacidade desenvolvida para Educação Médica, com o rácio de 1 escola por cada 5 milhões de pessoas. Dos 57
                 países africanos, 16 não tinham escolas médicas. A realidade nos estados africanos membros da Comunidade de Países da Língua
                 Portuguesa é desafiante com alguns considerados com escassez crítica de médicos pela OMS. Durante a administração colonial
                 apenas duas escolas foram implantadas, uma em Moçambique, e outra em Angola, em 1963. Uma terceira foi montada com a ajuda
                 de Cuba na Guiné-Bissau, em 1987. Todas as outras escolas apareceram muito recentemente como é o caso da de Cabo Verde, país
                 pequeno, insular, com cerca de ½ milhão de habitantes (SIDS), que admitiu os seus primeiros alunos em 2015. O Plano estratégico
                 de cooperação em Saúde da CPLP apresenta um quadro de referência para pensar a cooperação sobre ensino médico numa
                 abordagem triangular sul-norte-sul e reforçar a cooperação bilateral e multilateral que se tem refletido em múltiplas dimensões:
                 investigação; regulação do ensino médico; apoio às licenciaturas em medicina; programas estruturantes de qualidade e excelência
                 da  educação/formação  e  estabelecimento  de  mestrados  em  educação  médica.  O  envolvimento  dos  Ministérios  da  Saúde  em
                 interação com o setor educacional na formulação do perfil dos médicos formados é fundamental. O desafio é estabelecer uma
                 Rede de Cooperação em Educação Médica, no âmbito da CPLP, que redefina o quadro de parcerias e conjugue a experiência
                 das instituições do Brasil (sul) e de Portugal (norte) nessa matéria com as iniciativas de novas EM nos países africanos (sul), numa
                 abordagem de saúde pública/coletiva, para fortalecer os sistemas de avaliação e acreditação, promover a qualidade, pertinência e
                 relevância dos cursos e sua repercussão na elevação do nível de saúde das pessoas, em articulação com outras iniciativas.



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